Poesia Reunida, da Dom Quixote, é o título da nova obra de Maria Teresa Horta. Como o próprio nome indica, reúne mais de vinte livros da autora, cuja obra estava dispersa, e apresenta ainda um inédito, Feiticeiras. “Os poetas escrevem quando conseguem, e os outros se quiserem falar dela que falem. Eu não consigo falar sobre a minha obra”, disse Maria Teresa Horta na sessão de apresentação. “A ligação da minha obra é a mulher”, continuou, “isto que aqui está sou eu e eu sou feminista.” Vendo cerca de 40 anos de trabalho reunidos num só livro, vários são os sentimentos que assaltam a poetisa. Se por um lado Poesia Reunida lhe dá “muito prazer”, pois “a minha obra está toda esgotada”, por outro transmite um “sentimento de finitude, que não é verdadeiro.”

Correntes_Lancamento Livro

Natália, editado pela Presença, teve um lançamento “clandestino”, como afirmou Helder Macedo. De facto, o seu lançamento, “palavra que me faz lembrar tiro aos pratos”, decorre em Lisboa, no próximo dia 5, no Grémio Literário. Escrito “em voz feminina, num estilo que não é o meu estilo”, desafio a que Helder Macedo se propôs, Natália é uma história de amor-paixão entre duas mulheres. Quinto romance do autor português, o livro apresenta também uma das linhas recorrentes da sua obra. “Uso o autor como personagem. Coloco-me a esse pseudo Helder Macedo e a lidar com personagens fictícias. Nem sempre eu sou tão simpático como sou na vida real. É um truque literário porque torna o autor fictício mas dá uma credibilidade biográfica às personagens.”

O Correntes d’Escritas continua até sábado, dia 14. Para hoje o programa inclui duas mesas de debate, outras duas sessões de lançamento de livros, cinema, uma sessão de poesia e sessões de debate e, escolas do concelho.

Visite o portal municipal e conheça o programa.