• Períodos de chuva, por vezes forte (entre 20 e 40 mm numa hora no litoral norte e centro e entre 15 e 30 mm/h no restante território), em especial entre o início da madrugada e o fim da manhã, passando a regime de aguaceiros a partir do final da manhã nas regiões norte e centro, onde poderão ser de granizo e acompanhados de trovoada.
  •  Vento do quadrante sul forte por vezes com rajadas até 70 km/h nas terras altas, rodando gradualmente para noroeste. 
 

EFEITOS EXPECTÁVEIS

Os episódios típicos das estações de transição, com a ocorrência das primeiras chuvas, são propícios: 

  • À ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
  • À ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
  • À instabilização das vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros), motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
  • À contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes dos incêndios rurais;
  • Ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de ventos fortes, que podem causar acidentes com veículos de circulação ou transeuntes na via pública

 

MEDIDAS PREVENTIVAS

A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente: 

Inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais:

1. Com as primeiras chuvas, as quantidades de lixo depositado nas embocaduras dos sistemas de águas pluviais, a obstrução originada pela queda de folhas de árvores e os detritos vegetais juntamente com outros materiais inertes que durante a estação seca se depositaram ao longo das valetas das vias de comunicação, contribuem para situações de obstrução dos canais de escoamento.

 2.    Estas são geralmente responsáveis pelo arrastamento e concentrações destes resíduos sólidos em locais inadequados (sarjetas, sumidouros, valetas) originando acumulações de águas pluviais que poderão provocar cortes de vias de comunicação ou mesmo inundações nos pisos mais baixos de edifícios.

 3.    Paralelamente, cada cidadão deve também tomar uma atitude pró-ativa, nomeadamente assegurando a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais dos quintais, ou varandas e a limpeza de sarjetas, algerozes e caleiras dos telhados de habitações.

 

Cheias motivadas pelo transbordo do leito de alguns rios:

 1.     O arrastamento e deposição de materiais sólidos pelos cursos de água pode contribuir, significativamente para o acréscimo dos efeitos das cheias. Outros condicionantes, como a falta de obstáculos à progressão da água nas bacias drenantes e a incapacidade de retenção da precipitação no coberto vegetal (como consequência de áreas ardidas) assim como a diminuição da capacidade de vazão das linhas de água e da capacidade de armazenamento nas albufeiras devido ao arrastamento de sólidos (por erosão) desde as bacias drenantes até à linha de água, são fatores associados às inundações por cheias.

2.    Neste contexto, recomenda-se a adoção, entre outras, das seguintes medidas de precaução:

  •   Desobstrução de linhas de água principalmente junto a pontes, aquedutos e outros estrangulamentos do escoamento;
  • Limpeza das linhas de água assoreadas;
  • Limpeza dos resíduos sólidos urbanos (muitos deles de grandes dimensões) depositados nos troços marginais dos cursos de água;
  • Evitar cortes rasos de material lenhoso ardido em situações de declive intenso, localizados nas proximidades das linhas de água;
  •   Recolha ou trituração dos resíduos resultantes do corte dos salvados das áreas ardidas localizadas nas margens das linhas de água;
  • Recolha ou trituração dos resíduos de catividades agrícolas e florestais existentes nas margens das linhas de água;
  • Verificação (e eventual reparação) de eventuais situações de desmoronamentos das margens das linhas de água, de modo a evitar obstruções ou estrangulamentos;
  • Inspeção visual de diques, ou outros aterros longitudinais às linhas de água, destinados a resguardar os terrenos marginais;
  • Identificação de novos “pontos críticos” (aglomerados populacionais, edificações, vias de comunicação, pontes/pontões, etc.).

 

Para além das recomendações acima descritas, encontrará informação adicional em www.ipma.pt e www.prociv.pt

Em situações de emergência contacte os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim através do 252 291 500, ou o Serviço Municipal de Protecção Civil através do 252 298 500.