Adélia Carvalho

Adélia Carvalho nasceu em Penafiel, cidade do distrito do Porto.

É licenciada em Educação de Infância, pela Escola Superior de Educação do Porto.

Em Novembro de 2008, Adélia Carvalho abriu um espaço literário infantil e juvenil na cidade do Porto, o Papa-Livros. O Espaço está vocacionado para a promoção e criação de comunidades de leitores activamente participativos e criativos, Conta e escreve histórias para os mais novos.

Adélia Carvalho tem marcado presença nos mais diversos eventos literários como as Correntes d’Escritas, Festival literário da Madeira, e Castelo Branco, Lev-literatura em viagens- e, ainda em representações Internacionais, como o caso da Feira do livro de Bolonha e Bogotá.

Estreou-se na escrita com o Livro dos Medos em 2009, seguiram-se outros como: Matilde Rosa Araújo – Um olhar de menina, A Crocodila Mandona, Elefante em Loja de Porcelanas, Nadav, Era uma Vez um Cão, e o Rei Vai à Caça.

Os seus livros estão traduzidos e editados em diversos países tais como, Brasil, Colombia, Canadá, Alemanha, Áustria, Suécia, Estados Unidas da América e Austrália.

Adélia Carvalho é ainda fundadora da editora TCHARAN juntamente com a ilustradora Marta Madureira.

Afonso Cruz

Além de escritor, é também ilustrador, cineasta e músico da banda The Soaked Lamb. Em Julho de 1971, na Figueira da Foz era completamente recém-nascido. Haveria, anos mais tarde, de frequentar lugares como a António Arroio, Belas Artes de Lisboa, Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira e mais de meia centena de países. Recebeu vários prémios e distinções nas várias áreas em que trabalha, vive no campo e gosta de cerveja.

 

Alfredo Cunha

Alfredo Cunha começou a sua carreira profissional ligado à publicidade e fotografia comercial em 1970. Como repórter fotográfico começou no Notícias da Amadora, em 1971. Colaborou com O Século e O Século Ilustrado (1972), a Agência Noticiosa Portuguesa — ANOP (1977) e as agências Notícias de Portugal (1982) e Lusa (1987). Foi fotógrafo oficial do Presidente da República António Ramalho Eanes entre 1976 e 1978. Em 1985 foi designado fotógrafo oficial do Presidente da República Mário Soares, cargo que exerceu até 1996. Nesse ano recebeu a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.

Permaneceu no jornal Público como editor de fotografia entre 1989 e 1997, altura em que decidiu ingressar no Grupo Edipresse como editor fotográfico. Em 2000, tornou-se fotógrafo da revista Focus. Em 2002, colaborou com Ana Sousa Dias no programa Por Outro Lado, da RTP2. Foi, entre 2003 e 2012, editor fotográfico do Jornal de Notícias e diretor de fotografia da agência Global Imagens. Atualmente trabalha como freelancer e desenvolve vários projetos editoriais.

Almeida Faria

Almeida Faria

Nasceu em 1943. Aos dezanove anos publicou o seu primeiro e premiado romance, Rumor Branco. Além de romancista, é autor de ensaios, contos, teatro. Mais recentemente publicou, a partir de um conto seu, o libreto para a cantata de Luís Tinoco Os Passeios do Sonhador Solitário; e O Murmúrio do Mundo, relato ensaístico de uma viagem à Índia.

Na Universidade Nova de Lisboa ensinou Estética no departamento de Filosofia e, noutros departamentos, deu cursos de Teoria da Literatura e Psicologia da Arte. Os seus romances receberam diversos prémios, estão traduzidos em muitas línguas, são estudados nos mais variados países e sobre eles há livros e teses universitárias.

Ao conjunto da sua obra foi atribuído o Prémio Vergílio Ferreira da Universidade de Évora e o Prémio Universidade de Coimbra. Nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas é apresentada, pela Assírio & Alvim, uma nova edição, muito revista do seu romance Lusitânia.

Bibliografia de Almeida Faria:

RUMOR BRANCO, romance

1.ª ed.: Lisboa, Portugália Editora, 1962, Prémio Revelação de Romance da Sociedade Portuguesa de Escritores; 5.ª ed.: Lisboa, Assírio & Alvim, prefácio de Vergílio Ferreira, 2012.

A PAIXÃO, romance

1.ª ed.: Lisboa, Portugália Editora, 1965; 12.ª ed.: Lisboa, Assírio & Alvim, prefácio de Óscar Lopes, 2013; Edição brasileira: Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1988; Tradução alemã: Frankfurt, S. Fischer Verlag, 1968; Tradução francesa: Paris, Gallimard, 1969; Tradução holandesa: Baarn, De Prom, 1991; Tradução italiana: Florença, Passigli, 1998; Tradução sueca: Uppsala, Almaviva, 2009.

CORTES, romance

1.ª ed.: Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1978, Prémio Aquilino Ribeiro da Academia das Ciências de Lisboa; 5.ª ed.: Lisboa, Assírio & Alvim, prefácio de Manuel Gusmão, 2013; Edição brasileira: Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1991; Tradução sueca: Estocolmo, Norstedts, 1980; Tradução parcial alemã: Fragmente einer Biographie, Berlim, LCB, 1980; Tradução francesa: Paris, Belfond, 1989; Tradução italiana: Florença, Passigli, 2005.

LUSITÂNIA, romance

1.ª ed.:, Lisboa, Edições 70, 1980; Prémio Dom Dinis da Fundação Casa de Mateus; 7.ª ed.: Lisboa, Assírio & Alvim, prefácio de Luís de Sousa Rebelo; Edição brasileira: São Paulo, Difel, 1986; Tradução parcial alemã: Fragmente einer Biographie, Berlin, LCB, 1980; Tradução sueca: Stockholm, Norstedts, 1982; Tradução espanhola: Madrid, Alfaguara, 1985; Tradução grega: Atenas, Medusa, 1990; Tradução francesa: Paris, Belfond, 1991; Tradução sérvia: Beograd, Geopoetika Publishing, 2011.

OS PASSEIOS DO SONHADOR SOLITÁRIO, conto

1.ª ed.: Lisboa, Contexto Editora, 1982;Tradução italiana: Milano, Linea d’Ombra, 1983;Tradução húngara: Budapest, Európa, 1985; Tradução alemã: Freiburg, Beck & Gluckler, 1988; Tradução francesa: Paris, Revue des Deux Mondes, 1994;Tradução holandesa: Amsterdam, Bunker Hill, Uitgeverij Thomas Rap, 1999; Tradução sueca: Uppsala, Almaviva, 2001.

CAVALEIRO ANDANTE, romance

1.ª ed.: Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1983; Prémio Originais de Ficção da Associação Portuguesa de Escritores; 4.ª ed.: Lisboa, Assírio & Alvim, prefácio de Eduardo Lourenço (a publicar em 2014); Edição brasileira: Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1987; Tradução francesa: Paris, Belfond, 1986; Tradução búlgara: Sófia, Editora Karina M., 2011.

DO POETA-PINTOR AO PINTOR-POETA, ensaio

in Mário Botas, Spleen, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1988; Tradução francesa: Paris, Fondation Calouste Gulbenkian, Paris, 1989.

O CONQUISTADOR, romance

1.ª ed.: Lisboa, Editorial Caminho, 1990; 3.ª ed., aumentada: Lisboa, Círculo de Leitores, 1993; Edição brasileira: Rio de Janeiro, Rocco, 1993;Tradução francesa: Paris, Belfond, 1992; Tradução húngara: Budapest, Íbisz, 1995; Tradução holandesa: Amsterdam, Meulenhoff, 1997; Tradução espanhola: Barcelona, Tusquets, 1997; Tradução italiana: Nardò, Besa Editrici, 2004; Tradução romena: Bucaresti, Editura Art, 2008; Tradução dinamarquesa: Kobenhavn, Forlaget Orby, 2009.

VOZES DA PAIXÃO, teatro

Lisboa, Editorial Caminho, 1998 .

A REVIRAVOLTA, teatro

Lisboa, Editorial Caminho, 1999.

À HORA DO FECHO, teatro

in Retratos de Eça de Queirós, Tormes, Fundação Eça de Queiroz / Porto, Campo das Letras, 2000; Tradução sueca: Uppsala, Almaviva, 2001; Tradução italiana: Nardò, Besa Editrici, 2008.

VANITAS. 51, AVENUE d’IÉNA, conto

in Colóquio/Letras, n.º 140/141, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Abr. 1996; 2.ª ed., aumentada: Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2007; Tradução inglesa: ibidem, 2007; Tradução francesa: Paris, Éditions Métailié, 2000; Tradução sueca: Uppsala, Almaviva, 2001; Tradução romena: Bucaresti, Editura Vivaldi, 2007; Tradução italiana: Nardò, Besa Editrici, 2008; Tradução espanhola: Gijón, Trea, 2009.

OS PASSEIOS DO SONHADOR SOLITÁRIO, conto e libreto

Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2011.

O MURMÚRIO DO MUNDO (A ÍNDIA REVISITADA), narrativa de viagem

1.ª ed.: Lisboa, Tinta-da-China, 2012; 3.ª ed.: ibidem, 2012; Edição brasileira: Tinta-da-China Brasil, Rio de Janeiro, 2013.

Ana Luísa Amaral

Ana Luísa Amaral ensina na Faculdade de Letras do Porto e tem um doutoramento sobre Emily Dickinson. É autora de mais de duas dezenas de livros de poesia e livros infantis e traduziu diferentes autores, como John Updike ou Emily Dickinson.

A sua obra encontra-se traduzida e publicada em vários países, tendo obtido diversos prémios, entre os quais o Prémio Literário Correntes d’Escritas, o Premio Letterario Poesia Giuseppe Acerbi ou o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores.

É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua cor refletindo a diversidade na sua diferença e na sua complementaridade” do livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas.

Branco é a cor de Ana Luísa Amaral.

Ana Margarida de Carvalho©Luiz Carvalho

Ana Margarida de Carvalho

Ana Margarida de Carvalho nasceu em Lisboa, onde se licenciou em Direito e viria a tornar jornalista, assinando reportagens que lhe valeram sete dos mais prestigiados prémios do jornalismo português, entre os quais o Prémio Gazeta Revelação do Clube de Jornalistas de Lisboa, do Clube de Jornalistas do Porto ou da Casa de Imprensa. Passou pela redacção da SIC e publicou artigos na revista Ler, no Jornal de Letras, na Marie Claire e na Visão, onde ocupa actualmente o cargo de Grande Repórter e faz crítica cinematográfica no roteiro e no site de cinema oficial da revista, o Final Cut. Leccionou workshops de Escrita Criativa, foi jurada em vários concursos oficiais e festivais cinematográficos e é autora de reportagens reunidas em colectâneas, de crónicas, de guiões subsidiados pelo ICA e de uma peça de teatro. Que Importa a Fúria do Mar é a sua estreia no romance.

 

Ana Sousa Dias©Alfredo Cunha

Ana Sousa Dias

Nascida em Lisboa em 1956, é jornalista desde os 20 anos. Trabalhou em imprensa, televisão, rádio (Antena 1 e Rádio Clube Português) e na Agência Lusa.

Entre as publicações a que está ou esteve ligada, contam-se os jornais Público, Expresso, o diário, Jornal de Notícias, e as revistas Ler, Egoísta, UP Magazine, Ícon e LxMetrópole.

Em 2003, recebeu o Prémio Gazeta do Clube dos Jornalistas pelo programa de entrevistas Por Outro Lado, que manteve na RTP2 de janeiro de 2001 até março de 2007. Em 1994, recebeu o Prémio “Educação” do Clube dos Jornalistas do Porto.

Tem dois livros publicados – O que eu sei sobre os homens e O que eu sei sobre as mulheres, seleção das crónicas homónimas da revista Pública. Colaborou nos livros Jorge Vieira, o Homem Sol (1999), Cuidado com as Crianças (2003) de Alfredo Cunha, Vidas a Descobrir – Mulheres Cientistas do Mundo Lusófono (2009) de Joana Barros, e também em catálogos de exposições de artes plásticas.

Foi assessora de imprensa da Expo ’98 e da Fundação José Saramago. Faz parte do Conselho de Curadores da Fundação do Gil.

 

Andres Neuman

Andrés Neuman

Andrés Neuman nasceu em 1977 em Buenos Aires. Filho de músicos emigrados, partiu ainda jovem para Granada, em cuja universidade estudou e foi professor de literatura hispano-americana. Escritor, poeta e ensaísta, é autor dos romances Bariloche, La vida en las ventanas e Una vez Argentina, dos livros de contos El que espera, El último minuto e Alumbriamento, da colecção de aforismos El equilibrista e do volume Década, que reúne os seus livros de poemas publicados até ao momento. Recebeu o Prémio Hiperión de Poesia e foi finalista do Prémio Herralde. No Hay Festival, foi eleito um dos melhores autores da nova geração nascidos na América Latina.

Em 2009 recebeu o Prémio Alfaguara de Romance.

O Prémio Alfaguara de Romance é um dos mais importantes prémios literários de Espanha, atribuído anualmente a um romance inédito em língua espanhola.

Antonio Gamoneda

Antonio Gamoneda

Antonio Gamoneda nasceu em Oviedo em 1931, vive em León e faz parte de uma geração de grandes nomes da poesia espanhola contemporânea como Álvarez Ortega, Claudio Rodríguez, José Agustín Goytisolo, María Victoria Atencia, Francisco Brines e Jaime Gil de Biedma, entre outros. Ainda que o seu primeiro livro tenha sido publicado, como os daqueles poetas, no início da década de sessenta, só no final dos anos oitenta a sua obra, ímpar e peculiar, viria a ter o reconhecimento merecido. A ela foram atribuídos diversos prémios dos quais destacamos o Prémio Cervantes e o Prémio Reina Sofía de Poesía Iberoamericana, ambos em 2006.

Livros publicados em Portugal

Livro do Frio, tradução de José Bento. Lisboa, Assírio & Alvim, 1999; Ardem as Perdas, tradução de Jorge Melícias. Vila Nova de Famalicão, Quasi Edições, 2004; Descrição da Mentira, tradução de Vasco Gato. Vila Nova de Famalicão, Quasi Edições, 2007; Oração Fria, tradução de João Moita. Lisboa, Assírio & Alvim, 2013.

Bibliografia poética

Sublevación Inmóvil. Madrid, Rialp, 1960; Descripción de la Mentira. León, Diputación Provincial, col. Provincia, 1977; León de la Mirada. León, Espadaña, 1979; Tauromaquia y Destino. León, Retablo, 1980; Blues Castellano (1961-1966). Gijón, Noega, 1982; Lápidas. Madrid, Trieste, 1986; Edad (Poesía 1947-1986). Madrid, Cátedra, 1987; Libro del Frío. Madrid, Siruela, 1992; Mortal 1936. Mérida, Asamblea de Extremadura, 1994; El Vigilante de la Nieve. Lanzarote, Fundación César Manrique, 1995; Libro de los Venenos: corrupción y fábula del Libro Sexto de Pedacio Dioscórides y Andrés de Laguna, acerca de los venenos mortíferos y de las fieras que arrojan de sí ponzoña. Madrid, Siruela, 1995; Arden las Pérdidas. Barcelona, Tusquets, 2003; Cecilia. Lanzarote, Fundación César Manrique, 2004; Reescritura. Madrid, Abada, 2004; Esta Luz. Poesía Reunida (1947-2004). Barcelona, Galaxia Gutenberg / Círculo de Lectores, 2004; Extravío en la Luz. Madrid, Casariego, 2009; Canción Errónea. Barcelona, Tusquets, 2012.

António Mota

António Mota

António Mota nasceu em Baião, em 1957. Foi professor do Ensino Básico.

Em 1979, publicou o seu primeiro livro: A Aldeia das Flores. Em 1983, com a obra O rapaz de Louredo, ganhou um prémio da Associação Portuguesa de Escritores.

Em 1990, com o romance Pedro Alecrim, recebeu o Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças.

Em 1996, com a obra A casa das Bengalas, ganhou o Prémio António Botto. Em 2004, recebeu o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para crianças e jovens, na modalidade livro ilustrado, com o livro Se eu fosse muito magrinho.

Tem livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, pela International Youth Library, de Munique, e Plano Nacional de Bibliotecas do Brasil.

Em 2008 foi agraciado com a Ordem da Instrução Pública.

Artur do Cruzeiro Seixas©Fundação Cupertino de Miranda

Artur do Cruzeiro Seixas

Cruzeiro Seixas nasce a 3 de Dezembro de 1920. Matricula-se na Escola de Artes Decorativas António Arroio, onde chumba durante dois anos letivos à disciplina de desenho. Era habitual frequentador do Café Herminius na Avenida Almirante Reis. Começou por atravessar uma fase expressionista-neo-realista, mas desde cedo tomou parte no movimento surrealista, quer na pintura, quer na poesia – movimento que respondia à sua necessidade de libertação em termos estéticos, criativos, sociais e ideológicos. Em 1949 participa do nascimento do grupo Os Surrealistas, ao lado de Mário Cesariny, António Maria Lisboa, Pedro Oom, Mário Henrique Leiria, Risques Pereira, Fernando Alves dos Santos, Carlos Eurico da Costa e Fernando José Francisco. Enquanto membro deste grupo participou em várias iniciativas como exposições ou manifestações públicas.

Cruzeiro Seixas dedicou especial atenção às formas de arte que contrariavam o estatuto de artista, estimulavam a arte não ligada a escolas ou movimentos artísticos numa valorização do trabalho feito por pessoas desprovidas de formação artística, que considerava como puras. Foi neste sentido que atuou valorizando o trabalho do amigo António Paulo Tomaz.

Em 1951 alista-se na Marinha Mercante viajando por África, Índia e Extremo Oriente até se fixar em Angola em 1952. Efectuou viagens pelo interior do país que lhe permitiram criar uma coleção etnográfica, embora não sendo etnógrafo, uma vez que nunca teve essa preocupação. Realiza também algumas exposições individuais, a primeira delas em 1953 em Luanda, onde coloca à disposição 48 desenhos. A segunda exposição, em colaboração com Alfredo Margarido virá no ano seguinte, também na mesma cidade, constituída por colagens e objetos. Esta exposição levantou uma grande polémica e um movimento de opinião, uma vez que o sentido de Cruzeiro Seixas não era de pendor colonialista. Interessado por Museologia, em 1960 começa a desempenhar funções no Museu de Angola. O regresso à Europa acontece em 1964, em virtude da guerra.

Em 1968 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Dirigiu diversas galerias, entre elas a Galeria de São Mamede e a Galeria da Junta do Estoril.

Foi responsável por impulsionar a vida artística promovendo exposições, trabalhando com museus e galerias e desenvolvendo a sua própria arte, destacando-se sobretudo como desenhador. Expôs individual e coletivamente, em Portugal e fora do território nacional. Participou na Exposição Internacional Surrealista, na Holanda (1969) ou na World Surrealist Exhibition, nos Estados Unidos da América (1976). A sua carreira internacional beneficiou ainda do facto de estar ligado ao grupo Phases, de Paris, o que lhe permitiu aparecer em várias apresentações colectivas do grupo, assim como em diversas publicações como Phases, Brumes Blondes ou La troute-lièvre.

Em 1986 vê editado o seu livro de poemas Eu Falo em Chamas. Em 1989 o seu trabalho é reconhecido através do prémio SOCTIP Artista do Ano, na sequência do qual é publicado o álbum Cruzeiro Seixas sobre a sua vida e obra.

Em 1981 participa na exposição Phases, Permanance du Regard Surréaliste, em Lyon. Em 1984 participa na exposição de Surrealismo Periférico organizada por Luís Moura Sobral no Canadá. De 1984 a 1989 dirige a Galeria de Vilamoura, no Algarve onde realiza exposições de Júlio, Sarah Afonso, Carlos Calvet, Júlio Pomar, Jorge Vieira e a coleção de José Pierre, entre outros. Em 1989 regressa a Lisboa.

Em 1993 doa ao Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro parte do seu trabalho e espólio documental. Por sua vez, em 1999 à Fundação Cupertino de Miranda é doado a totalidade da sua colecção.

Em 2000 é editado o álbum O que a Luz Oculta com poemas e desenhos de sua autoria. A Fundação Cupertino de Miranda dedica-lhe uma exposição retrospectiva e de homenagem por ocasião do seu 80.º aniversário. Desta exposição resulta um álbum biográfico com a reprodução de cerca de 150 das suas obras.

Encontra-se representado em diversas colecções privadas e em instituições como o Museu do Chiado, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Biblioteca Nacional, Biblioteca de Tomar, Fundação Cupertino de Miranda, Museu Machado de Castro, Fundação António Prates, Fundación Eugenio Granell (Galiza), Museu de Castelo Branco, entre outros.

Apesar do grupo Os Surrealistas se ter desmembrado ainda na década de 1950, Cruzeiro Seixas continua, agora num percurso individual, embora com as naturais dificuldades de alguém com 92 anos.

Aurelino Costa © José Carlos Marques

Aurelino Costa

Aurelino Costa nasceu em Argivai, Póvoa de Varzim, 1956. Poeta e diseur.

Obra Poesia Solar (1992); Na Raiz do Tempo (2000); Pitões das Júnias, com Anxo Pastor (2002); Amónio (2003), 2ª edição (bilingue, castelhano-português) tradução de Sílvia Zaias (2006); Na Terra de Genoveva (2005); Domingo no Corpo (2013)/Deriva Ed.

Antologias A Poesia é Tudo (2004); Na Liberdade 30 anos 25 de Abril (2004); Vento – Sombra de Vozes/Viento Sombra de Voces (2004); Son de Poesia (2005); Os Dias da Criação (2006); Canto de Mar (2005); hotel ver mar, (bilingue Português-Alemão) tradução de Michael Kegler (2009); Portuguesia ContraAntologia (2009); Os dias do Amor (2009); Pegadas (2011); Corté la naranja en dos, tradução de Fernando Reyes (2012); Amado Amato (2012); A Arqueologia da Palavra e a Anatomia da Língua (2013); Cunhal/Cem anos/100 palavras (2013); De voz dada, Porta XIII, Amália e os Poetas (2013); Barricadas de Estrelas e de Luas, Antologia Poética no Centenário da Primeira Guerra Mundial (2013).

Vencedor do prémio Mineiro poético/2011.

Discografia Na Voz do Regresso, ed. Comemorativa do Centenário de Nascimento de José Régio, com o Maestro António Victorino D’Almeida (2001); Confluência CD Áudio, com Alberto Augusto Miranda (2002); Torga – Poesia, com Victorino d’Almeida (2009).

Colaboração/narração em Miguel Cervantes & las Músicas del Quixote, com Hespérion XXI, sob a direção de Jordi Savall (2006).

Participação no CD Peiwoh na voz da soprano Arianna Savall com o poema Harpa e delírio da água, Ed.Alia Vox (2009).

Participação/diseur nos filmes Olhar Coimbra e Olhar o Mar (1993/1995).

Cinema ator em Netto e o domador de cavalos, de Tabajara Ruas, Rio Grande do Sul – Brasil (2008) e em O tempo e as bruxas, de António Victorino d’Almeida (2012).

Televisão colaboração nas séries Pianíssimo (2006), e Sons do Tempo (2007), RTP1, de António Victorino d’Almeida.

Carlos Quiroga

Carlos Quiroga

Escrevo por indispensabilidade íntima, antiga. Publico quando posso por imperativo histórico – abrigo uma Causa. Procuro que na troca e na lusografia o meu impaís se ampare como tem procurado o Galeguismo. E contesto a ortografia castelhana para a minha língua, esta. Mas não tenho nada contra qualquer idioma: acho apenas que no meio da indigência o galego é também oportunidade. De resto, o que me dá de comer ao corpo é ser professor na Universidade de Santiago. Imaginei ou dirigi várias revistas (O Mono da Tinta, o Máximo, Agália). Mexi algo em fotografia, vídeo (EU-KA-LO, 2005; Saudade – Un murmullo intraducible no México, 2009). Ando nalguma antologia, congresso, jornal e tal. Recebi verídicos prémios, duas vezes o Carvalho Calero de narrativa. Em livro editei G.O.N.G. (1999), Periferias (1999, 2006 no Brasil), O Castelo da Lagoa de Antela (Itália 2004), A Espera Crepuscular (2002), O Regresso a Arder (2005), Venezianas (2007), Inxalá (2006; 2008 e 2010 em Portugal). E acaba de sair no Brasil o Império do Ar.

Carmo Neto

Carmo Neto

Nasceu na Província de Malanje, em Angola. Advogado e jornalista. É membro da Ordem dos Advogados de Angola. É o atual secretário-geral da União dos Escritores Angolanos. Membro fundador do Jornal Desportivo de Angola e da Revista das Forças Armadas. Concluiu o curso de direito na Universidade Agostinho Neto. Publicou várias obras dentre as quais se destaca, o livro Degravata. Em Portugal, está representado na Antologia de Contos Angolanos Balada dos Homens que Sonham (Clube do Autor, 2012). Para 2014 prepara a publicação de uma novela e uma coletânea de contos.

 

Cristina Norton © Pablo Féron

Cristina Norton

Cristina Kas Norton nasceu em 28 de fevereiro de 1948, em Buenos Aires, Argentina, e reside em Portugal há mais de 30 anos.

Estudou História da Civilização Francesa na Sorbonne, Belas-Artes na ESBAL e História de Arte na ESARES, cursos que deixou incompletos. Desde os 17 anos que colabora em revistas e jornais literários de diversos países.

A sua obra está publicada em Portugal, no Brasil, no Chile e em Espanha, e engloba a poesia, o romance e o conto. Dos vários títulos que publicou, para além de O Segredo da Bastarda, destacam-se O Afinador de Pianos, O Lázaro do Porto, O Barco de Chocolate (contos infantis, Prémio Adolfo Simões Müller, 2002), A Casa do Sal e O Guardião de Livros.

Eduardo Lourenço © Rui Sousa

Eduardo Lourenço

Eduardo Lourenço nasceu a 23 de Maio de 1923, em S. Pedro de Rio Seco, concelho de Almeida, distrito da Guarda. Frequenta a Escola Primária na sua terra natal e o 1º. Ano do Ensino Secundário no Liceu Afonso de Albuquerque, na Guarda. Entra em 1935 no Colégio Militar, em Lisboa, cujo curso conclui em 1940. Frequenta o Curso de Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra onde conclui a Licenciatura (23 de Julho de 1946), com uma Dissertação com o título O Sentido da Dialéctica no Idealismo Absoluto. Primeira parte. Em 1947, assume as funções de Professor Assistente nessa Universidade, cargo que desempenha até 1953. Desde então e até 1958, exerce as funções de Leitor de Língua e Cultura Portuguesa nas Universidades de Hamburgo, Heidelberg e Montpellier. Nos anos de 1958 e 1959, rege, na qualidade de Professor Convidado, a disciplina de Filosofia na Universidade Federal da Baía (Brasil). Ocupa depois o lugar de Leitor a cargo do Governo francês nas Universidades de Grenoble e de Nice. Nesta última Universidade irá desempenhar posteriormente as funções de “Maître-Assistant”, cargo que manterá até à sua jubilação no ano letivo de 1988-1989. Recebe em 1974, o Prémio Casa da Imprensa, pelo seu livro Pessoa Revisitado – Leitura Estruturante do Drama em Gente. Dirige, a partir do Inverno de 1988, a revista Finisterra – Revista de Reflexão e Crítica. É nomeado, em 1989, Adido Cultural junto da Embaixada de Portugal em Roma. Condecorado em 10 de Junho de 1981, Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada, recebeu inúmeras distinções, entre as quais se destacam: Prémio Casa da Imprensa, pelo livro Pessoa Revisitado – Leitura Estruturante do Drama em Gente (1974); Prémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho, pelo seu livro Poesia e Metafísica (1984); Prémio Nacional da Crítica, pelo livro Fernando, Rei da nossa Baviera (1986); Prémio Europeu de Ensaio Charles Veillon (1988); Prémio António Sérgio (1992); Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1992); Prémio D. Dinis, de Ensaio, pela sua obra O Canto do Signo (1995); Prémio Camões (1996); Officier de l’Ordre de Mérite pelo Governo francês (1996); Chevalier de L’Ordre des Arts et des Lettres pelo Governo francês (2000); Prémio Vergílio Ferreira da Universidade de Évora (2001); Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra (2001); Cavaleiro da Legião de Honra (2002); Prémio da Latinidade (2003); Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (2003); Prémio Extremadura a la Creación (2006); Medalha de Mérito Cultural pelo Governo português (2008); Medalha de Ouro da Cidade da Guarda (2008); Encomienda de Numero de la Orden del Mérito Civil pelo Rei de Espanha (2009) e em 2011, Prémio Pessoa. Doutor Honoris Causa pelas Universidades do Rio de Janeiro (1995), Universidade de Coimbra (1996), Universidade Nova de Lisboa (1998) e Universidade de Bolonha (2006), desde 2002 Eduardo Lourenço exerce as funções de administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian.

Bibliografia:

Heterodoxia I. Coimbra, Coimbra Editora, 1949 (republicado em 2005); O Desespero Humanista na Obra de Miguel Torga e o das Novas Gerações. Coimbra, Coimbra Editora, 1955; Heterodoxia II. Coimbra, Coimbra Editora, 1967 (republicado em 2006); Sentido e Forma da Poesia Neo-Realista. Lisboa, Ulisseia, 1968 (republicado em 2007); Fernando Pessoa Revisitado. Leitura Estruturante do Drama em Gente. Porto, Ed. Inova, 1973; Tempo e Poesia – À Volta da Literatura. Porto, Ed. Inova, 1974 (2ª. edição na Relógio de Água, Lisboa, 1987; republicado em 2003); Os Militares e o Poder. Lisboa, Editora Arcádia, 1975; O Fascismo Nunca Existiu. Publicações D. Quixote, 1976; Situação Africana e Consciência Nacional. Lisboa, Pub. Génese, 1976; O Labirinto da Saudade – Psicanálise Mítica do Destino Português, Lisboa, Publicações D. Quixote, 1978 (edições sucessivas na Dom Quixote e Círculo de Leitores. Republicado em 2000 com novo prefácio); O Complexo de Marx ou o Fim do Desafio Português. Lisboa, Publicações D. Quixote, 1979; O Espelho Imaginário – Pintura, Anti-Pintura, Não-Pintura, Lisboa, Imprensa Nacional Cada da Moeda, 1981; Pessoa Revisitado. Leitura Estruturante do Drama em Gente. Porto, Editorial Inova, 1981; Poesia e Metafísica – Camões, Antero, Pessoa. Lisboa, Sá da Costa Editora, 1983; Ocasionais I/1950-1965. Lisboa, A Regra do Jogo, 1984; Fernando, Rei da Nossa Baviera, Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1986 (republicado em 2008); Heterodoxias I e II, Lisboa, Assírio & Alvim, 1987; Fernando Pessoa, Roi de Notre Bavière. Paris, Chandeigne, 1988; Le Labyrinthe de la Saudade – Psycanalyse Mythique du Destin Portugais. Bruxelles, Ed. Sagres-Europa, 1988; Nós e a Europa ou as Duas Razões. Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1988; L’Europe Introuvable. Jalons pour une Mythologie Européenne. Paris, Métaillé, 1991; O Canto do Signo – Existência e Literatura (1957/1993). Lisboa, Editorial Presença, 1994; A Europa Desencantada – Para uma mitologia europeia. Lisboa, Gradiva, 1994; Le Miroir Imaginaire – Essais sur la Peinture, Bordeaux, Ed. L’Escampette, 1994; Fernando Re Della Nostra Baviera. Roma, Empiria, 1997; Mythologie de la Saudade. Essais sur la Mélancolie Portugaise. Paris, Ed. Chandeigne,1997; Nós como Futuro. Lisboa, Assírio & Alvim (fotografias de Jorge Molder), 1997; Portugal-Europa, Mythos und Melancholie: Essays. Frankfurt, TFM, 1997; O Esplendor do Caos. Lisboa, Gradiva, 1998; A Nau de Ícaro seguido de Imagem e Miragem da Lusofonia. Lisboa, Gradiva, 1999; Portugal como Destino seguido de Mitologia da Saudade. Lisboa, Gradiva, 1999; Mi És Europa. Búbosbanka, Ed. Ibisz, 1999; La Culture à L’Ere de la Mondialisation, suivi d’un Portrait par Catherine Portevin. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2001; Mythologie der Saudade. Zur Portugiesischen Melancholie. Frankfurt am Main, Ed. Suhrkamp, 2001; Europa y Nosotros o las Dos Razones. Madrid, Huerga y Fierro Editores, 2001; Le Poète dans la Cité (Aujourd’hui) – De Dichter in de Samenleving (Vandaag). Bruxelles, Instituto Camões – Delegação da Bélgica, 2002; Chaos a Nádhena – Eseje o Identité. Praha, Dauphin, 2002; Chaos and Splendor & Other Essays. Dartmouth, Center for Portuguese Studies and Culture, University of Massachusetts Dartmouth, 2002; Chaos and Splendor & Other Essays, Carlos Veloso (ed.), Dartmouth. Center for Portuguese Studies and Culture, University of Massachusetts Dartmouth, 2002; The Little Lusitanian House: Essays on Portuguese Culture. Providence, Gavea-Brown Pub, 2003; Destroços – O Gibão de Mestre Gil e Outros Ensaios. Lisboa, Gradiva, 2004; O Lugar do Anjo – Ensaios Pessoanos. Lisboa, Gradiva, 2004; O Outro Lado da Lua – a Ibéria segundo Eduardo Lourenço. Porto, Campo das Letras, 2005; A Morte de Colombo – Metamorfose e Fim do Ocidente como Mito. Lisboa, Gradiva, 2005; Pessoa L’Etranger Absolu. Paris, Métaillé, 2006; As Saias de Elvira e Outros Ensaios. Lisboa, Gradiva, 2006; Paraíso sem Mediação. Breves ensaios sobre Eugénio de Andrade. Porto, Asa, 2007; A Esquerda na Encruzilhada ou fora da História? Lisboa, Gradiva, 2009; Pequena Meditação Europeia. Lisboa, Verbo, 2011.

Elgga Moreira_Graça Sarsfield

Elgga Moreira

Helga Moreira, publicou o seu primeiro livro, Cantos do Silêncio (ed. autora), em 1978, seguido de Fogo Suspenso, em 1980 (edições O Oiro do Dia), Quem não vier do sul, 1983 (edições O Oiro do Dia), e Aromas, 1985 (edições & etc.).

Publicou em 1996, o livro Os Dias Todos Assim (edições & etc.).

Em 2001 publicou Um Fio de Noite e colaborou no volume Vozes e Olhares no Feminino, edições Afrontamento, organizado por Isabel Pires de Lima. Em 2002, publicou Desrazões (Quasi Editores) e em 2003 Tumulto (edições & etc), livro que sinaliza uma viragem na sua poesia, afirmando as marcas identitárias. Ainda em 2003, participou, juntamente com Luís Adriano Carlos, Amadeu Baptista, Fernando Guerreiro, Alexandre Vargas, António Cândido Franco, José Emílio Nelson na antologia Poesia Digital, 7 Poetas dos Anos 80, da Campo das Letras.

Agora que falamos de morrer foi publicado em 2006, pela editora & etc.

É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua cor refletindo a diversidade na sua diferença e na sua complementaridade” do livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas.

Vermelho é a cor de Elgga Moreira.

Filipa Leal©Ana Lopes Gomes

Filipa Leal

Filipa Leal (Porto, 1979) formou-se em Jornalismo na Universidade de Westminster, Londres, e concluiu o Mestrado em Literatura (Estudos Portugueses e Brasileiros) na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Publicou o seu primeiro livro, lua-polaroid (ficção), em 2003, e estreou-se na poesia no ano seguinte com Talvez os Lírios Compreendam (Cadernos do Campo Alegre). Seguiram-se, na editora Deriva, A Cidade Líquida, O Problema de Ser Norte, A Inexistência de Eva (finalista do Prémio Correntes d’Escritas) e Vale Formoso (2012).

Foi, durante três anos, jornalista e locutora residente do programa Câmara Clara/ Diário Câmara Clara, da RTP2.

Fez uma passagem pela Rádio Nova, foi editora do suplemento Das Artes, Das Letras no jornal O Primeiro de Janeiro e, mais recentemente, da revista da Casa Fernando Pessoa. Colaborou também com a revista Os Meus Livros. Integrou o projecto LEM (Lisboa, Encruzilhada de Mundos), na Câmara Municipal de Lisboa, participando na produção e divulgação do Festival TODOS, entre outros.

Depois de um ano de formação no Balleteatro do Porto, começou a participar, em 2003, em recitais de poesia no Teatro do Campo Alegre (Porto), ciclo Quintas de Leitura, e desde então tem feito leituras com regularidade (CCB, Casa Fernando Pessoa, Casa da Música, Teatro São Luiz, etc.).

Tem colaborações dispersas em vários jornais e revistas (Egoísta, MeaLibra, INÚTIL, Colóquio Letras, Textos e Pretextos, entre outras). Está representada em antologias em Portugal e no estrangeiro (Itália, Croácia, Galiza, Colômbia e Venezuela), e o seu livro A Cidade Líquida e Outras Texturas foi recentemente publicado em Espanha, em edição bilingue. Em 2010, teve um dos seus poemas exposto no Metro de Varsóvia, na iniciativa Poems on the Underground e, já em 2012, representou Portugal no Festival de Poesia de Berlim.

Em 2013, escreveu e encenou a sua primeira peça de teatro. Morrer na Praia estreou em Lisboa, no Teatro Rápido, e passou pelo Teatro do Campo Alegre, no Porto, tendo sido vista por mais de 700 pessoas.

Actualmente, está a coordenar, com Inês Fonseca Santos, o ciclo de conversas Os Espaços em Volta na Casa Fernando Pessoa.

 

Francisco Jose Viegas

Francisco José Viegas

Francisco José Viegas nasceu em 1962. Professor, jornalista e editor, é responsável pela revista Ler e foi também diretor da revista Grande Reportagem e da Casa Fernando Pessoa. De junho de 2011 a outubro de 2012 exerceu o cargo de Secretário de Estado da Cultura do XIX Governo Constitucional. Colaborou em vários jornais e revistas, e foi autor de vários programas na rádio e televisão.

Da sua obra destacam-se livros de poesia (Metade da Vida, O Puro e o Impuro, Se Me Comovesse o Amor) e os romances Regresso por um Rio, Crime em Ponta Delgada, Morte no Estádio, As Duas Águas do Mar, Um Céu Demasiado Azul, Um Crime na Exposição, Um Crime Capital, Lourenço Marques, Longe de Manaus (Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores 2005), O Mar em Casablanca e O Colecionador de Erva.

Os seus livros estão publicados na Itália, Alemanha, Brasil, França e República Checa.

Golgona Anghel

Golgona Anghel

Subiu dez andares para assim nos poder olhar de frente. Não lhe interessa o que dizem os dissidentes da ditadura. Mas confessa que gostava dos chocolates Toblerone que a sua tia lhe trazia no Natal. Colecciona cabelos nas folhas de um herbário sentimental. Escreve a palavra vazio depois da palavra espera. É como a Salomé — dizem — pede cabeças mas só lhe entregam pizzas. Perdeu a fé num ataque de riso. Exige agora silêncio e um copo de tinto, enquanto apresenta em directo a autópsia da sua glória.

Bibliografia

Eis-me Acordado Muito Tempo Depois de Mimuma biografia de Al Berto, Quasi Edições, 2006; Crematório Sentimental — Guia de Bem-Querer, Quasi Edições, 2007; Vim Porque me Pagavam, Mariposa Azual, 2011; Como uma Flor de Plástico na Montra de um Talho, Assírio & Alvim, 2013.

 

helder macedo

Helder Macedo

Helder Macedo, celebrado autor de Partes de África é uma das vozes mais expressivas da literatura de língua portuguesa contemporânea. Com a sua liberdade de recriar as palavras e fazer as frases moldarem-se à sua arte, Helder Macedo nunca deixa de surpreender o seu público leitor.

Tendo iniciado a sua vasta obra de poeta, romancista, ensaísta e crítico literário em 1957 com o livro de poemas Vesperal, da sua escrita de poesia resultaram mais tarde Viagem de Inverno (1994) e Poemas Novos e Velhos (2011), ambos publicados pela Editorial Presença. Partes de África (1991) assinala a estreia do autor na ficção, seguida de Pedro e Paula (1998), Vícios e Virtudes (2000), Sem Nome (2005), Natália (2009), e Tão Longo Amor Tão Curta A Vida (2013), todos publicados pela Presença, que também editou a colectânea de ensaios Trinta Leituras em 2007.

Estudos sobre a sua obra incluem os volumes coletivos A Experiência das Fronteiras: Leituras da Obra de Helder Macedo (Eduff, Rio de Janeiro, 2002) e A Primavera Toda Para Ti: Homenagem a Helder Macedo (Editorial Presença, Lisboa, 2004), bem como estudos em volumes individuais de vários autores, entre os quais Claudio Guillén (De leyendas y lecciones, Crítica, Barcelona, 2007), Phillip Rothwell (A Canon of Empty Fathers, Bucknell University Press, Massachusetts, 2007) e Teresa Cristina Cerdeira (A Tela da Dama, Editorial Presença, Lisboa, 2014).

Ficção e poesia: Vesperal, Folhas de Poesia, Lisboa, 1957; Das Fronteiras, Pedras Brancas, Covilhã, 1962; Poesia 1957-1968, Moraes Editores, Lisboa, 1969; Poesia 1957-1977, Moraes Editores, Lisboa, 1979; Partes de África, Editorial Presença, Lisboa, 1991 | Editora Record, Rio de Janeiro, 1999 | Diabasis, Bolonha, 2010 | Leipziger Literaturverlag, Leipzig, 2010; Viagem de Inverno, Editorial Presença, Lisboa, 1994; Pedro e Paula, Editorial Presença, Lisboa, 1998 | Editora Record, Rio de Janeiro, 1999 | Editores Tusquets, Barcelona, 2002 |Giulio Einaudi Editore, Torino, 2003; Viagem de Inverno e Outros Poemas, Editora Record, Rio de Janeiro, 2000 | Vícios e Virtudes, Editorial Presença, Lisboa, 2000, 2001 | Editora Record, Rio de Janeiro, 2002; Sem Nome, Editorial Presença, Lisboa, 2005 (Prémio do PEN Cube Português) | Editora Record, Rio de Janeiro, 2006 | Tusquets Editores, Barcelona, 2008 | Comma 22, Bolonha, 2011; Natália, Editorial Presença, Lisboa, 2009 | Azougue, Rio de Janeiro, 2010; Poemas Novos e Velhos, Editorial Presença, Lisboa, 2011; Tão Longo Amor Tão Curta a Vida, Editorial Presença, Lisboa, 2013 |Editora Rocco, Rio de Janeiro, 2013.

Ensaio: Nós, Uma Leitura de Cesário Verde, Plátano Editora, Lisboa, 1975/4ª edição, Editorial Presença, Lisboa, 1999; Do Cancioneiro de Amigo (em colaboração com Stephen Reckert), Assírio & Alvim, Lisboa, 1976/3ª edição 1996); Do Significado Oculto da Menina e Moça (Prémio da Academia das Ciências de Lisboa), Moraes Editores, Lisboa, 1977/2ª edição Guimarães Editores, Lisboa, 1999; Contemporary Portuguese Poetry (com a colaboração de E. M. de Melo e Castro), Carcanet Press, Manchester, 1978; Camões e a Viagem Iniciática, Moraes Editores, Lisboa, 1980/edições revistas e aumentadas, Móbile, Rio de Janeiro, 2013 e Abysmo, Lisboa, 2013; Cesário Verde: o Romântico e o Feroz, & Etc, Lisboa, 1988; Menina e Moça de Bernardim Ribeiro, Dom Quixote, Lisboa, 1990/2ª edição 1999; Viagens do Olhar: Retrospecção, Visão e Profecia no Renascimento Português (com Fernando Gil), Campo das Letras, Porto, 1998 (Prémio Jacinto do Prado Coelho da Associação Internacional de Críticos Literários e Prémio do PEN Clube Português)/University of Massachusetts Press, Dartmouth, 2009; Obras de Bernardim Ribeiro (com a colaboração de Maurício Matos), Editorial Presença, Lisboa, 2010.

Inês Fonseca Santos©Pedro Macedo

Inês Fonseca Santos

Inês Fonseca Santos (Lisboa, 1979)

Jornalista e escritora.

Tirou o curso de Direito (Faculdade de Direito de Lisboa) e fez o mestrado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea (Faculdade de Letras de Lisboa).

Na televisão, trabalhou como jornalista nos programas Sociedade das Belas Artes, Laboratório (ambos da SIC Notícias), Câmara Clara e Diário Câmara Clara (ambos da RTP 2), do qual foi ainda editora e apresentadora. É, neste momento, responsável pelos conteúdos editoriais da série documental Tradições Retalhos da Vida de um Povo (SIC Notícias).

Escreveu o ensaio A Poesia de Manuel António Pina – O Encontro do Escritor com o seu Silêncio (Dep. Estudos Românicos da FLUL); a biografia Produções Fictícias – 13 Anos de Insucessos (Oficina do Livro); e os livros de poesia As Coisas e A Habitação de Jonas (ambos da Abysmo). Escreveu ainda para o Prontuário do Riso (Tinta-da-China) e colaborou com várias revistas: Ficções, Relâmpago, Textos e Pretextos, Elle, entre outras. Textos seus figuram em antologias portuguesas e estrangeiras.

Foi coordenadora do programa de rádio A História Devida (Antena 1/ Produções Fictícias) e organizou, com Nuno Artur Silva, a Antologia do Humor Português (Texto).

Na Casa Fernando Pessoa, coordenou o ciclo Humor de Pessoa (2013) e, ao longo de 2014, é responsável, com Filipa Leal, pelos debates Os Espaços em Volta.

Ines Pedrosa

Inês Pedrosa

Inês Pedrosa nasceu em 1962. Licenciada em Ciências da Comunicação, trabalhou em rádio, imprensa e televisão. Manteve durante anos uma crónica semanal no Expresso, que foi galardoada, em 2007, com o Prémio Paridade da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. Atualmente é diretora da Casa Fernando Pessoa, colunista do semanário Sol e da revista Ler.

Ao longo de 20 anos de escrita publicou os seguintes romances: A Instrução dos Amantes, Nas Tuas Mãos (Prémio Máxima de Literatura), Fazes-me Falta, A Eternidade e o Desejo e Os Íntimos (Prémio Máxima de Literatura). Escreveu ainda duas novelas fotográficas – Carta a uma Amiga, com fotografias de Maria Irene Crespo e Do Grande e do Pequeno Amor, com fotografias de Jorge Colombo – e o livro de contos Fica Comigo Esta Noite, além de ensaios biográficos, crónicas, antologias e o livro de viagens No Coração do Brasil, com desenhos de João Vilhena.

Dentro de Ti Ver o Mar, publicado em 2012, é a sua obra mais recente.

Encontra-se publicada no Brasil, em Espanha, em Itália e na Alemanha. O seu romance A Eternidade e o Desejo foi finalista do Prémio Literário PT 2009 e do Prémio Correntes d’Escritas 2010.

Bibliografia

Mais Ninguém Tem, 1991, infantil, com ilustrações de Jorge Colombo; A Instrução dos Amantes, 1992, romance; Nas Tuas Mãos, 1997, romance; Prémio Máxima de Literatura; José Cardoso Pires: Fotobiografia, 1999, fotobiografia; 20 Mulheres Para o Século XX, 2000, ensaio biográfico; Poema de Amor – Antologia de Poesia Portuguesa, Organização e prefácio, 2001, antologia; Fazes-me Falta, 2002, romance; A Menina Que Roubava Gargalhadas, 2002, infantil, com desenhos de Júlio Pomar; Fica Comigo Esta Noite, 2003, contos; Anos Luz: Trinta Conversas para Celebrar o 25 de Abril; 2004, entrevistas; Crónica Feminina, 2005, crónicas; Carta a Uma Amiga, 2005, novela fotográfica, com Maria Irene Crespo; Do Grande e do Pequeno Amor, 2006, novela fotográfica, com Jorge Colombo; Os Melhores Amigos – Contos Sobre a Amizade, Organização e prefácio, 2006, antologia; A Eternidade e o Desejo, 2007, romance; finalista do Prémio PT 2009 e do Prémio Correntes d’Escritas 2010; No Coração do Brasil -Seis Cartas de Viagem ao Padre António Vieira, 2008, livro de viagens, com desenhos de João Queiroz; Os Íntimos, 2010, romance; Prémio Máxima de Literatura, Dentro de Ti Ver o Mar, 2012, romance.

 

Isabel Pires de Lima

Isabel Pires de Lima

Professora Catedrática da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Membro do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa (FCT). Professora convidada em Universidades europeias, africanas, americanas e asiáticas.

Doutorada em Literatura Portuguesa com a tese As Máscaras do Desengano – para uma leitura sociológica de ‘Os Maias’ de Eça de Queirós (1987); é especialista em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea e em estudos queirosianos com dezenas de títulos publicados; trabalha ainda em Estudos Interartísticos e em Literaturas Comparadas em língua portuguesa. Promotora de inúmeros colóquios e congressos nacionais e internacionais.

Deputada à Assembleia da República Portuguesa (1999-2005/2008-2009).

Ministra da Cultura de Portugal (2005-2008).

Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

 

Isaque Ferreira

Isaque Ferreira

Isaque Ferreira, Porto, 1974. Diseur com dezenas de apresentações nas Quintas de Leitura do Teatro do Campo Alegre, entre centenas de participações noutros eventos literários. Coordena a área de poesia dos Cíclos de Música e Poesia da Fundação Cupertino de Miranda e a Oficina Locomovente da Poesia. Organiza a Poesia na Relva para o Festival de Paredes de Coura. Queria que tudo o que dissesse fosse poesia para os ouvidos de alguém. Está mais perto. Realiza sonhos.

Ivo Machado

Ivo Machado

Nasceu em 1958, na ilha Terceira, onde publicou os primeiros poemas. Tem colaboração dispersa em diferentes revistas literárias e participou em encontros de escritores em Portugal, Espanha, Itália, Brasil, Bósnia-Herzegovina e Estados Unidos. Tem realizado leituras da sua poesia em diversos países europeus e sul-americanos. Os seus poemas estão traduzidos em línguas como espanhol, italiano, bósnio, alemão, inglês, húngaro, eslovaco, letão e incluídos em numerosas antologias portuguesas e estrangeiras. É membro da Associação Portuguesa de Escritores e do P.E.N. Clube Português. Vive nos arredores do Porto desde 1987.

Publicou

Poesia Alguns Anos de Pastor (1981); Três Variações de um Sonho (1995); Cinco Cantos com Lorca e Outros Poemas (1998); Adágios de Benquerença (2001); Os Limos do Verbo (2005); Verbo Possível (2006); Poemas Fora de Casa (2006); Quilómetro Zero (2008); Tamujal (2009) e Animal de Regressos (2011).

Teatro O Homem que Nunca Existiu (1997).

Novela Nunca Outros Olhos Seus Olhos Viram (1998).

Em 2011 publica o primeiro livro infantil: A Menina Que Queria Ser Bailarina.

Joana Bértholo

Joana Bértholo

Joana Bértholo chega a Lisboa em 82, à Índia em 2003, a Berlim em 2007, a Buenos Aires em 2009, e a Sevilha em 2012. Chega a estudar Design, chega a escrever uma tese de mestrado sobre práticas artísticas de intervenção social mas segue direto para o doutoramento em Estudos Culturais.

Debruça-se sobre o tema das sombras. Ao longo de tudo isto nunca chega a parar de escrever, e chega a ganhar alguns prémios.

Publicados tem pela Caminho o romance Diálogos para o Fim do Mundo (2010), Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho (2009) e Havia – Histórias de coisas que havia e de outras que vai havendo (2012).

João de Melo_Joana de Melo

João de Melo

João de Melo nasceu nos Açores, em 1949, e fez os seus estudos no continente. Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa e foi professor nos ensinos secundário e superior. Entre 2001 e 2010, desempenhou o cargo de Conselheiro Cultural na Embaixada de Portugal em Madrid.

Autor de vinte livros já publicados (ensaio, antologia, poesia, romance e contos), algumas das suas obras de ficção valeram-lhe vários prémios literários, nacionais e estrangeiros, e foram adaptadas para teatro e televisão, estando traduzidas em cerca de uma dezena de países (Espanha, França, Itália, Holanda, Roménia, Bulgária, Alemanha, Estados Unidos, México e Croácia). Nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas será apresentada a edição comemorativa dos 25 anos do seu livro Gente Feliz com Lágrimas, Dom Quixote.

Bibliografia

O Meu Mundo não é Deste Reino (romance, 1983); Autópsia de Um Mar de Ruínas (romance, 1984); Entre Pássaro e Anjo (contos, 1987); Os Anos da Guerra (antologia, 1988); Gente Feliz Com Lágrimas (romance, 1988); Bem-Aventuranças (contos, 1992); Dicionário de Paixões (crónicas, 1994); O Homem Suspenso (romance, 1996); Açores, O Segredo das Ilhas (livro de viagem, 2000); Antologia do Conto Português (2002); As Coisas da Alma (contos, 2003); O Mar de Madrid (romance, 2006); O Vinho (conto, 2007); A Divina Miséria (novela, 2009).

João Gobern © Rui Sousa

João Gobern

João Gobern nasceu em Agosto de 1960, na clássica Maternidade Alfredo da Costa. Viveu em Campo de Ourique – a que regressaria adulto – até ao êxodo familiar rumo aos Estoris. Cresceu com vista para o mar e com espaço para futebóis e coboiadas. Estudou até ao momento em que os jornais falaram mais alto do que o Direito. Começou no jornal A Capital, mudou-se para o Se7e, assentou praça no Correio da Manhã Rádio. Retornou ao vespertino antes do desafio de O Independente. Foi director do Se7e (1991-1994), transitando para a Visão. Preparou o lançamento da Focus, onde foi director-adjunto. Dirigiu a TV Guia. Foi o director fundador da revista Sábado. Colaborou na Música & Som, em O Ponto, em O Jornal, no Semanário, na revista Bravo, no Blitz, no DNA (Diário de Notícias), na Egoísta, no Diário Económico, na Máxima, na Vogue, no Record, no Correio da Manhã e na Playboy. Escreveu ficção para a revista do i. Na rádio, passou também pela Rádio Marginal, pela RFM, pela Rádio Comercial, pela TSF e pela Rádio Energia. Na televisão, colaborou no Vivámúsica e em Teledependentes, sempre na RTP. Actualmente, realiza, em parceria com Pedro Rolo Duarte, o Hotel Babilónia (Antena Um), e integra o painel de comentadores do Trio d’Ataque (RTPi). Publicou, em 2006, o livro Boca Doce. Vive na Póvoa de Varzim, outra vez com vista para o mar. Nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas será lançado o seu livro de crónicas Pano para Mangas, da Âncora Editora.

 

João Moita

João Moita

João Moita nasceu em Alpiarça em 1984. Publicou O vento soprado como sangue (Cosmorama, 2009) e Miasmas (Cosmorama, 2010). Em 2013, seleccionou e traduziu uma antologia da poesia de Antonio Gamoneda (Oração Fria, Assírio & Alvim). Prepara um novo conjunto de poemas, Fome.

 

João Ricardo Pedro©Miguel Manso

João Ricardo Pedro

João Ricardo Pedro nasceu em 1973, na Reboleira, Amadora.

Curioso acerca da força de Lorentz, licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico. Durante mais de uma década, trabalhou em telecomunicações sem, no entanto, alguma vez ter aplicado as admiráveis equações de Maxwell. Na primavera de 2009, em consequência do caráter caprichoso dos mercados, achou-se com mais tempo do que aquele de que necessitava para cumprir as obrigações do quotidiano. Num acesso de pragmatismo, começou a escrever. O Teu Rosto Será o Último é o seu romance de estreia e está já publicado em diversas línguas.

 

João Rios

João Rios

João Rios é pseudónimo de Manuel Vasques, nascido em 1964, em Vila do Conde.

Editou os livros: No fogo dos Outros; Este país só ao balcão Pago no acto da entrega; A Impaciência das cores seguido de Dicionário das Insignificâncias; Súmula da Negação; O cão dos dedos; Livro das Legendas e mais recentemente Aprendizagem Balnear. Participou nas antologias: Homenagem a Julio – Saúl Dias; Poesia à mesa; Sombra de Vozes; A musa ao Espelho – Phatos; Divina Música; Diga trinta e três. Colaborou nas revistas: Espanta Pardais, Brilho no Escuro, e actualmente, com a revista rasca e vadia, Cru. Nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas será lançado o livro Livros Nómadas do Sangue, Edita-me.

Joao Tordo

João Tordo

João Tordo nasceu em Lisboa em 1975.

Licenciou-se em Filosofia e estudou Jornalismo e Escrita Criativa em Londres e Nova Iorque. Em 2001, venceu o Prémio Jovens Criadores na categoria de Literatura. Publicou os romances O Livro dos Homens sem Luz (2004); Hotel Memória (2007); As Três Vidas (2008), que recebeu o Prémio Literário José Saramago e cuja edição brasileira foi, em 2011, finalista do Prémio Portugal Telecom; O Bom Inverno (2010), finalista do prémio Melhor Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores e do Prémio Literário Fernando Namora e cuja tradução francesa integra as obras seleccionadas para a 6.ª edição do Prémio Literário Europeu; Anatomia dos Mártires (2011), finalista do Prémio Literário Fernando Namora; e O Ano Sabático (2013).

Os seus livros estão publicados em França, Itália, Brasil, Sérvia e Croácia.

Trabalha como cronista, tradutor, guionista e formador em workshops de ficção.

José Carlos de Vasconcelos © Rui Sousa

José Carlos de Vasconcelos

Nasceu em Freamunde, em 1940, mas sempre viveu na Póvoa de Varzim, onde fez a Escola e o Liceu, e muito cedo iniciou a atividade jornalística e cultural, designadamente dirigindo uma página literária em O Comércio, e publicando o primeiro livro de poemas, Canções para a Primavera (1960). Depois, estudou Direito em Coimbra, onde foi, bem como a nível nacional, destacado dirigente associativo, presidente da Assembleia Magna da Associação Académica, chefe de redação da Via Latina, fundador e presidente do Círculo de Estudos Literários, ator do TEUC, etc. Foi ainda dirigente do Cine-clube e chefe de redação da revista de cultura Vértice, então, com a Seara Nova, a mais importante.

Já licenciado, foi para a redação do Diário de Lisboa, interveio ativamente na vida sindical (além do mais como presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa) e, como advogado, na defesa de presos políticos e jornalistas. Fez numerosas sessões de leitura de poesia, em vários pontos do país, só ou ‘acompanhado’ por Carlos Paredes, como participou em sessões de Canto Livre com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Francisco Fanhais e Manuel Freire, entre outros.

Logo após o 25 de Abril esteve na direção do Diário de Notícias e da informação da RTP. Na RTP fez também, com Fernando Assis Pacheco, ainda em 1974, o primeiro programa literário, Escrever é Lutar, e foi, durante muitos anos, comentador político (na RTP-1 e na RTP-2) – tendo pertencido ainda ao seu Conselho de Opinião. Foi um dos fundadores de O Jornal (propriedade dos próprios jornalistas), seu diretor e diretor editorial do grupo, que criou várias outras publicações (como o Sete, o Jornal da Educação, e a História, entre outras), uma editora, a TSF/ Rádio Jornal, com uma cooperativa de profissionais de rádio, etc. Foi também fundador e diretor editorial da revista Visão, que substitui O Jornal, presidiu à assembleia geral do Sindicato e do Clube dos Jornalistas – bem como à direção deste último.

Participou em numerosas iniciativas cívicas e integrou nomeadamente, após o 25 de Abril, a Comissão do Livro Negro sobre o Regime Fascista, no âmbito da Presidência do Conselho de Ministros, e, mais tarde, o Conselho Geral da Fundação Calouste Gulbenkian – em ambos os casos até à sua extinção. Foi deputado, à Assembleia da República, e presidiu à Comissão Parlamentar Luso-Brasileira. Pertenceu à Comissão de Honra dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, país a que está muito ligado.

Tendo criado, em 1981, o JL, Jornal de Letras, Artes e Ideias, que desde aí manteve, regular e ininterruptamente, a sua publicação (quinzenal, e durante alguns anos semanal) é seu diretor desde o início até hoje; e também coordenador editorial da Visão e presidente do Conselho Geral do Sindicato de Jornalistas. Integra ainda o Conselho Geral da Universidade de Coimbra, o Conselho das Ordens Honoríficas Nacionais (no âmbito da Presidência da República) e o Conselho Consultivo do Instituto Camões.

Tem dez títulos de poesia, três livros infantojuvenis, um livro de entrevistas (Conversas com José Saramago, 2011, Ed. JL/Visão) e um livro sobre Lei de Imprensa/ Liberdade de Imprensa. As suas últimas obras editadas são, de poesia, O Mar A Mar A Póvoa, com ilustrações de Júlio Resende (2001), Repórter do Coração, com pintura de Graça Morais (2004), Caçador de Pirilampos (2007), com ilustrações de Júlia Landolt, todas com a chancela da ASA, e O sol das palavras (2011, Ed. Modo de Ler); e, infantojuvenis, Florzinha, gota de água; Arco, Barco, Berço, Verso, com novas ilustrações (2010) e A gaivota e o passaroco (2011) – todos Ed. Gradiva. Em dezembro de 2013 lançou, na Póvoa de Varzim, o livro O Mar a Mar a Póvoa II, da Modo de Ler Editores.

Entre outras distinções foram-lhe atribuídos o Prémio Cultura, da Fundação Luso-Brasileira, para personalidades dos dois países, logo na sua 1ª edição, e todos os prémios de carreira do jornalismo português: o do Clube Português de Imprensa; o da Casa de Imprensa; o Manuel Pinto de Azevedo, da Fundação Século XXI/ O Primeiro de Janeiro; o Gazeta, Prestígio, do Clube de Jornalistas. E também o Prémio Farnheit 451, da União dos Editores Portugueses, e o Açor Reconhecimento, do III Encontro Internacional de Imprensa não Diária, nos Açores.

É membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa.

 

Jose Mario Silva

José Mário Silva

José Mário Silva nasceu a 2 de Março de 1972, em Paris. Licenciado em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, é jornalista desde 1993. No Diário de Notícias, foi editor adjunto do suplemento DNA e da secção de Artes. Fez parte da equipa que realizou dois programas televisivos emitidos pela RTP2 (Portugalmente e Juízo Final). Neste momento, trabalha como freelancer. É coordenador da secção de Livros e crítico literário do jornal semanário Expresso, além de colaborador da revista Ler.

Publicou três livros: Nuvens & Labirintos (poesia, Gótica, 2001), ao qual foi atribuído o Prémio Literário Cidade de Almada; Efeito Borboleta e outras histórias (narrativa, Oficina do Livro, 2008); e Luz Indecisa (poesia, Oceanos, 2009). Traduz ocasionalmente do francês e do inglês. Coordena um clube de leitura. Escreve diariamente sobre livros e literatura no blogue Bibliotecário de Babel (http://bibliotecariodebabel.com). Em fevereiro de 2011, durante a 12ª edição das Correntes d’Escritas (Póvoa de Varzim), foi-lhe atribuído o Prémio Especial do Júri na categoria jornalista/crítico literário dos Prémios de Edição Ler/Booktailors.

 

Jose Ovejero©Julieta Solincêe

José Ovejero

José Ovejero nasceu em Madrid em 1958. A sua paixão pela literatura e pelo jornalismo leva-o a dividir a sua vida entre a cidade natal e Bruxelas. Romancista, contista, ensaísta, dramaturgo e poeta, por todos estes géneros recebeu diversos prémios literários. Pelo último romance, A Invenção do Amor, foi destacado com o Prémio Alfaguara de Romance em 2013. Nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas será lançado em Portugal o seu livro A Invenção do Amor, Alfaguara. 


José Rentes de Carvalho

José Rentes de Carvalho

J. Rentes de Carvalho nasceu em 1930, em Vila Nova de Gaia, onde viveu até 1945. Obrigado a abandonar o país por motivos políticos, viveu no Rio de Janeiro, em São Paulo, Nova Iorque e Paris. Em 1956 passou a viver em Amesterdão, na Holanda, como assessor do adido comercial da Embaixada do Brasil. Licenciou-se (com uma tese sobre Raul Brandão) na Universidade de Amesterdão, onde foi docente de Literatura Portuguesa entre 1964 e 1988. Em 2012 foi galardoado com o Grande Prémio de Literatura Biográfica APE/Câmara Municipal de Castelo Branco 2010-2011 com o livro Tempo Contado, e em 2013 recebeu o Grande Prémio de Crónica APE/Câmara Municipal de Sintra por Mazagran. Os seus livros Com os Holandeses, Ernestina, A Amante Holandesa, Tempo Contado, La Coca, Os Lindos Braços da Júlia da Farmácia, O Rebate, Mazagran e agora Mentiras & Diamantes estão atualmente disponíveis na Quetzal, que em abril irá publicar A Flor e a Foice.

Lídia Jorge@João Pedro Marnoto

Lídia Jorge

Lídia Jorge nasceu em 1946, no Algarve. Da sua vasta obra destacam-se os romances O Dia dos Prodígios (1980), O Cais das Merendas (1982), Notícia da Cidade Silvestre (1984), os dois últimos distinguidos com o Prémio Cidade de Lisboa, A Costa dos Murmúrios (1988), um dos mais poderosos textos sobre a guerra colonial, adaptado ao cinema num filme de Margarida Cardoso, e O Jardim sem Limites (1995), distinguido com o Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa. O Vale da Paixão (1998) recebeu os seguintes prémios: Dom Dinis, Bordallo, Ficção do Pen Club, Máxima de Literatura e o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia – Escritor Europeu do Ano, tendo sido ainda finalista do International IMPAC Dublin Literary Award 2003. O seu romance O Vento Assobiando nas Gruas (2002) conquistou o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Literário Correntes d’Escritas, e o romance Combateremos a Sombra, o Prémio Charles Bisset (2008).

A sua obra encontra-se traduzida em muitas línguas e países, sendo recebida pelos críticos nacionais e internacionais com grande interesse.

Pelo conjunto da sua obra, foi vencedora do prestigiado prémio da Fundação Günter Grass, na Alemanha, ALBATROS (2006) e do Grande Prémio Sociedade

Portuguesa de Autores – Millennium BCP. Em 2011, foi distinguida com o Prémio da Latinidade João Neves da Fontoura; o júri, presidido por Eduardo Lourenço, premiou Lídia Jorge pela «consagração da sua obra, que muito tem contribuído para o enriquecimento do património cultural e literário do Portugal contemporâneo».

Em 2013, a prestigiada revista francesa Le Magazine Littéraire incluiu Lídia Jorge entre “10 grandes vozes da literatura estrangeira”.

É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua cor refletindo a diversidade na sua diferença e na sua complementaridade” do livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas.

Verde-água é a cor de Lídia Jorge.

O seu novo romance intitula-se Os Memoráveis e será publicado em Março de 2014 pelas Publicações Dom Quixote.

Luís Filipe Castro Mendes

Luís Filipe Castro Mendes

Luís Filipe Castro Mendes nasceu em 1950 e, ainda muito cedo, entre 1965 e 1967, foi colaborador do jornal Diário de Lisboa-Juvenil. Em 1974, licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa e desenvolveu, a partir de 1975, uma carreira diplomática, tendo nomeadamente sido Cônsul Geral no Rio de Janeiro e depois Embaixador em Budapeste, Nova Deli e junto da UNESCO. É, neste momento, Embaixador de Portugal junto do Conselho da Europa, em Estrasburgo. Enquadrável numa estética pós-modernista, a sua obra revela um universo enigmático onde o fingimento e a sinceridade, o romântico e o clássico, a regra e o jogo conduzem às realizações mais lapidares e expressivas.

Bibliografia

Poesia Recados. Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1983; Seis Elegias e Outros Poemas. Porto, Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, 1985; A Ilha dos Mortos. Lisboa, Quetzal, 1991; Viagem de Inverno. Lisboa, Quetzal, 1993; O Jogo de Fazer Versos. Lisboa, Quetzal, 1994; Modos de Música. Lisboa, Quetzal, 1996; Outras Canções. Lisboa, Quetzal, 1998; Poesia Reunida,1985-1999. Lisboa, Quetzal, 1999, e Rio de Janeiro, Topbooks, 2001; Os Dias Inventados. Lisboa, Gótica, 2001; Lendas da Índia. Lisboa, Dom Quixote, 2011; A Misericórdia dos Mercados. Lisboa, Assírio & Alvim, 2014, cujo lançamento será feito nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas.

Ficção Areias Escuras. Lisboa, ER-Heptágono, 1983; Correspondência Secreta. Lisboa, Quetzal, 1995.

 

Manuel da Silva Ramos©Diamantino Gonçalves

Manuel da Silva Ramos

Nasceu na Covilhã, em 1947. Estudou Direito em Lisboa, mas por causa do fascismo exilou-se em França. Aos 21 anos ganha o Prémio de Novelística Almeida Garrett, com Os Três Seios de Novélia. Publica em parceria com Alface: Os Lusíadas, As Noites Brancas do Papa Negro e Beijinhos. Regressa a Portugal em 1997, e em 1999 publica quatro livros: Portugal, e o Futuro?, O Tanatoperador, Adeusamália e Coisas do Vinho. Em 2000 edita Viagem com Branco no Bolso e nos anos seguintes Jesus, The Last Adventure of Franz Kafka, Café Montalto, Ambulância, O Sol da Meia-Noite, A Ponte Submersa, Três Vidas ao Espelho e Pai, Levanta-te, Vem Fazer-me um Fato de Canela.

Nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas será lançado o livro Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras, edições Parsifal.

 

Manuel Jorge Marmelo

Manuel Jorge Marmelo

Manuel Jorge Marmelo nasceu em 1971, no Porto. Estreou-se na literatura em 1996 e publicou, de então para cá, mais de vinte títulos, entre os quais se contam os romances Uma Mentira Mil Vezes Repetida, Somos Todos Um Bocado Ciganos, Aonde o Vento Me Levar, Os Fantasmas de Pessoa e As Sereias do Mindelo. Em 2005 conquistou o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco com o livro O Silêncio de Um Homem Só. Em 2013 lançou uma nova colectânea de contos, Zero à Esquerda, bem como Crónicas do Autocarro, uma recolha de crónicas.

 

Manuel Rivas©Francescio Gattoni

Manuel Rivas

Manuel Rivas, escritor, poeta, ensaísta e jornalista, nasceu na Corunha em 1957. É, desde 2009, membro da Real Academia Galega.

Parte da sua obra poética encontra-se reunida na antologia El Pueblo de la Noche (1997). Em Portugal, com a chancela da Dom Quixote, foram publicados os seguintes livros: O Segredo da Terra; Que Me Queres, Amor?; O Lápis do Carpinteiro; Alma, Maldita Alma; As Chamadas Perdidas.

É igualmente autor dos romances Todo Ben, Un Millón de Vacas, En Salvaxe Compaña, Os Comedores de Patacas, Mujer en el Baño, En Salvaxe Compaña, El Héroe, A Cuerpo Abierto, La Desaparición de la Nieve, A Man dos Paiños, Os Libros Arden Mal, Todo es Silencio, Lo más Extraño e Las Voces Bajas.

À obra de Manuel Rivas, que se encontra traduzida em diversas línguas, já foram atribuídos, entre outros, os seguintes prémios: Prémio da Crítica Espanhola; Prémio Torrente Ballester de Narrativa; Prémio da Associação de Escritores em Língua Galega; Prémio Cálamo Extraordinário; Prémio Livreiros de Madrid; Prémio Arcebispo Xoán de San Clemente.

Manuel Rui © Rui Sousa

Manuel Rui

Manuel Rui Alves Monteiro nasceu em Nova-Lisboa, hoje Huambo, planalto central de Angola, em 1941. Licenciou-se em direito na Universidade de Coimbra – Portugal, onde desenvolveu advocacia e foi membro fundador do Centro de Estudos Jurídicos.

Ainda em Coimbra, foi membro do Centro de Estudos Literários da Associação Académica de Coimbra, redator da revista de cultura e arte Vértice e coordenador do suplemento literário Sintoma do Jornal do Centro. É cofundador das edições Mar além onde se editou a Revista de cultura e literatura dos países de língua oficial portuguesa.

Tem colaboração dispersa em diversos jornais e revistas, Jornal de Angola (Jornal da Associação dos Naturais de Angola), O Planalto, Diário de Luanda, Revista Novembro, Lavra & Oficina, Jango, Vértice, Jornal do Centro, Diário de Lisboa, República (Portugal), África (Portugal), Europeu (Portugal), Público (Portugal), Terceiro Mundo (Brasil), Jornal de Letras (Portugal), Mar além (Portugal), Semanário o Angolense, entre outras.

Figura em Antologias de ficção e poesia. É autor da letra do Hino Nacional de Angola e de outros hinos como o Hino da Alfabetização, Hino da Agricultura e a versão angolana da Internacional. Também é autor de canções com parcerias como Rui Mingas, André Mingas, Filipe Mukenga, Paulo de Carvalho e Carlos do Carmo (Portugal) e Martinho da Vila e Cláudio Jorge (Brasil), entre outros.

É membro fundador e subscreveu a proclamação da União de Escritores Angolanos, bem como da União dos Artistas e Compositores Angolanos e da Sociedade de Autores Angolanos.

Tem publicadas as seguintes obras:

Poesia Poesia Sem Notícias (1967); A Onda (1973); 11 Poemas em Novembro – Ano Um (1976), primeiro livro de poesia publicado em Angola após Independência; 11 Poemas em Novembro – Ano Dois (1977); 11 Poemas em Novembro – Ano Três (1978); Agricultura (1978); 11 Poemas em Novembro – Ano Quatro (1979); 11 Poemas em Novembro Ano Cinco (1980); 11 Poemas em Novembro – Ano seis (1981); 11 Poemas em Novembro – Ano sete (1984); Assalto, com desenhos de Henrique Aredeliteratura infantil com alguns poemas musicados e editados em disco (1980); Ombela,2007 (bilingue: português-umbundu) e O Semba da Nova Ortografia (2010).

Ficção Regresso Adiado (1973); Sim Camarada (1977), primeiro livro de ficção angolana publicado após a Independência; A Caixa (1977), primeiro livro angolano de literatura infantil; Cinco Dias depois da Independência (1979); Memória de Mar (1980); Quem Me Dera Ser Onda, Prémio Caminho Das Estrelas 1980 (adaptado para teatro em Moçambique, Portugal e Angola, também em televisão um extrato integra a Antologia de textos para o ensino secundário na Suécia; incluído no Plano de Bibliotecas do Ministério da Educação para as escolas secundárias no Brasil); Crónica de um Mujimbo (1989); Um Morto & Os Vivos (1993) – adaptado para uma série na Televisão Pública de Angola (O Comba); Rioseco (1997); Da Palma da Mão (1998); Saxofone e Metáfora (2001); Um Anel Na Areia (2002); Nos Brilhos (2002); Maninhacrónicas, cartas optimistas e sentimentais (2002); Conchas e Búzios – infanto-juvenil com ilustrações do moçambicano Malangatana Valente (2003); O Manequim e o Piano (2005); Estórias de Conversa (2006); A Casa do Rio (2007); Janela De Sónia (2009) e Travessia Por Imagem (Luanda, 2012), publicado em Portugal, em fevereiro de 2013, na 14ª edição das Correntes d’Escritas. A Trança é o seu mais recente romance, publicado pela Mayamba Editora, no mês passado, em Luanda.

Os seus textos estão traduzidos para umbundu, espanhol, francês, inglês, italiano, checo, servo-croata, romeno, russo, alemão, árabe, sueco, finlandês, hebraico e mandarim. Renunciou ao prémio nacional de cultura na disciplina de literatura. Escreveu, ensaiou e pôs em cena duas peças de teatro, respetivamente, O Espantalho (de inspiração na tradição oral e representado por trabalhadores da construção civil da cidade do Lubango) e Meninos do Huambo (representado por crianças e imediatamente impedida de divulgação após a sua antestreia gravada para a televisão). Participou, com declamação de poemas, no filme de António Ole O Caminho das Estrelas e com texto e dicção nos filmes de Orlando Fortunato, Memória de Um Dia, Kianda e nos diálogos de Combóio da Kanhoca. Desenvolve também a atividade de crítica, ensaio e crónica. Tem participado em inúmeros eventos como conferências, colóquios e similares.

Margarida Ferra©Rui Cartaxo Rodrigues

Margarida Ferra

Margarida Ferra tem 36 anos e dois filhos. Licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Trabalhou numa pizzaria, num jornal, numa galeria de arte contemporânea, em duas livrarias e no Palácio da Ajuda. Trabalha agora num grupo editorial, não o mesmo onde publicou, em 2010, Curso Intensivo de Jardinagem e, três anos depois, Sorte de Principiante, ambos de poesia, ambos pela & etc – a editora independente que não faz reedições e celebrou recentemente 40 anos de existência.

 

Maria Manuel Viana

Maria Manuel Viana

Nasceu na Figueira da Foz, em 1955, onde estudou até entrar para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Durante os cinco anos em que tirou Filologia Românica, deu aulas à noite na Escola Bernardino Machado, na Figueira da Foz. Em 1979, enganou-se a preencher o boletim de concurso de professores e foi colocada em Castelo Branco, cidade que adoptaria como sua e onde viveu durante mais de 20 anos. Aí nasceram os seus dois filhos, David e Manuel, e também aí foi coordenadora do Centro de Área Educativa, presidente da Comissão Distrital de Proteção de Menores, candidata a deputada pelo Partido Socialista, vereadora da cultura e coordenadora do Gabinete para a Igualdade. Escreveu os romances A Paixão de ana b., A Dupla Vida de M.ª João, Damas, Ases e Valetes (com Ana Benavente), O Verão de todos os silêncios. Traduziu os dois últimos Prémios Nacionais da Crítica de Espanha, O dia de amanhã de Ignacio Martínez de Pisón e A filha do Leste, de Clara Usón.

Nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas será lançado o seu mais recente livro A Teoria dos Limites, da Editora Teodolito.

 

Maria Teresa Horta

Maria Teresa Horta

Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras. Escritora e jornalista, foi a primeira mulher a exercer funções dirigentes no cineclubismo em Portugal, e é conhecida com uma das mais destacadas feministas portuguesas. Estreou-se na poesia em 1960, e a sua obra poética publicada até 2006 – dezoito títulos – está coligida em Poesia Reunida (Dom Quixote, 2009), livro que lhe valeu o Prémio Máxima Vida Literária.

Na ficção surge com Ambas as Mãos Sobre o Corpo, em 1970. Seguem-se-lhe Novas Cartas Portuguesas (1972) – em co-autoria com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa –, obra que valeu às autoras um processo judicial «por ofensa à moral pública», e os romances Ema (1984; Prémio Ficção Revista Mulheres) e A Paixão segundo Constança H (1994).

Em 2011, publica o romance As Luzes de Leonor (Prémio D. Dinis 2011 e Prémio Máxima de Literatura 2012) e, no ano seguinte, Poemas Para Leonor – conjunto de versos dedicado a Leonor de Almeida Portugal e que fazem parte do processo de escrita de As Luzes de Leonor. Escritos ao mesmo tempo que o romance, e ao longo dos mais de dez anos que durou a sua preparação, falam sobre a experiência da criação da personagem central, interrogam-na, acompanham-na, espelham-na e dialogam com ela.

Também em 2012, a sua poesia erótica é reunida na antologia As Palavras do Corpo.

Em 2013, é a vez de nos surpreender com A Dama e o Unicórnio, uma original interpretação das tapeçarias quatrocentistas La Dame à la Licorne que conjuga poesia e imagem: o livro é ainda valorizado por um CD com a cantata profana do compositor António Sousa Dias sobre a poesia de Maria Teresa Horta dita pela actriz Ana Brandão.

É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua cor refletindo a diversidade na sua diferença e na sua complementaridade” do livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas.

Azul claro é a cor de Maria Teresa Horta.

Este ano, ser-lhe-á dedicado o dossiê da Revista Correntes d’Escritas lançada durante o evento, e será apresentada uma nova edição do seu romance, Ambas as mãos sobre o corpo, Publicações Dom Quixote.

Bibliografia:

Poesia Reunida (2009); Novas Cartas Portuguesas (2010 – edição anotada; org. Ana Luísa Amaral); As Luzes de Leonor (Romance, 2011); As Palavras do Corpo (Poesia, 2012); Poemas Para Leonor (Poesia, 2012); A Dama e o Unicórnio (Poesia, 2013); Ambas as Mãos Sobre o Corpo (Romance, 2014 – 1.ª edição na Dom Quixote).

Marta Madureira

Marta Madureira

Marta Madureira é designer de comunicação e ilustradora, actividades que lecciona no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave na licenciatura de Design Gráfico e no mestrado de Ilustração e Animação.

É licenciada e mestre pela FBAUP e é doutoranda na Universidade do Minho.

Foi distinguida com algumas distinções de relevo, entre as quais: prémio Jovens Criadores Bienal de Atenas, Grécia 2003; Prémio Jovens Criadores Bienal de Nápoles, Itália 2005; Menção especial Prémio Nacional de Ilustração 2010; Menção especial Prémio Nacional de Ilustração 2011, 1º prémio – 3×3 Magazine of Contemporary Illustration 2012.

Conta com cerca de 20 livros ilustrados para a infância com textos de Álvaro Magalhães, Vergílio Alberto Vieira, Manuel António Pina, Adélia Carvalho, Ana Luísa Amaral, entre outros.

É autora e realizadora da série de animação As Máquinas de Maria financiada pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual.

É, juntamente com Adélia Carvalho, fundadora da editora Tcharan.

 

Michael Kegler©Alfredo Cunha

Michael Kegler

Michael Kegler (* 1967 em Gießen, Alemanha) viveu na Libéria e no Brasil, até aos 10 anos. Na Alemanha frequentou diversos cursos universitários – entre eles os de literatura brasileira e portuguesa e trabalhou no Centro do Livro e do Disco de Língua Portuguesa, em Frankfurt, em cuja editora publicou a sua primeira tradução literária. Desde o fim dos anos 90 considera-se tradutor profissional. Verteu obras de – entre outros – Manuel Tiago (Álvaro Cunhal), Gonçalo M. Tavares, Paulina Chiziane, José Eduardo Agualusa, Fernando Molica, e mais recentemente Michel Laub, João Paulo Cuenca, Luiz Ruffato e Moacyr Scliar. Desde 2001 publica o site www.novacultura.de sobre literatura dos países de língua portuguesa. Frequenta as Correntes d’Escritas desde 2003. Em 2009 publicou a antologia de poesia lusófona hotel ver mar, em homenagem a este festival.

Michel Laub

Michel Laub

Michel Laub nasceu em Porto Alegre, Brasil, em 1973. Escritor e jornalista, foi editor-chefe da revista Bravo e é actualmente colunista do jornal Folha de S. Paulo. Escreveu seis romances — Música Anterior (2001), Longe da Água (2004), O Segundo Tempo (2006), O Gato Diz Adeus (2009), Diário da Queda (2011) e A Maçã Envenenada (2013). Michel Laub foi incluído na edição Os Melhores Jovens Escritores Brasileiros da revista Granta, e os seus romances foram distinguidos com vários prémios e nomeações. Diário da Queda, o único publicado em Portugal (Tinta-da-china, 2012) foi publicado em 11 países e será adaptado para cinema. Recebeu os prémios Brasília de Literatura e Bravo de Literatura, e foi finalista dos prémios Portugal Telecom, Zaffari & Bourbon e São Paulo de Literatura.

 

Miguel Real©Pedro Loureiro

Miguel Real

Miguel Real nasceu em Lisboa em 1953 e é sintrense por adopção. É licenciado em Filosofia pela Universidade de Lisboa e mestre em Estudos Portugueses pela Universidade Aberta com uma tese sobre Eduardo Lourenço e a Cultura Portuguesa.

Professor de Filosofia no Ensino Secundário e especialista em Cultura Portuguesa, possui uma vasta obra dividida entre o ensaio, a ficção e o drama (neste último género sempre em colaboração com Filomena Oliveira), tendo recebido o Prémio de Revelação nas áreas da Ficção e do Ensaio Literário da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Ler/Círculo de Leitores, o Prémio da Associação dos Críticos Literários, o Prémio Fernando Namora da Sociedade Estoril-Sol, atribuído ao romance A Voz da Terra, também finalista do Prémio de Romance e Novela da APE, e o Prémio SPA Autores pelo romance O Feitiço da Índia.

É colaborador permanente do JL, onde faz crítica literária.

Publicou os romances A Verdadeira Apologia de Sócrates, A Visão de Túndalo por Eça de Queirós, Memórias de Branca Dias, A Voz da Terra, O Último Negreiro, O Sal da Terra, O Último Minuto na Vida de S., A Ministra, As Memórias Secretas da Rainha D. Amélia, A Guerra dos Mascates, O Feitiço da Índia e A Cidade do Fim.

Tendo ainda publicado, entre muitos outros, os ensaios Nova Teoria do Mal, Nova Teoria da Felicidade e Nova Teoria do Sebastianismo.

Nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas, será apresentado o livro A Montanha e o Titanic, de Luísa Franco (Parsifal), cuja edição é da sua responsabilidade.

Miguel Sousa Tavares©Pedro Monteiro

Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares estudou Direito e Jornalismo, começando por trabalhar em ambas as áreas. Viria depois a abandonar a advocacia pelo jornalismo e, mais tarde, o jornalismo pela escrita literária e pelo comentário. Trabalhou em jornais, revistas e televisão, tendo conquistado diversos prémios como repórter, entre os quais o Grande Prémio de Jornalismo do Clube Português de Imprensa e o Tucano de Ouro, 1º Prémio de reportagem televisiva do Festival de Televisão e Cinema do Rio de Janeiro. Seria um dos fundadores da revista Grande Reportagem, que dirigiu durante dez anos, tornando-a uma marca de referência no panorama jornalístico português. Como comentador político, mantém, de há vinte anos para cá, uma presença constante – hoje na SIC e no jornal Expresso – onde a sua reconhecida independência arrasta fiéis e acumula inimigos.

Depois de incursões do domínio da literatura infantil e de viagens, estreou-se no romance em 2003, com Equador, que vendeu mais de 400.000 exemplares em Portugal, estando ainda traduzido em 11 línguas e editado em cerca de 30 países, com adaptação televisiva em Portugal e no Brasil. Madrugada Suja é o seu mais recente romance, já com tradução em curso em Itália.

 

Ondjaki©Daniel Mordzinski

Ondjaki

Nasceu em Luanda em 1977. Prosador, às vezes poeta. Co-realizou o documentário Oxalá Cresçam Pitangas, sobre a cidade de Luanda. É membro da União dos Escritores Angolanos, licenciado em Sociologia (Portugal), fez doutoramento em Estudos Africanos (Itália).

Recebeu uma Menção Honrosa (Prémio António Jacinto, Angola, 2000); Prémio Literário Sagrada Esperança (Angola, 2004); Prémio Literário António Pauloro (Portugal, 2004); Grande Prémio do Conto «Camilo Castelo Branco» C. M. de Vila Nova da Famalicão/APE (Portugal, 2007); Grinzane for África – young writer (Itália/Etiópia, 2008); Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância (Portugal, 2012); Prémio FNLIJ – juvenil (Brasil, 2010 e 2013) e Prémio Jabuti juvenil (Brasil, 2010). Com o romance Os Transparentes venceu o ano passado o Prémio José Saramago.

Com romances, contos, poesia e livros infantis, foi traduzido para o francês, espanhol, italiano, alemão, inglês, sérvio, polaco e sueco.

 

Onesimo Teotonio

Onésimo Teotónio Almeida

Nasceu no Pico da Pedra, S. Miguel, Açores, no dia 18 de dezembro de 1946.
Doutorado em Filosofia pela Brown University (Providence, Rhode Island, EUA), é Professor Catedrático no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros, no Renaissance and Early Modern Program e no Wayland Collegium for Liberal Learning, da mesma universidade. Recebeu recentemente na Universidade de Aveiro um Doutoramento Honoris Causa. O seu livro de escrita criativa mais recente é Onésimo. Português Sem Filtro – uma antologia (Clube do Autor, 2011). Em 2012 publicou Utopias em Dói Menor – conversas transatlânticas com Onésimo (Gradiva, 2012), uma longa troca internética com João Maurício Brás. É de estórias o seu mais recente livro: Quando os Bobos Uivam (Clube do Autor, 2013).

Patrícia Portela©Thomas Langdon

Patrícia Portela

Patrícia Portela (1974). Autora de performances e obras literárias, vive entre Portugal e Bélgica. Estudou cenografia e figurinos em Lisboa e Utrecht, cinema em Ebeltoft, na Dinamarca, e Filosofia em Leuven, na Bélgica. Entre 1994 e 2002 trabalhou como figurinista e/ou cenógrafa para muitas das mais importantes companhias e realizadores independentes em Portugal recebendo o Prémio Revelação 94 pelo seu múltiplo trabalho para performances e para cinema. Foi uma das fundadoras do grupo O Resto em 1996 e da Associação Cultural Prado em 2003 onde colabora com artistas nacionais e internacionais em performances e instalações transdisciplinares e faz itinerância com regularidade pela Europa e pelo mundo. Reconhecida nacional e internacionalmente pela peculiaridade da sua obra, recebeu vários prémios (dos quais destaca o Prémio Madalena Azeredo de Perdigão/F.C.G. ou o Prémio Teatro na Década para Wasteband) e é considerada uma das artistas e autoras mais desafiantes da sua geração.

Autora de Para Cima e não para Norte (2008) e Banquete (2012) foi convidada a participar no 46º International Writing Program em Iowa City em 2013 e foi a primeira Outreach Fellow da Universidade de Iowa City.

Lecciona com regularidade no Forum Dança desde 2008.

Nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas, será lançado o seu novo livro Wasteband, da Editorial Caminho.

 

Patricia Reis

Patrícia Reis

Patrícia Reis nasceu em 1970. Tem carteira profissional de jornalista há 25 anos. Em 1988, começou a trabalhar no semanário O Independente. Esteve depois na revista Sábado e estagiou na revista norte-americana Time, em Nova Iorque. Foi jornalista do semanário Expresso, fez a produção do programa de televisão Sexualidades, trabalhou na revista Marie Claire, na Elle e nos projectos especiais do jornal Público. Desde 2000 que assume a edição da revista Egoísta.

Bibliografia

Começou a publicar ficção em 2004, com a novela Cruz das Almas, seguindo-se os romances Amor em Segunda Mão (2006), Morder-te o Coração (2007), que integrou a lista de 50 livros finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura, No Silêncio de Deus (2008), Antes de Ser Feliz (2009) e Por Este Mundo Acima (2011). É ainda autora da biografia de Vasco Santana (2004), do romance fotográfico Beija-me (2006, em co-autoria com João Vilhena) e de livros infanto-juvenis, entre os quais a colecção Diário do Micas, todos com o selo do Plano Nacional de Leitura.

Contracorpo, publicado em Março de 2013 pela Dom Quixote, aclamado pela crítica e pelos leitores, é o seu mais recente romance.

 

Pedro Teixeira Neves©Pedro Teixeira Neves

Pedro Teixeira Neves

Nome | Pedro Teixeira Jardim Rocha Neves (1969)

Como jornalista: Jornal Semanário | Revisão de Texto; Jornalista de Desporto/ Sociedade/ Cultura, 1994-1998; Revista Arte Ibérica | Redactor/ Chefe de Redacção, 1998 – 2001; Agenda Cultural de Lisboa | Redactor/ Editor, 1999 – 2001

Revista Magazine Artes | Fundador/ Proprietário/ Director, 2001 – 2007 – Editor do Livro Contos Fantásticos (edição em parceria com o Fantasporto); Ticketline Magazine | Fundador/ Editor/ Jornalista 2008 – 2010; Revista Epicur | Jornalista e Fotógrafo – 2010 até 2012; Programa Câmara Clara – RTP2 | Jornalista – 2010 até Dez 2012.

Como fotógrafo: Publicações em Magazine Artes, revista Egoista, Ticketline Magazine; Fotógrafo da revista Epicur entre 2010 e 2012; Vencedor da primeira edição do Prémio Retratar Um Livro da Fundação José Saramago – 2012, com um portfólio sobre o romance Nome de Guerra; Responsável pela apresentação fotográfica sobre a poesia de Maria do Rosário Pedreira no âmbito de uma sessão para as Quintas de Leitura, do Teatro do campo Alegre, no Porto, em Janeiro de 2013; Edição de Lisboa Reunida Segundo classificado na II Edição do Prémio de Fotografia Retratar um Livro, da Fundação José Saramago, com um portfólio sobre o romance O Ano da Morte de Ricardo Reis, 2013; Publicação do livro Criminal Man,

Prémio de Fotografia Reflexos de Lisboa, Lisbonweek 2013; Assinatura das imagens de capa dos livros Poema, de Alex Andrade (Confraria do Vento/ Brasil), e Poemas com Alzheimer, de Alberto Pereira (Glaciar).

Como Escritor/ Autor – Romance: Uma Visita a Bosch, Temas e Debates, 2001.

Poesia: Chiasco, Quasi Edições, 2003. | Infantil: Histórias de Patente com Tenente e Outra Gente, Caminho, 2007; Histórias Tais, Animais e Outras Mais, Caminho, 2007; Amor de perdição, Adapt. do original de Camilo Castelo Branco, Edições Quasi/ Jornal Sol; Histórias do Barco da Velha, Trinta Por Uma Linha, 2009; O Livro Que Não Queria Dormir, Sete Dias, Seis Noites, 2011, texto e ilustrações; Colaboração na antologia Versos de Não Sei Quê e Barricadas de Estrelas e de Luas, da Trinta por Uma Linha; Edição (Fevereiro 2014) do livro O Rei de Roupa Pouca, Glaciar, texto e ilustrações. | Conto: O Sorriso de Mona Lisa, Deriva Edições, 2008; Edição integral do conto Asclépio, Caçador de Eclipses no manual de língua portuguesa da Porto Editora, Expressões (10º ano). | Outros: Colecção Palanquinha, Cocan 2010, Edição Babel, 2010; Desprovérbios, Palavrices e Algumas Tolices, Apenas Livros, 2012; Às Barbas, Por Deus!, com ilustrações de António Ferra, ed. de autor, 2013; Existenciais, Algo a Menos ou a Mais, ed. de Autor, 2013; Edição de contos e poemas em vários títulos de Imprensa.

 

Renato Filipe Cardoso©Isabeleal

Renato Filipe Cardoso

Renato Filipe Cardoso nasceu em Aveiro em 1971.

Cursou Comunicação Social e Línguas e Literaturas Modernas no Porto.

Desde 1989, trabalhou cerca de 12 anos como jornalista em jornais diários, foi crítico literário e musical, coordenador de revistas e projectos jornalísticos e veio, gradualmente, a dedicar-se à escrita criativa, ao copywrite publicitário e à locução comercial, em detrimento do jornalismo.

Tem sido voz oficial de diversas instituições e marcas de dimensão nacional e internacional, realizando inúmeras campanhas publicitárias e institucionais em voz-off para meios audiovisuais, além de locutor de vários programas e documentários de televisão.

Em 2007 fundou a Texto Sentido, empresa de escrita criativa, copywrite e edição que detém também a marca Voz-off®, Agência de Locutores, produtora de audiovisuais e entidade de formação na área da Voz, da Locução e da Técnica Vocal.

Apresenta, há 3,5 anos, o programa RádioAtivo, no Porto Canal, sobre música alternativa, estando ligado à produção de alguns outros programas televisivos de Cultura e Arte.

Em Março de 2013, idealizou, produziu, escreveu e deu voz(es) à série de humor As Desventuras de Austerix, produzida para as comemorações dos 25 anos da TSF.

No âmbito da escrita, é poeta galardoado com um prémio e algumas menções honrosas; teve várias publicações em jornais, revistas literárias e antologias poéticas; venceu um prémio na área do conto fantástico; e publicou um livro de conto para crianças.

Publicou os livros de poesia Aprendiz de Dourado (2012), Cavalo de Troika (2013) – primeiro livro a ser apresentado no Festival de Paredes de Coura – e Máquina-de-lavar-corações (2014), pela editora Texto Sentido, cujo lançamento será feito nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas.

É dizedor convidado das Quintas de Leitura do Teatro do Campo Alegre, onde também participa esporadicamente com o projecto videográfico Rua da Poesia. Participou no programa Um poema por Semana do Canal 2, da autoria de Paula Moura Pinheiro. Mantém o projecto de performance poética Stand-up Poetry com os dizedores Isaque Ferreira e Rui Spranger. Semanalmente, ainda, participa nas noites de Poesia do Pinguim Café, onde foi dizedor residente das Quintas Movediças entre 1991 e 1993.

 

Rui Zink

Rui Zink

Rui Zink (Lisboa, 1961). Escritor, professor, cidadão – por esta ordem de gosto, a de importância já é facultativa. Estreou-se como ficcionista em 1986 e desde então publicou três dezenas de obras, entre ficção, ensaio, literatura para a infância, BD e teatro. Alguns dos seus livros encontram-se traduzidos para línguas interessantes, coitadinhas, mas que nem chegam aos calcanhares da nossa. Passados 40 anos sobre o 25 de Abril, A Instalação do Medo será adaptada para o palco pelo grande Jorge Listopad.

Ficção: A metametamorfose e outras fermosas morfoses; Hotel Lusitano; A realidade agora a cores; Homens Aranhas; Apocalipse Nau; O Suplente; Os Surfistas; Dádiva Divina; A Palavra Mágica; A Espera; O Anibaleitor; O Destino Turístico; O amante é sempre o último a saber; A Instalação do Medo.

Sara Figueiredo Costa

Antes de chegar ao jornalismo, estudou literatura e linguística na Universidade Nova. Jornalista free-lancer, escreve para a Blimunda, a Time Out e o Expresso, muitas vezes sobre livros, autores, ficção, banda desenhada e ilustração. Assina uma crónica mensal no diário Ponto Final, de Macau, e tem passado por outras páginas, com menos regularidade. Mantém, desde 2007, o blogue Cadeirão Voltaire, sobre livros e edição, e desde 2003, o Beco das Imagens, dedicado à banda desenhada e à ilustração. É um dos membros fundadores da Oficina do Cego – Associação de Artes Gráficas, onde ensina o que sabe sobre história do livro e edição e onde suja as mãos com tinta, caracteres de chumbo e diluentes caseiros.

 

Uberto Stabile

Uberto Stabile

Uberto Stabile (Valencia 1959) Poeta, editor, traductor y gestor cultural. Director del Encuentro Internacional de Editores Independientes de Punta Umbría, Edita, y del Salón del Libro Iberoamericano de Huelva. Fundador de la colección de poesía bilingüe y del encuentro de escritores hispano-luso Palabra Ibérica. Premio Valencia de Literatura y Premio Internacional de Poesía Surcos. Su poesía ha sido recopilada bajo el título Habitación desnuda 1977/2007 y sus artículos bajo el título Entre Candilejas y Barricadas. Poemas suyos han sido traducidos al italiano, portugués, inglés, búlgaro, turco, lituano, catalán y francés. Es autor de las antologías: Mujeres en su tinta, poetas españolas en el siglo XXI y Tan lejos de Dios, poesía mexicana en la frontera norte.

 

Ungulani Ba Ka Khosa

Ungulani Ba Ka khosa

Ungulani Ba Ka Khosa, nome tsonga (grupo étnico do sul de Moçambique) de Francisco Esaú Cossa, nasceu a 1 de Agosto de 1957, em Inhaminga, província de Sofala. Professor de carreira, exerce actualmente as funções de director do Instituto Nacional do Livro e do Disco. Foi director adjunto do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual de Moçambique. Durante a década de 90 foi cronista de vários jornais nacionais, participando ativamente em debates que a segunda República despoletou. Foi co-fundador da revista literária Charrua. É membro da Associação dos Escritores Moçambicanos, exercendo, actualmente, as funções de Secretário-geral. Prémio Gazeta de Ficção Narrativa, em 1988; Prémio Nacional de Literatura, em 1991; Homenagem da CPLP- Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em 2003; Prémio José Craveirinha, em 2007; e com Ualalapi, obra de estreia, consta da lista dos cem melhores autores africanos do século XX.

É também autor de Orgia dos Loucos (1990); Histórias de Amor e Espanto (1993); Os Sobreviventes da Noite (2005); Prémio José Craveirinha; Choriro (2009), O Rei Mocho, História Infanto-Juvenil (2012); e Entre as Memórias Silenciadas (2013), Prémio BCI, melhor livro do ano 2013.

Nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas serão lançados os livros Choriro e Entre Memórias Silenciadas, da Alcance Editores.

Valério Romão©Tiago Figueiredo

Valério Romão

Nasce em França, nos idos de 1974. Aos dez anos muda-se para Portugal, onde continua os estudos que desembocarão em Filosofia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa. Para além de tech geek e de eterno aprendiz de dançarino, tem publicado contos (revistas Granta, Magma, Construções Portuárias), escrito peças de teatro (Posse, Teatro da Trindade ou A Mala, CCB/Box Nova, por exemplo) e assinado traduções de Samuel Beckett ou Virginia Woolf (para a editora Aguasfurtadas), cujo universo revisitou também em instalações. Os dois romances publicados, Autismo e O da Joana (abysmo) afirmaram-no como uma das vozes mais promissoras da ficção nacional contemporânea. Considera-se curioso e teimoso em doses equivalentes e suficientes para aprender as técnicas necessárias para erguer ou remodelar uma casa.

Valter Hugo Mãe©Nelson d'Aires

Valter Hugo Mãe

Valter Hugo Mãe nasceu em Saurimo, Angola, no ano de 1971.

Licenciou-se em Direito e é pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea. Publicou os romances: o nosso reino; o remorso de baltazar serapião, Prémio José Saramago em 2007; o apocalipse dos trabalhadores; a máquina de fazer espanhóis, Grande Prémio Portugal Telecom, categoria melhor livro do ano, e Prémio Portugal Telecom, categoria melhor romance do ano, em 2012; O Filho de Mil Homens e A Desumanização.

A sua poesia encontra-se reunida no volume contabilidade. Escreveu diversos livros ilustrados para os mais novos, entre os quais: Quatro Tesouros; O Rosto e As mais belas coisas do mundo.

Valter Hugo Mãe é vocalista do grupo musical Governo (www.myspace.com/ogoverno), projeto que editou o EP Propaganda Sentimental, com cinco canções, através do selo Optimus Discos.

Escreve as crónicas Autobiografia imaginária, no Jornal de Letras, e Casa de papel, na revista de domingo do jornal Público.

Outras informações sobre o autor podem ser encontradas no Facebook (Valter Hugo Mãe – Pag. Oficial) ou em: www.valterhugomae.com

Vergílio Alberto Vieira©Alfredo Cunha

Vergílio Alberto Vieira

Poeta, ficcionista, autor de livros para a infância, Vergílio Alberto Vieira (1950, Braga) cursou Letras no Porto, tendo exercido actividades docentes em Lisboa até 2009.

Dirigiu a revista Mealibra (dois primeiros números) e foi co-fundador dos cadernos de poesia lusófona Lugarcomum (1976-1978); da revista de poesia Babel (1986); da revista de cultura Vandoma (n/ único, 1985) e da revista DelphicaLetras & Artes, editada em finais de 2013.

Assinou colaboração nos Cadernos de Literatura, Colóquio Letras, África, Rua Larga, Escritor e Magazine Artes (Portugal); Hora de Poesia, Malvís, Serta, ABC-Letras y Artes, Vozes de Galicia e Literastur (Espanha); Albatroz (França); Il Cobold e Il Vento Salato (Itália); Apertura Magazine (Luxemburgo); Ficção, Escrita e Suplemento Literário de Minas Gerais (Brasil); Reenbou (Canadá); Micromegas (USA); Poética (Uruguay); Kanora (Colombia).

Encontra-se representado nas publicações: Antologia do Conto Português Contemporâneo (1984, ICALP, Lisboa), La Poèsie des Palmipèdes (1987, Paris), Poesia Ibérica: Generación de la Democracia (1991, Madrid), Tarde Tranquila, Casi (1994, Roma); Identidades/ Antologia Literária de Língua Portuguesa (1996, Universidade de Coimbra), Relatos Portugueses de Viagem/ A Imagem de Marrocos (1998, Universidade Dhar el Mahraz, Fes), Vozes Poéticas da Lusofonia (1999, Instituto Camões, Lisboa), Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea (1999, Rio de Janeiro), Antologia da Ficção Portuguesa Contemporânea (2000, Budapest), Contos da Cidade das Pontes/ Cuentos de la Ciudad de los Puentes/ Short Stories of the City of Bridges (2001, Porto), Antologia del Cuento Portugués del Siglo XX (2001, México); Histórias em Língua Portuguesa (2007, Porto), Hotel Ver Mar/Antologia Poética da Lusofonia, Michael Kegler (trad.) para língua alemã, (2009, Frankfurt), O primeiro dia/A mãe na poesia portuguesa (2012), Alquimia de la tierra (2013, Huelva), Dezasseis olhares sobre a Póvoa de Varzim (2013, Porto).

Pedra de transe (1984), A adivinhação pela água (1990) e Os sinais da terra (1984) foram editados em Espanha/ trad. Clara Janés; com o título Peregrinação ao Sul, saíram na Bulgária: A adivinhação pela água (1990) e O caminho da serpente (1993), trad. Jordanka Velinova/Manuel Nascimento; com o título Contos por contar/trad. Luis M. Fernández foram editados, na Galiza (Tambre, 2006) os livros A semana dos nove dias (1988), O peixinho Folha-de-Água (1989/2000) e O livro dos enganos (2001).

Livros de sua autoria foram editados em Espanha, Bulgária, Egipto, Brasil e Moçambique.

Entre 1975 e 2000, fez crítica de livros na revista África, no Jornal de Notícias (Porto) e no semanário Expresso (Lisboa), textos reunidos nos volumes: Os consentimentos do mundo (1993); A sétima face do dado (2000); O momento da rosa/Reflexões sobre literatura infantil e juvenil (2012); As batalhas fingidas (2013).

Nos últimos anos, editou/reeditou: A Biblioteca de Alexandria/narrativa/pref. António Cabrita (2001); Chão de víboras/narrativa, 2ª edição/pref. J.L. Pires Laranjeira (2003); Crescente branco/poesia/pref. Alexei Bueno (2004); Pára-me de repente/teatro/pref. Manuel Lourenzo (2005), levada ao palco em 2007 pela Companhia de Teatro de Braga; Papéis de fumar/Obra poética/pref. Ivan Junqueira/desenhos de Sofia Areal (2006); O navio de fogo/narrativa/2ª edição/ pref. Cristina Robalo Cordeiro (2009); Minhas cartas nunca escritas/narrativa/ pref. Ernesto Rodrigues (2012); Amante de um só dia/poesia (2012); Ardente a cegueira (2014); O ilusório ponto do geómetra (2014).

Foi membro de júri dos prémios Vida Literária, Romance e Novela, Literatura Biográfica e Poesia da Associação Portuguesa de Escritores; do PEN Clube Português; Correntes d’Escritas; do Prémio de Narrativa Eixo-Atlântico, do Prémio Karingana wa Karingana (Moçambique) e dos prémios do Conto Camilo Castelo Branco e Manuel da Fonseca; e de poesia Florbela Espanca, Teixeira de Pascoaes, Sebastião da Gama, Natércia Freire e Maria rosa Colaço, entre outros.

Integrou direcções da Associação Portuguesa de Escritores, do PEN Clube Português, do IBBY e da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto.