A sessão decorreu no local onde tudo irá acontecer de 25 a 28 de fevereiro, no Cine-Teatro Garrett. O local de realização do evento é, sem dúvida, a grande novidade desta edição e também um “desafio” para a organização.

A este propósito, Luís Diamantino transmitiu que “já estivemos num espaço com 300 lugares, noutro com 600, o ano passado, e, agora, temos que nos adaptar aquilo que temos: a nossa sala de espetáculos, por excelência, no centro da cidade, com cerca de 470 lugares”.

O Vereador da Cultura está convicto de que o Cine-Teatro Garrett “estará sempre lotado”, facto que encara como “um desafio porque em simultâneo com as mesas, que vão decorrer na sala principal, haverá outros momentos, no hall e na sala de atos, com exposições, lançamentos de livros e «conversas». Vai haver aqui uma grande dinâmica”, assegurou.

Em relação às edições anteriores, Luís Diamantino apontou outra grande diferença: a localização. “Tanto o Auditório Municipal como o Axis Vermar estão numa zona mais periférica da cidade. O Cine-Teatro Garrett está no centro do centro da cidade, onde tudo acontece. Temos a zona comercial, por excelência, o que vai fazer com que os participantes possam circular pelas artérias centrais da cidade”.

Luís Diamantino destacou, ainda, um aspeto do evento que ano após ano se consolida: “a cumplicidade que se cria entre leitor e escritor é o grande segredo do Correntes d’Escritas: não há barreiras”.

Quanto aos participantes, o Vereador da Cultura esclareceu que dos 60, 20 participam pela primeira vez no evento, ou seja, um terço são novos, acrescentando que “há uma consistência muito grande com um núcleo duro de escritores que se mantêm ao longo dos anos mas também há novos participantes em cada edição”.

E sobre as mesas que prendem a atenção de centenas de pessoas, o Vice-Presidente explicou que “os temas deste ano são retirados dos 13 livros finalistas do Prémio Literário Casino da Póvoa. Tiramos e juntamos palavras dos diferentes livros e surgiram os temas que serão tratados de forma diversa por cada um dos escritores”. Destacou a Mesa 2 pelo facto desta se realizar em colaboração com o Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, que irá abordar A verdade dos Prémios Literários: O Poder das Narrativas e/ou As Narrativas do Poder.

Quanto à Conferência de Abertura, que este ano será proferida por Guilherme d’Oliveira Martins, Luís Diamantino tem a certeza que “irá fazer uma conferência brilhante” e considera que o tema Quem tem medo da Cultura? É “muito interessante e feliz”.

Durante o evento serão ainda lançados 17 livros, será apresentada a Obra Completa do Padre António Vieira, editada pelo Círculo dos Leitores, bem como outros projetos literários.

Com o Correntes d’Escritas, o Garrett inaugura-se como sala de cinema sendo que, em colaboração com o Cineclube Octopus, será exibido o filme Os Maias de João Botelho. Uma exibição carregada de simbolismo para Luís Diamantino visto que se “irá abrir a sala de cinema com uma obra escrita por um poveiro, com um filme português e de um realizador português”.

Haverá ainda quatro exposições associadas ao Correntes d’Escritas, em diferentes locais: Cine-Teatro Garrett, Museu Municipal, Biblioteca Municipal e Posto de Turismo.

Consulte o programa completo do 16º Correntes d’Escritas.

Susana Saraiva, do Casino da Póvoa, patrocinador principal do evento, referiu que, “apesar da entidade estar a fazer uma gestão bastante rigorosa de patrocínios, o apoio ao evento nunca esteve em causa”, reconhecendo que “o Correntes d’Escritas é, efetivamente, um projeto de grande envergadura a nível cultural”.

Poderá visualizar ou imprimir o dossiê de comunicação, disponível aqui.