A cerimónia teve início, no exterior, com a atuação do Coro Capela Marta que interpretou o Hino da Póvoa de Varzim e o Hino da Capela Marta. Seguiu-se o descerramento da placa, no interior da sede, pelo Presidente da Câmara e a bênção do espaço pelo Padre António Torres, Prior da Matriz.

O autarca revelou que “temos vindo a apoiar a Capela Marta nestes últimos tempos, fundamentalmente nas suas iniciativas”. Neste sentido, referiu-se ao protocolo assinado na semana passada que lhes permite fazer face a um conjunto de despesas que têm, resultado dos eventos que vão organizando, dos encontros corais e da sua deslocação a muitos sítios.

A este propósito o edil transmitiu que “quando a Capela Marta se desloca, desloca-se a Póvoa de Varzim no que diz respeito a uma tradição, a um historial e a uma memória de coisas ligadas à Póvoa desta forma cantada, através da música. O grupo vai ao país inteiro levar a nossa cultura, as músicas da Póvoa de Varzim. Em qualquer música que cantam, sentimos o cheiro da nossa maresia ou a areia debaixo dos pés no Passeio Alegre. Nesse sentido, a Capela Marta é um embaixador importante desta mensagem que é preciso passar de que a Póvoa de Varzim é um local diferente e que merece ser visitado por todos”.

Aires Pereira referiu que “a Capela Marta rejuvenesceu, está ativa e isso também se deve muito ao maestro Tiago Pereira que tem vindo a fazer um trabalho magnífico e que tem sido o elo de ligação que faltava para que a Capela Marta possa encarar os próximos 60 anos da mesma forma como encarou estes 60”.

O Presidente da associação, Tomás Pontes evocou as figuras ligadas à história da Capela Marta, desde logo o seu fundador António Marta, referindo que são poucos os elementos que ainda estão presentes para contar a história da fundação da instituição.

Tomás Pontes mostrou-se muito agradecido pela homenagem feita pelos seus colegas ao darem o seu nome à sede, aproveitando para adiantar que nas próximas eleições vai deixar o cargo na direção, para que seja dada oportunidade aos mais novos: “São os novos que trazem novas ideias e formas de atuar, sendo importante que os mais velhos não fiquem agarrados aos lugares. Só assim as associações podem progredir. Já fiz a minha parte, pois jurei que enquanto fosse vivo a Capela Marta não acabava”.

Para Tiago Pereira, tratou-se de “um momento histórico para a Capela Marta, em que estiveram presentes várias gerações do grupo”, realçando o facto da geração mais nova conhecer a história pois “obriga-nos a ter uma responsabilidade para com o futuro, que está a ser cumprida”.

O Presidente da União de Freguesias Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, Ricardo Silva, transmitiu que “aquando da atuação da Capela Marta sentimos a alma poveira na música, na letra. Está ali tudo, sente-se. Manter a Capela Marta ativa é manter a alma da Póvoa viva”.

A sede Tomás Pontes vai possibilitar albergar o espólio de décadas da associação, bem como facilitar reuniões e outros momentos de encontro dos elementos da Capela Marta.