Quatro novas obras literárias apresentadas, ao final da manhã, na Casa da Juventude: A Marca do Herege de Susana Fortes; A Paixão de K, de Miguel Miranda; A Praia dos Afogados, de Domingo Villar e Travessia por Imagens, de Manuel Rui.

O Editor da Teodolito, Carlos da Veiga, incumbido de, juntamente com Ivo Machado, fazer a apresentação do livro Travessia por Imagens, de Manuel Rui, declarou ser uma enorme satisfação estar presente no Correntes d’Escritas e agradeceu ao escritor a confiança ao entregar a edição à Teodolito.

Por sua vez, Ivo Machado disse que não poderia deixar de marcar presença nesta iniciativa porque “seria incapaz de dizer não a Manuel Rui”, até porque, adiantou o poeta, “este é um livro que se distingue de toda a obra do autor, é uma novidade, é magnífico, marca uma “rutura” na globalidade da sua obra. Toda a poesia de Manuel Rui perpassa neste livro”.

O autor da obra contou que na origem deste livro, esteve uma fotografia tirada há alguns anos por Daniel Mordzinski, uma vez que, através dela criou toda uma viagem com personagens e momentos inusitados. Lançou, ainda, o repto de se organizar em Luanda um evento semelhante ao Correntes.

Foi a Manuel Valente, da Porto Editora, que coube a responsabilidade de fazer a apresentação dos livros A Marca do Herege, de Susana Fortes, e A Paixão de K, de Miguel Miranda.

Sobre o livro de Susana Fortes disse tratar-se de um “thriller”, passado em Santiago de Compostela, cujo enredo decorre à volta de um importante códice.

Sobre Miguel Miranda, Manuel Valente referiu que este é o terceiro livro que o autor publica na Porto Editora. Acrescentou tratar-se de “um escritor com uma enorme capacidade de contar histórias”. Na sua intervenção, Miguel Miranda começou por agradecer a oportunidade de participar no Correntes, bem como as palavras de Manuel Valente. “Esta obra é, essencialmente, uma homenagem a Manuel António Pina, um poeta maior e um amigo ainda muito maior. Foi uma história contada por Manuel António Pina que motivou a escrita deste livro, no qual é representado um quadrado perfeito entre o Amor, a Amizade e o Caos”, disse o autor.

Sobre A Marca do Herege, a autora, Susana Fortes, uma Galega a viver em Santiago de Compostela, diz tratar-se da história do desaparecimento de um manuscrito, de um códice, muito importante, que leva a um intrincado enredo. Daqui resultou este que é o seu primeiro romance policial.

João Rodrigues, editor da Sextante, apresentou o livro A Praia dos Afogados, de Domingo Villar. Sobre o escritor, salientou “tratar-se de um muito celebrado e lido autor que, graças a esta obra, poderá ser também agora apreciado em português”. Quanto a A Praia dos Afogados, o editor disse tratar-se de “um livro simplesmente maravilhoso, do qual saímos em paz e a saber mais sobre a vida”.

Na sua intervenção, Domingo Villar, nascido em Vigo e a residir em Madrid, onde trabalha como guionista de cinema e televisão, manifestou enorme satisfação por, finalmente, “ver uma sua obra publicada em português – língua irmã, língua vizinha”. O autor adiantou que “este seu livro conta a história de uma investigação policial, passada numa zona balnear para onde, no Verão, acorrem imensas pessoas, mas que no inverno se encontra praticamente deserta”. Não mais adiantando sobre esta sua obra, o autor manifestou o desejo de que este livro “divirta, emocione, enfim, justifique a viagem”.