José Norton começou por dizer que “os escritores que estão nesta mesa têm outras profissões, exactamente porque escrever é um risco.” O autor considera-se “um vampiro, já que busco na vida das outras pessoas inspiração para a minha escrita.” Brincando, José Norton afirmou que “o Homem é o único animal que fala sem ter nada para dizer.”

Karla Suarez confidenciou que “é um prazer estar numa escola que se chama Eça de Queirós porque conheci o meu companheiro aqui na Póvoa de Varzim, onde o escritor nasceu, e vivo com ele em Paris, no bairro onde o escritor faleceu.” A novelista contou que “quando tinha a vossa idade, treze, catorze anos, se alguém me dissesse que eu iria ser escritora, eu não acreditaria.” Acerca do tema, Karla Suarez explicou que “com as palavras pode destruir-se o mundo ou construir-se um mundo melhor.”

“Hoje pode dizer-se tudo. Apesar disto, as palavras continuam a ter responsabilidade e é preciso assumir a consciência do que se diz.” A frase é de Júlio Moreira que considera que “as palavras são poderosas e têm conduzido o mundo a grandes tragédias.”

João Luís Barreto Guimarães explicou que “porque as palavras têm poder, temos que pensar antes de as dizer ou escrever. Quando querem namorar com alguém perguntam ‘queres andar comigo?’. Não perguntam ‘queres namorar comigo?’ porque caso a pessoa vos diga que sim, sabem que ela aceitou namorar. Caso ela diga que não, podem sempre dizer que não pediram para namorar, e sim para andar daqui até ali”, brincou o poeta. Barreto Guimarães afirmou que “uma só palavra pode estragar um poema ou salvá-lo.”