Este ano o município
decidiu homenagear Amândio Rocha, Rui Vieira Nery e “O Comércio da Póvoa”.

Nascido no Algarve,
Amândio Rocha cedo se radicou na Póvoa, onde estudou e trabalhou. Ainda jovem,
emigrou para o Brasil, onde iniciou uma actividade profissional bem sucedida.
Durante toda a sua vida em terras de Vera Cruz, Amândio Rocha estabeleceu
diversos contactos entre a Póvoa
de Varzim e o país que o acolheu, beneficiando a cidade enquanto estância
balnear. Não ser verdadeiramente um cidadão poveiro sempre foi uma mágoa para
Amândio Rocha. A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim irá alterar esta situação
no próximo dia 16 de Junho, altura em que será agraciado com “a Medalha que
doravante o proclame Cidadão Poveiro, como é devido e justo”, afirmou o
Presidente da autarquia, José Macedo Vieira.

Rui Vieira Nery,
licenciado em História, doutorado em Musicologia e professor na Universidade de
Évora, entre tantas outras actividades, é, desde 1998, uma referência na vida
cultural da Póvoa de Varzim, pela sua ligação ao Festival Internacional de
Música. As suas conferências dão o mote de partida para aquele que é
considerado um dos melhores certames do país e “se o Festival é,
reconhecidamente, uma das mais prestigiadas realizações congéneres no espaço
nacional, o contributo de Rui Vieira Nery para esse estatuto de excelência tem
sido inestimável”. A cidade deve, segundo José Macedo Vieira, retribuir o
afecto de Nery e prestigiá-lo tornando-o cidadão entre os seus “filhos
adoptivos” é a melhor forma. Também a Rui Vieira Nery será imposta a Medalha de
Cidadão Poveiro.

Também no Dia da Cidade será reconhecido “O
Comércio da Póvoa”, assumidamente jornal republicano e defensor dos interesses
locais. “As páginas deste semanário registam memórias indissociáveis da
história do concelho e das grandes causas do seu desenvolvimento, algumas dos quais
lideradas, em jeito de campanha mobilizadora, pelo próprio jornal, pela pena
brilhante de colaboradores como Ezequiel de Campos, Leonardo Coimbra, Manuel
Silva, Flávio Gonçalves, Vasques Calafate, Baptista de Lima, Manuel Lopes,
Manuel Amorim, José Carlos Vasconcelos… Falar de “O Comércio da Póvoa” é, pois,
em boa verdade, falar de uma Póvoa inspirada e motivada por ideais
republicanos, que o jornal antecipou, proclamou e ajudou a consolidar”, explica
o Presidente da Câmara Municipal. Por todos estes motivos, “O Comércio da
Póvoa” será agraciado com a Medalha de Reconhecimento Poveiro, de grau ouro.