A
organização começa por salientar a importância que os apoios, quer
institucionais, quer privados, constituem, revelando-se como um pilar sem o
qual seria impossível sustentar a iniciativa.

Relativamente
a números, há a salientar que esta foi a edição do É-Aqui-in-Ócio com mais
iniciativas paralelas. Este facto representa um crescimento no sentido da
sustentabilidade do público, uma vez que a diversidade de iniciativas leva a um
cruzamento de públicos de diferentes áreas artísticas no mesmo evento. A
organização julga, por isso, que este pode ser um caminho a trilhar.

No
que se refere ao número de público, e tendo apenas como termo de comparação a
edição anterior, (uma vez que todas as outras continham espectáculos de rua
que, muito facilmente,
faziam
disparar o número médio de espectadores), o Varazim Teatro verifica que, nesta
edição, se deu um aumento do público que assistiu aos espectáculos. Mais de
meio milhar de espectadores (552) passaram pelo Auditório Municipal para
assistirem aos seis espectáculos que lá decorreram, o que corresponde a uma
média de 92 pessoas por sessão, sendo de realçar que a última peça levada a
palco – “O Cemitério dos Prazeres”, pela Companhia do Chapitô – contou com 170
pessoas. O normal amadurecimento da iniciativa é, no entender da organização,
um dos principais factores, não podendo, no entanto, deixar de considerar que o
acréscimo de cobertura por meio dos órgãos de comunicação foi também um factor
fundamental para que este aumento se verificasse.

Olhando
de forma analítica para os números registados, é também apurado que os
espectáculos infantis (“A Guarda Árvore”, “Se os Tubarões Fossem Homens” e
“Terra dos Imaginadores”) registaram uma satisfatória adesão do público ao qual
se dirigem. Tal facto permite concluir que este tipo de espectáculos nunca pode
deixar de fazer parte da programação do festival, assim como, eventualmente, ao
longo de todo o resto do ano, deve o Varazim Teatro desenvolver todos os
esforços no sentido de estabelecer parcerias com as escolas locais, de modo a
que estas tragam os seus alunos a assistir a espectáculos de teatro direccionados
para as respectivas faixas etárias a custos reduzidos.

Quanto
à proveniência do público, pelos contactos estabelecidos no local e pelas
reservas telefónicas recebidas, facilmente é permitido constatar que não se
trata de um público somente local, mas sim com origem em várias cidades da
região e até outras mais distantes. Relativamente a estes dados está também o
festival numa dinâmica de expansão e a consolidar a sua condição de festival de
teatro de referência na zona litoral norte do país.

Para
a organização, considerando as exposições que fizeram parte do programa do
certame, o acesso ao Auditório Municipal será sempre um espaço a dinamizar
durante o Festival, tal como já tinha sido verificado em edições anteriores. Já
no que diz respeito à exposição em parceria com a Associação Comércio ao Ar
Livre, o Varazim Teatro pensa ter-se tratado de uma iniciativa de tal forma bem
acolhida, que já foi feita uma primeira abordagem no sentido de se
desenvolverem iniciativas similares, não só no festival mas também ao longo do
ano.

Como última conclusão, a associação poveira de
teatro aufere que o É-Aqui-in-Ócio, apesar do crescendo de dificuldades ao
nível financeiro para a sua realização, e de o Varazim Teatro, assumidamente,
este ano ter reduzido ao seu orçamento, não deixou nesta edição de crescer em
público, em abrangência e em reconhecimento. Logo compete ao Varazim Teatro
desenvolver todos os esforços para que no próximo ano e no qual celebrará esta
Associação 15 anos, voltar a fazer acontecer o É-Aqui-in-Ócio.