Esta é a 16ª exposição que Afonso Pinhão Ferreira promove na sua galeria e estará patente durante três meses.

O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, marcou presença nesta sessão inaugural.

O artista transmitiu que esta é a sua primeira grande exposição individual e explicou o título que escolheu dar-lhe: “límbico deriva de limbo, que por sua vez pode ter vários significados, mas pretendo referir-me, especificamente, às várias estruturas do cérebro, o nosso cérebro primitivo, aquele que recebe através dos órgãos dos sentidos as expressões do exterior e as conota com afetividade, emoção. É um tribunal de primeira instância que temos e com que julgamos tudo para que olhamos. É a primeira impressão, sem intervenção do racional”.

Neste sentido, Carlos Silva esclareceu que em “Diálogos com o Límbico” pretende que “as formas, as cores, esta forma de expressão possa causar uma reação de prazer nas pessoas que o vêm”.

O Professor Doutor Especialista em Ortodontia revelou que “a pintura surge como forma de libertar-se das suas obrigações profissionais e científicas e utilizar uma latitude onde se possa expressar outra forma; é uma linguagem para fugir ao rigor profissional”.

Afonso Pinhão Ferreira assumiu que na sua “recente e alugada atividade de galerista”, lhe compete selecionar o artista e decidiu convidar o seu amigo Carlos Silva que, em dois anos, produziu as 27 telas expostas.

Para Afonso Pinhão Ferreira, “observar a pintura de Carlos Silva, é interiorizar uma rutura atrevida. Todo o espaço da tela abandona a realidade e abona a criatividade. A geometria é desprezada para a incerteza ser criada. E, sem realidade e sem geometria, surge no observador a curiosidade e a fantasia. O espaço da tela é a cor que o revela, sendo a policromia que enforma a volumetria. De cada pintura não emana qualquer presença, sendo a presença a própria pintura. As pinturas do Carlos não cabem nas molduras; oferecem o espaço interior enquanto absorvem o espaço exterior”.

Afonso Pinhão Ferreira sugere que “de forma neuro-emocional, se percorra com passos limitados os espaços ilimitados do Carlos Silva, não vá perder-se na imensidão da imaginação”.