Rui Vieira, editor da Delphica, explicou que a revista é fruto da amizade com Vergílio Alberto Vieira, uma relação nascida no Encontro de Escritores. O preenchimento de um vazio no panorama cultural português foi o objetivo dos dois editores que convidam amigos para escreverem sobre diferentes temas: cinema, teatro, poesia, música. A Delphica é um projeto pro bono de pura satisfação pessoal, segundo Rui Vieira.

Vergílio Alberto Vieira tinha o desejo de fazer uma revista de cultura clássica há muito tempo mas, em 2012, “quando a Grécia foi escolhida como bombo da festa, este desejo começou a tomar forma. A Associação Crescente Branco, da qual faço parte, serve de suporte à revista que contem artigos de cultura clássica mas que pretendemos que seja contemporânea”. Vergílio Alberto Vieira comentou que todos os artigos são ofertas literárias dos seus autores e que tiram muitas horas de sono quer a quem pede para os elaborar como a quem acede aos pedidos. O escritor e editor confessou ser “um criador falhado de revistas. O meu medo era que a Delphica se ficasse pelo número 1. Uma vez que estamos a lançar o número 3 já me considero realizado”.

João Pedro Azul contou que a Flanzine nasceu da pergunta “e se fizéssemos?” numa conversa nas redes sociais. Entretanto, dez números depois, a revista lança um número especial, uma colaboração com escritores brasileiros e a revista Elefante de menta. Do número 11 estão incluídos, então, textos de escritores brasileiros e, na próxima edição da Elefante de menta, irão constar criações de autores portugueses.

Para João Pedro Azul, estar a lançar o número 11 da Flanzine no maior evento literário do país é um “verdadeiro milagre”.