Nesta VII edição, foram 10 dias do melhor teatro e cinema, num formato mais reduzido que as anteriores edições, mas a manter os pergaminhos de qualidade que a todos os amantes das artes habituou.

O Festival começou, como habitualmente, a 22 de setembro, dia em que se dá o Equinócio de Outono, com a subida a cena da peça “Trilogia: Tragédia de Prósfygas, II. Episódio”. Esta produção da Varazim Teatro foi a segunda parte duma trilogia de inspiração clássica. A peça acompanhou cinco mulheres afetadas pelo curso da guerra que arriscam uma travessia de mar para fugir a esse flagelo. Recorde-se que a primeira parte desta trilogia, “I. Prólogo”, estreou com sucesso em março deste ano. O capítulo final, “III. Êxodo” tem estreia marcada para março de 2017.

O Garrett voltou a receber teatro no domingo, dia 25, com “Levantei-me do Chão”, pela associação sem fins lucrativos Algures. Esta peça, produzida por Carlos Marques, ofereceu uma reflexão sobre a democracia e o mundo em que vivemos, através da visão dum músico da atualidade que vai contando e cantando as histórias da obra “Levantado do Chão”, de José Samarago.

O Diana-Bar também se associou ao É-Aqui-in-Ócio, a 26 de setembro, dia de aniversário da Varazim Teatro, com a apresentação da obra “Que mal Fiz eu a Deus?”, do Coletivo Estupendo Inuendo e inserida no projeto “Ando a Estudar para ser Poeta”, de Manel Rei.

O Cineclube Octopus voltou a associar-se ao Festival e incluiu o premiado filme “O Olmo e a Gaivota” na programação. Este documentário, de produção executiva do conceituado ator norte-americano Tim Robbins, estreou a 29 de setembro no Garrett.

O teatro voltou ao palco do Cine-Teatro no dia 30, com “Pozzo – o Porco que dança”, um espetáculo cómico, interativo e estranhamente surreal com co-produção da associação cultural d´Orfeu AC e da companhia Cão à Chuva.

O É-Aqui-in-Ócio terminou no passado sábado, 01 de outubro, com duas peças muito diferentes. Durante a tarde, tiveram lugar duas sessões de “Eu Quero a Lua”, uma história simples, de fantasia, que visa o enriquecimento do imaginário infantil, da companhia Partículas Elementares. À noite, a Companhia Chapitô fechou a cortina à VII edição do Festival com a subida ao palco da comédia “Electra”, baseada na peça teatral do dramaturgo grego Eurípides.

Em contínuo crescimento de público, abrangência e reconhecimento, o Festival Internacional da Póvoa de Varzim volta a demonstrar ser uma aposta de sucesso da Varazim Teatro e um contributo inestimável para a difusão da cultura pelo concelho.