A única presença feminina no palco começou por dizer que a literatura é a arte que mais resiste à massificação. “Desde o aparecimento do cinema que se adivinha a morte da literatura”, disse. Por estar a investigar sobre a relação entre a literatura e a política, Inês Pedrosa abordou a íntima relação entre as duas e considera que não se podem dissociar. A escritora considera-se otimista quanto ao futuro e recusa-se a acreditar que a Europa será capaz, novamente, de cometer as atrocidades do Nazismo. Julián Fuks completou este pensamento analisando a frase “Não é possível escrever versos depois de Auschwitz”. Para o escritor “depois de Auschwitz é que é necessário escrever”. O escritor afirmou ser “um escritor que não consegue inventar”, escrevendo os seus livros inspirando-se na realidade.

Manuel Jorge Marmelo gosta de não ter certezas e de encontrar o que escrever olhando o mundo.

Quanto a Nuno Costa Santos existem traços de biografia não resolvidos que o escritor quer arrumar pela escrita, algo que vê, na falta de uma mão que escreva sozinha, como uma mistura entre uma dança livre de fantasmas e uma oficina de carpintaria.

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