Póvoa de Varzim, 22.04.2009 - Continuando a homenagear as várias facetas profissionais de Rocha Peixoto, "Artes & Ofícios" vai agora explorar a profissão de etnógrafo, uma das muitas desempenhadas pela histórica figura poveira, numa altura em que a Póvoa comemora o 1º centenário da sua morte.
Fernando Cruz é o
convidado desta sessão, que tem lugar no dia 29, às 15h00, na Sala Infantil e
Juvenil da Biblioteca Municipal, e
que vai explorar a ciência da etnografia abordando Rocha Peixoto como
Etnógrafo. De facto, na revista Portugália,
publicação pioneira nas áreas da Etnografia e Arqueologia, Rocha Peixoto editou
muitos dos seus estudos. Nela recolhe-se a história das nossas indústrias
locais, das rendas, das filigranas, das olarias, dos azulejos, das cerâmicas,
das comunidades primitivas, fontes de estudo para se reconstruir a vida do povo
português nas idades remotas da sua existência social. Nos dois volumes da Portugália, os seus trabalhos mais
notáveis foram: Os Palheiros do Litoral,
As Olarias de Prado, Uma iconografia popular em azulejos, Iluminação popular, Tabulae Votivae, As Filigranas, Os Cataventos,
entre muitos outros.
Com sessões
dirigidas a alunos do 2º e 3º ciclo, o ciclo de “Artes & Ofícios” dedicado
a Rocha Peixoto teve já uma sessão sobre a profissão de geólogo no passado mês
de Março. Segue-se em Junho a última sessão dedicada à arqueologia.
António Augusto da Rocha Peixoto nasceu na Póvoa de
Varzim a 18 de Maio de 1866 e faleceu em Matosinhos, em 2 de Maio de 1909.
Autor de uma vasta obra como naturalista, professor, etnólogo, antropólogo,
escritor e jornalista,
foi homenageado em 1966 com a atribuição do seu nome à Biblioteca
Municipal, que desde essa data se denomina Biblioteca Municipal Rocha Peixoto.