O evento irá realizar-se de 20 a 22 de fevereiro, no Axis Vermar Conference & Beach Hotel, na Póvoa de Varzim.

“Este ano, temos um espaço com maior conforto, onde as pessoas chegam e podem assistir às mesas, sem a necessidade de marcarem previamente os seus lugares. A organização entendeu, para não sacrificar mais o público-leitor, concentrar todas as atividades no Axis Vermar, onde teremos 600 lugares para se sentarem”, explicou Luís Diamantino.

Sobre a programação do evento, o Vereador disse que “há sempre uma coluna vertebral nos acontecimentos”, e ao completar 15 anos, “mantivemos as mesas, as idas às escolas e as escolas que vêm até nós, o teatro, as exposições, a Revista, tudo isso acontece”.

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A Conferência de Abertura é sempre um momento marcante do programa, pelo qual já passaram muitas personalidades. “O Sr. Professor Doutor Adriano Moreira não vai fugir à regra, é uma personalidade incontornável na cultura, e todos os que assistirem à sua conferência vão sair de lá mais conhecedores, e com uma visão mais completa do que é “A Língua e o Saber”, constatou Luís Diamantino.

Em relação aos mais de 60 escritores participantes, o autarca realçou que “nenhum dos elementos que aqui vamos ter é pago. Estão cá de forma graciosa e com uma entrega total”.

Esta edição mantém os quatro Prémios Literários, cujos vencedores serão anunciados no dia 20 de fevereiro, às 11h00, na Cerimónia de Abertura do evento, no Casino da Póvoa.

A Revista Correntes d´Escritas, “uma forma de homenagem a vultos da nossa literatura”, homenageia, este ano, Maria Teresa Horta, “uma amiga e cúmplice do Correntes d’Escritas”, disse Luís Diamantino, anunciando que a publicação da Revista é assumida, quase na sua totalidade, pela publicidade que inclui, nomeadamente, do Casino da Póvoa, Instituto Cervantes e editoras.

Para assinalar os 15 anos, os temas das Mesas “foram pensados de modo a que estas falassem de correntes”, tendo a palavra os mais diversos significados, ou seja “podem ser aquilo que nós quisermos”. Neste sentido, “com inteira liberdade, os escritores que vão estar nas mesas poderão falar do tema que lhes é proposto. E muitos deles não falam, recusam-se a falar e falam de outras coisas. Mas resulta sempre”, transmitiu o Vereador, realçando que “temos mesas muito boas, com muitos participantes e muito bons”.

Conversas a Dois é uma novidade desta edição. Aproveitando a reedição de três obras no evento, dois autores vão estar 30 minutos à conversa, como será o caso de Eduardo Lourenço e Almeida Faria, “dois conversadores natos”, à conversa a propósito do livro Lusitânia.

Para além destes três livros, serão apresentados no 15º Correntes d’Escritas mais 13 obras, em 1ª edição, e dois projectos, uma revista – FLANZINE –, que ainda não completou um ano de vida, e uma editora – Cama-de-gato –, que nascerá no momento da sua apresentação, com o lançamento de três livros.

Haverá ainda uma Oficina “Escrita para Cinema”, em colaboração com a Terra Firme, com o realizador António-Pedro Vasconcelos. Do programa consta, ainda, uma exposição de três fotografias de Amaral Bernardo sobre a apanha do sargaço em Aver-o-Mar.

Recordamos que, com exceção da Cerimónia de Abertura, todas as iniciativas acima referidas vão acontecer no Axis Vermar Conference & Beach Hotel.

À semelhança do que aconteceu na edição anterior, a Fundação de Serralves irá colaborar com o Correntes d’Escritas com a exposição “As palavras em liberdade na coleção de E. M. de Melo e Castro”, que será inaugurada no dia 20 de fevereiro, às 12h30, no Museu Municipal.

“Tal como ano passado, haverá intervenções poéticas pelas ruas da cidade, pelos cafés, restaurantes e também no metro. Para além disso, teremos a colaboração da ACAL – Associação de Comércio ao Ar Livre, que irá colocar nas montras dos estabelecimentos aderentes frases ditas pelos escritores ao longo dos anos no e sobre o Correntes d’Escritas. A Associação Empresarial também vai disponibilizar o comboio turístico para que os diseurs de poesia se desloquem pela cidade. O comboio turístico também estará disponível para levar as pessoas aos restaurantes no centro da cidade, à hora do almoço”, esclareceu Luís Diamantino.

O Cineclube Octopus e Varazim Teatro irão, uma vez mais, colaborar com a exibição de um documentário sobre Mário Cesariny e leituras de poesia em Escolas do 1º Ciclo e Centros de Dia, respetivamente.

Sobre a ida dos escritores às escolas, Luís Diamantino contou que “há escritores que, uma primeira vez que vão às escolas, pedem-nos sempre para voltar” e o mesmo acontece com os alunos que dizem que “adoraram” o encontro com os escritores. Por isso mesmo, “lançamos o desafio às escolas para levarem os alunos a participarem nas mesas”, uma vez que temos 600 lugares à disposição, revelou o Vereador, salientando a recetividade das escolas para aproveitarem o facto de terem tantos e tão bons escritores juntos na nossa cidade.

O autarca reconheceu que, com o Correntes d’Escritas “a Póvoa lucra, todos lucramos”, realçando o envolvimento de um grupo de patrocinadores e parceiros, absolutamente essencial para que o maior evento literário do país continue a acontecer. Luís Diamantino informou que o Correntes d’Escritas terá um custo de cerca de 50 mil euros, sendo que o Instituto do Turismo de Portugal apoia em 50 a 75% os custos do evento.

Susana Saraiva, do Casino da Póvoa, patrocinador principal do evento, referiu que, para o Casino, “é uma honra estar associado ao Correntes d’Escritas porque é efetivamente um projeto de grande envergadura a nível cultural”. De resto, o apoio do Casino ao evento vem seguindo uma linha de apoio à Cultura desenvolvido por esta entidade.

Poderá visualizar ou imprimir o dossiê de comunicação, disponível aqui.

Acompanhe o 15º Correntes d´Escritas no portal municipal.