A propósito dos investimentos no concelho, o autarca referiu que “a Agricultura é uma das atividades mais importantes do concelho. Emprega, direta ou indiretamente, mais de dez mil pessoas e que, no ano passado, teve um volume de negócios que ultrapassou os 100 milhões de euros”.

Nas freguesias do interior, Aires Pereira destaca o setor leiteiro, que “hoje atravessa muitas dificuldades com o fim das quotas. Identificamos mais de duas centenas de empresas do setor leiteiro no concelho da Póvoa de Varzim”.

Sobre o setor hortícola, o edil explicou que “as nossas hortícolas abastecem, hoje, o mercado nacional dos grandes consumidores, o Norte de Espanha é praticamente todo abastecido pela nossa zona, assim como parte do planalto francês e vamos até à Holanda com produtos do dia”.

Quanto ao comércio, “a Rua da Junqueira tem catorze estabelecimentos em obras para acolher marcas que, habitualmente, só encontramos em centros comerciais. Do ponto de vista do licenciamento, um empresário que queira fazer um investimento na Póvoa de Varzim tem de telefonar ou mandar um email di­rigido à presidência ou aos serviços da Câ­mara e ser-lhe-á logo dedicado um técnico do município para o acompanhar em todo o seu processo de licenciamento. Hoje o investimento não se compadece com as burocracias, nem com os processos admi­nistrativos muito pesados”, sublinhou Aires Pereira.

Algo que está a faltar na Póvoa de Varzim são unidades hoteleiras. O Caminho de Santiago faz com que mais de cem pessoas atravessem a nossa cidade todos os dias. Também a animação que a Póvoa tem praticamente todos os dias, com o Cine-Teatro Garrett e o Casino, tem colocado a nossa cidade como um destino turístico muito qualificado. Por isso, na Póvoa precisamos de unidades hoteleiras uma vez que os hotéis que existem não têm capacidade de resposta para a procura que tem havido nos últimos anos. O centro do Porto tem tido muito investimento neste setor, podendo a qualidade de vida das pessoas sofrer com este excesso.

“São precisos, também, espaços de restauração. Existem pequenos restaurantes, muitas vezes de estrutura familiar, mas são precisos bons profissionais, com formação” referiu o autarca.

O Presidente da Câmara Municipal confessou estar “muito preocupado com o quadro comunitário 2020, Já perdemos dois anos e ainda não há candidaturas aprovadas. No setor pú­blico, avançar com o investimento com a velocidade que é necessário, porque temos toda esta tramitação administrativa. Só iremos ter dinheiro comunitário a entrar nos nossos investimentos a partir de junho do próximo ano. Isto faz com que acha um atraso muito grande relativa­mente à necessidade que existe de investir esse dinheiro. Iremos ter muita dificuldade em cumprir aquilo que são as metas europeias relativamente a esta questão e podemos vir a ser penalizados no futuro por não con­seguirmos utilizar os fundos que estão ao nosso dispor.

Este é o último quadro de convergência que existe para o país. É a ultima oportu­nidade que temos de nos modernizarmos para depois competir em igualdade com os outros países da comunidade europeia. Acho um sinal muito preocupante”.

Se pretender ouvir a opinião do Presidente da Câmara Municipal sobre estes e outros temas, inscreva-se no I Congresso Empresarial. O evento é gratuito, mas de inscrição obrigatória, por isso se ainda não se inscreveu, ainda o pode fazer através do portal oficial do evento.

Consulte o programa completo e assista também aos vídeos com a mensagem de cada interveniente nesta primeira edição do Congresso Empresarial no canal do YouTube.