Depois de passar as tardes dos últimos sábados em Rates, Laúndos, Aguçadoura, Amorim, Argivai, Estela, Balasar, Terroso e Aver-o-Mar chegou a vez de Beiriz receber o Executivo (acompanharam o edil o Vice-Presidente, Luís Diamantino, e os Vereadores Andrea Silva, Ricardo Zamith e Lucinda Delgado).

O principal objetivo destas visitas é o encontro com a população mas, antes disso, o Presidente da Câmara Municipal visita os sítios que cada Presidente da Junta decide mostrar. Hoje coube a Daniel Bernardo, Presidente da União de Freguesias Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, ser o anfitrião. O Centro Social, o Campo de Futebol, o cemitério e a Igreja foram alguns dos locais de passagem.

Já na sede da Junta de Freguesia esperavam pelo Presidente da Câmara perto de uma centena de beirisenses. Durante duas horas Aires Pereira respondeu a todas as dúvidas colocadas pelos munícipes e que se prenderam, essencialmente, com o alargamento do cemitério e com o melhoramento das ruas. Como habitualmente, o autarca tomou nota de todas as melhorias necessárias aos olhos dos habitantes de Beiriz com o intuito de procurar as melhores e mais eficazes soluções.

Uma das preocupações dos munícipes consiste no facto de Beiriz fazer parte de uma União de Freguesias e considerarem que esta decisão do anterior Governo não foi, de todo, benéfica. Aires Pereira afirmou ter sido contra esta decisão desde a primeira hora concordando que, realmente, em nada beneficiou a economia local ou nacional como era o seu propósito. O autarca entende que a proximidade física ao anterior Presidente da Junta, Amadeu Matias, tornava tudo mais simples. “Era fácil encontrá-lo na missa ou no café e falar sobre os problemas da freguesia. O atual Presidente da União, Daniel Bernardo, vive na Póvoa e o contacto não é diário tal como acontecia anteriormente”.

Uma das maiores inquietações de Aires Pereira é o bem-estar da população idosa. A conversão das Escolas Primárias da Lapa e de Aver-o-Mar em Centros de Dia é um projeto que anseia ver concluído: “se há notícias que me envergonham são as que dão conta de idosos encontrados nas suas casas mortos há semanas. É preciso que as pessoas saiam de casa, tenham uma rede de contactos para que sintam quando deixam de aparecer um ou dois dias. No entanto, as pessoas não se querem afastar muito das suas casas. Querem estar próximas. Então, a solução que encontrei foi a transformação de edifícios públicos – que já não estavam a ser necessários para a comunidade – em Centros de Dia. Lá, as pessoas vão ser acompanhadas por um técnico, fazer uma refeição, tomar os seus medicamentos à hora certa, conversar e, essencialmente, permanecerem ativos”. E deixou uma mensagem: “acreditem que, se Beiriz tivesse uma escola ou outro edifício público vazio, eu já teria avançado com um projeto deste género”. Entusiasmados com a ideia do Presidente da Câmara, os beirisenses logo sugeriram a ocupação do edifício d’A Beneficente (também visitado pelo autarca durante a tarde). O edil assegurou que, se assim fosse, o município iria custear as obras de reabilitação: “o tempo dos edifícios feitos de raiz já passou. Não há dinheiro para construir? Transforma-se os que já existem dando-lhes as melhores condições possíveis”.