Trata-se de um
projecto desenvolvido pela Câmara Municipal de Esposende, em parceria com os
municípios de Valença, Vila Nova de Cerveira, Caminha, Viana do Castelo, Póvoa
de Varzim, Vila do Conde, Porto, Maia e Matosinhos.

Para além da
apresentação do projecto intermunicipal, esta sessão contou com as comunicações
acerca da propostas de valorização do(s) traçado(s) nos concelhos respectivos,
bem como a sua descrição geográfica e histórico-cultural. Da parte da Galiza,
esta sessão contou com contributos os Municípios de A Guarda, O Rosal, Baiona e
Vigo.

O segundo dia foi
dedicado a um Roteiro de Visita de autocarro a locais emblemáticos do Caminho Português da Costa
como o Mosteiro de Leça em Matosinhos, Igreja de Nossa Senhora do Bom
Despacho na Maia, Igreja de São Tiago de Amorim na Póvoa de Varzim, Marco de
Fonte Boa e Alminhas do André em Apúlia (Esposende). Depois do almoço, foi tempo
de outras visitas, desta feita a uma exposição fotográfica organizada no âmbito
deste projecto e alusiva a locais emblemáticos deste caminho, e que está
patente no Hospital Velho na Praça da Erva, em Viana do Castelo. Ainda
da parte da tarde, a comitiva seguiu em visita à igreja Matriz de Caminha,
Estalagem da Boega em Vila Nova de Cerveira, finalizando o roteiro no Mosteiro
de Oia, em terras da
Galiza.

Das conclusões desta jornada de trabalho acerca do Caminho Português da
Costa, saliente-se: o potencial cultural e turístico das
peregrinações a Santiago de Compostela, com impacto económico evidente ao nível
da hotelaria, restauração, artesanato e comércio tradicional das localidades
abrangidas pelos itinerários; o facto das rotas de peregrinação poderem ser o
tema criador da oferta turística e um meio de promover o território, pese
embora a peregrinação como uma oferta turística organizada é um produto ainda
pouco desenvolvido em Portugal; a necessidade de sinalizar e criar uma rede de apoio
ao peregrino; o esforço concertado que tem sido encetado pelos municípios
galegos e que levou ao seu reconhecimento pela Xunta da Galicia; a importância
e a riqueza histórica do seu traçado em terras portugueses e galegas; a
amenidade do clima dada a proximidade do atlântico; o deslumbre a sua paisagem
e panorâmica; o património ambiental que está inerente; e o factor novidade.