A escritora começou por revelar que “escrevemos por necessidade. Preciso de escrever. Mas o livro tem que ter leitores. A sua função é fazer a ponte entre o escritor e o leitor”.

Sobre escritores que tivessem inspirado a sua criação literária, Ana Luísa Amaral transmitiu que “me sinto herdeira de tudo aquilo que li e me tocou. Sinto enorme gratidão por todos aqueles que escreveram antes de mim e por aqueles que ainda escrevem”. Como exemplo de escritores que a influenciaram citou Shakespeare, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Camões. Revelou ainda gostar muito da poesia de Sophia de Mello Breyner e contou que chorou ao ler a sua obra O Cavaleiro da Dinamarca, quando tinha 10 anos.

Questionada sobre o livro que mais se orgulhava de ter escrito, Ana Luísa Amaral referiu que o primeiro, por ser o primeiro, tem o seu “encantamento” próprio e indicou também o último E Todavia (2015). Para além desses, também mencionou o livro infantil Como tu, que surgiu de um guião que escreveu para uma peça sobre educação sexual e ainda o romance Ara.

Para Luís Carlos Patraquim, “escrever é visceral”, confessando que tem necessidade de escrever poesia”.

O poeta moçambicano disse ainda que “não está preocupado com o leitor. Mal estará quem escreve se estiver a pensar no leitor. Quando se escreve, escreve-se sem pensar em quem vai ler”. Concluiu afirmando que “todo o percurso do poema é ir da foz para a nascente”.

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