Após a visita, Macedo Vieira referiu que “dado o bom andamento das obras estou agora convencido que estas estarão concluídas dentro dos limites que estabelecemos”, o que considera ser motivo de regozijo para ambos os municípios. “Vai com certeza terminar bem” assegurou o edil poveiro afirmando ainda que se trata de “um investimento muito grande pois esta é uma estação de tratamento de águas residuais da terceira geração”.

Mário Almeida disse que a ETAR foi uma luta difícil, mas sublinhou o facto da população poder, agora, ser “melhor servida com um equipamento de maior dimensão e mais sofisticado do que tinha sido inicialmente previsto para a região”. O autarca acrescentou que “esta é uma das melhores ETAR’s do Norte de país. Trata-se de uma solução arrojada e altamente qualificada”.

Martins Soares esclareceu que o calendário definido tem sido cumprido “ao pormenor”, sendo que no início de 2008 realizou-se a avaliação do impacto ambiental, seguindo-se a adjudicação da obra, que teve início em finais de 2008. A visita à futura ETAR serviu para mostrar que “não há qualquer atraso, havendo mesmo uma nível de execução de 90% no que diz respeito a trabalhos de terrenos, ultrapassando os 35% na construção civil e cerca de 16% em equipamentos, o que permite afirmar que em Junho de 2010 estamos em condições de começar a operar”. “Paralelamente, estamos a dar início à construção de interceptores, são 54 km e é um processo de engenharia muito complicado, toda a Póvoa e Vila do Conde fizeram o seu sistema drenando para o porto da Póvoa e agora é preciso inverter todo este processo e temos que construir uma grande estação reservatória para trazer para aqui todos os afluentes da região, informou o engenheiro convencido que em Março de 2010 estará concluída a construção destes interceptores. Explicando todo o esquema de tratamento, desde o desarenamento à decantação, Martins Soares advertiu ainda que “esta ETAR apresenta duas diferenças em relação à generalidade das estações: tem, por um lado, uma desinfecção final por ultravioleta, libertando água que é utilizada, por exemplo, para a rega de todos os espaços verdes da ETAR e é ainda produzida energia eléctrica”. Martins Soares esclareceu que “esta é considerada, neste caso, como pertencendo às energias renováveis pois vai contribuir para o objectivo nacional. Apesar da ETAR não ficar auto-suficiente, tem áreas ambientais e, por outro lado, as zonas mais complexas de tratamento são cobertas o que permite garantir a qualidade do ar e assegurar que não haverá cheiros para a população que está na vizinhança”.

visita etar

Com um investimento que rondará os 18 milhões de euros, esta infra-estrutura está dimensionada para servir, no ano horizonte de 2033, uma população de cerca de 258 mil habitantes-equivalentes, na época alta, e 184 mil, na época baixa.

A ETAR do Ave está integrada na Frente de Drenagem 10, que abrange os Municípios de Póvoa de Varzim e de Vila do Conde. Todas as infra-estruturas integradas nesta frente de drenagem estão candidatadas ao Programa Operacional Temático Valorização do Território, no âmbito do QREN. Esta infra-estrutura integra um investimento mais vasto, que inclui a construção, em apenas três anos, de mais de 74 km de interceptores e condutas elevatórias e 16 novas estações elevatórias, o que vem garantir o tratamento adequado dos efluentes domésticos e industriais correspondentes a cerca de 296 mil habitantes-equivalentes.

Recorde-se que a cerimónia de Assinatura do Contrato e do Auto de Consignação da Empreitada de Execução da Estação de Tratamento de Águas Residuais do Ave decorreu em Dezembro de 2008, na Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e foi presidida pelo Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.

Para saber um pouco mais sobre o tratamento de águas residuais no concelho da Póvoa de Varzim bem como sobre a sua adesão à Águas do Ave consulte o portal municipal.