No âmbito do Correntes d’Escritas, o Museu e a Biblioteca irão acolher exposições de pintura e fotografia, respetivamente. Ambas serão inauguradas no dia 21 de fevereiro.

 Aqui e Agora sem Palavras – Exposição de Pintura de Emerenciano

Emerenciano_Museu

Aqui e Agora sem Palavras é o título da exposição, realizada em parceria com a Fundação de Serralves, e que estará patente no Museu Municipal, até 30 de maio.

“Trata-se de uma Exposição de Pintura de Emerenciano, pintor que, há mais de quarenta anos, interroga diferentes possibilidades de construção através da subversão dos signos e da intersecção entre escrita e pintura. Esta exposição apresenta uma síntese de produção do artista ao longo das últimas quatro décadas, reunindo exemplos paradigmáticos dessa escrita cursiva que na sua obra redefine a imagem para além da convencionalidade com a qual o signo escrito ou figurado a possam construir. As peças já anteriormente mostradas, são agora reunidas em trabalhos seminais inéditos e trabalhos recentes, num resumo revelador de alguns dos aspetos mais relevantes da singularidade da pesquisa artística de Emerenciano. Uma outra legibilidade da relação entre a arte e o mundo é equacionada nos seus trabalhos, para além de todas as possibilidades de interpretação que o texto possa sugerir ou manifestar”.

 

Eras do tempo – Fotografias da Póvoa de Varzim 1982/2012 – Exposição de fotografias de Carlos Romero

Carlos Romero_Biblioteca

Até 6 de abril, a Biblioteca Municipal Rocha Peixoto acolhe a Exposição de fotografias de Carlos Romero tiradas em 1982, colocadas lado a lado, com outras, do mesmo artista, de 2012.

“Este confronto ajudará o público a reconhecer a passagem do tempo e a identificar as suas marcas, nos espaços, nas arquiteturas, nas pessoas e até nos silêncios das imagens.

Desde o início dos anos oitenta do século passado até ao presente, em apenas trinta anos, a Póvoa térrea, balnear e piscatória transformou-se completamente. Afirmaram-se alturas, urbanizaram-se espaços agrícolas e baldios, alteraram-se rotinas, modos de vida e de lazer. Essa transformação radical alimenta a Exposição de uma dúzia de pares de fotografias registadas por Carlos Romero em 1982 e replicadas em finais de 2012 nos mesmos lugares. Quem ainda se lembra da outra Póvoa reconhecerá no presente os espaços e as vivências passadas, alteradas ou desaparecidas; os mais jovens limitar-se-ão a registar os espantosos efeitos do progresso ou da descaracterização insensata, segundo as perspetivas”.