De
acordo com estudos desenvolvidos pela autarquia, através da implementação de um
projecto e de um acordo com a EDP, será possível baixar em um terço os gastos
de electricidade, passando a facturação de 900 mil euros em 2010 para 600 mil
euros em 2011.

Os
contornos do plano, e que em muitas artérias da cidade já são visíveis com a
redução da luz artificial à noite, assentam em quatro medidas fundamentais.

1ª Medida: Instalação de relógios astronómicos
em todos os Postos de Transformação do concelho, com funcionamento digital
pré-programado de acordo com a evolução diária do número de horas de luz
natural, de modo a regular e reduzir o número de horas de ligação de iluminação
pública, através da qual se estima uma redução de consumos até 10% da
facturação total;

2ª Medida: Redução de todas as
lâmpadas de potência igual ou superior a 250 wats para 150 wats, que vai
permitir reduzir mais cerca de 10% em relação à facturação total;

3ª Medida: Desligar permanentemente uma armadura em
locais onde nitidamente se atinge níveis elevados de luminância, nomeadamente e
numa primeira fase na Avenida Mousinho de Albuquerque, Avenida do Mar, Avenida
25 de Abril, Avenida Santos Graça e na Avenida dos Banhos desligar uma lâmpada
em cada coluna dupla e uma coluna sim coluna não nas colunas simples; no Largo
do Passeio Alegre transformar a iluminação indirecta em iluminação directa.
Adoptar progressivamente medidas similares noutros pontos do concelho em função
de avaliações a efectuar no terreno. Com esta medida, o município estima
reduzir 3% na factura anual.

4ª Medida: Desligar toda a iluminação decorativa do
concelho à 1h00 da madrugada irá reduzir a factura em 7%.

José
Macedo Vieira, Presidente da Câmara Municipal, considera que esta medida “é
relevante a nível nacional no que concerne à redução do consumo de energia do
país, mas também importante do ponto de vista económico e financeiro da
autarquia”. O autarca referiu que “num período difícil e de crise, com a
diminuição das receitas da autarquia, temos que tomar medidas excepcionais”.

O
Presidente da autarquia não teme que o plano de redução da iluminação da cidade
possa ter impactos negativos a nível da segurança ou da atractividade
turística.

“Não vai
haver ausência de iluminação, apenas uma redução” reforçou José Macedo Vieira, anunciando
que outras cidades vão tomar a decisão e “já passei, à noite, por algumas ruas
abrangidas com esta redução e acho que estão bem”, concluiu.