O autor, por altura do seu 86º aniversário, recebeu das mãos do presidente do município, Aires Pereira, e da representante do Casino da Póvoa, Josefina Delgado, o prémio literário que constitui uma “grande injustiça”, explicou, uma vez que “o prémio foi atribuído ao livro e quem vai meter a massa no bolso é o fulano chamado Fernando Echevarria, mas eu agradeço”.

O Presidente do município entendeu alargar os agradecimentos a Luís Diamantino, “que se esforça por agradecer sempre a toda a gente que participa no certame e que colabora com a organização através das parcerias de apoio, mas nem sempre nos lembramos de lhe agradecer a ele”. Por isso, Aires Pereira pediu uma salva de palmas para o homem que já foi por diversas vezes apelidado de “pai do Correntes”.

Foi mais um “espaço de encontro entre amigos, onde há muita cumplicidade entre escritores e leitores” para além de mais uma edição onde se vão juntando mais parceiros e apoios, a quem a Câmara Municipal muito agradece. Luís Diamantino, Vice-Presidente e Vereador da Cultura, também agradeceu aos editores, que a cada ano, se vão juntando ainda mais ao evento, pois “também eles são a força motriz neste encontro, neste espetáculo…sim porque aqui também há espetáculo, principalmente quando fala o Onésimo Teotónio de Almeida”.

Houve também uma palavra de agradecimento aos diversos escritores que vieram ao encontro e que não participaram nas Mesas de debate, tendo-se deslocado propositadamente para estarem presentes nas sessões nas escolas: “não são menos escritores por não participarem nas Mesas, até são mais escritores ainda porque estavam a semear junto dos mais jovens o gosto pela leitura”. Aliás, constatou o Vice-Presidente do município, este evento tem recebido cada vez mais jovens, nos últimos anos, “o que é fruto do trabalho de proximidade e de promoção da leitura junto das escolas, algo que o Correntes d’Escritas desde o início promoveu e considera-se uma aposta cada vez mais valiosa”. E Luís Diamantino acrescentou: “É para isso que estamos aqui todos, para que o Portugal de amanhã seja melhor que o de hoje”.

Para além do Prémio Literário Casino da Póvoa, também foram entregues os prémios aos vencedores dos outros concursos literários.

Cândida Filipa Oliveira de Sousa, que concorreu com o pseudónimo de Carmen de Oliveira, arrecadou o Prémio Literário Correntes d’Escritas Papelaria Locus, no valor de 1000 euros, com o poema Insone. A jovem, que veio de Viana do Castelo, agradeceu ao certame a “oportunidade de poder partilhar um pouco da minha poesia convosco”.

Em relação ao Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas Porto Editora, foram entregues os prémios aos seguintes trabalhos: 1º lugar: “Uma Amizade Misteriosa”, do 4º A, do Externato Infantil e Primário “Paraíso dos Pequeninos”, de Lourosa; 2º lugar: “Uma Teia Especial”, do 4º D, da EB1 de Oliveira do Castelo, Guimarães; 3º lugar: “Uma Viagem Inesquecível”, do 4º D, da EB1 de Igreja-Meadela, Viana do Castelo.

Foram ainda distribuídas as seguintes menções honrosas: Texto: “Afinal… a escola é Divertida!”, do 4º A, do Instituto de Promoção Social de Bustos Colégio Frei Gil, Bustos e “Porquê?”, do 4º ano do Colégio Académico, Lisboa; Ilustração: “Um Conto muito Louco”, da turma V4B, da EB1 de Torres Vedras.

João José da Conceição Morgado, da Covilhã, veio receber o Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d’Escritas, no valor de 1000 euros, com o trabalho “O Céu do Mar”. Foi ainda atribuída uma menção honrosa a António Azevedo Cunha e Silva, de Matosinhos, pelo trabalho “A carreta do salva-vidas – folhas d’album”.

O Correntes d’Escritas conquistou a cidade, colocando novos desafios para edições futuras junto da comunidade, designadamente, do centro da cidade e do centro nevrálgico do comércio local poveiro.