Ray-Güde Mertin, "uma pessoa que fez mais pela literatura portuguesa do que muitas instituições". Foi deste modo que Luís Diamantino iniciou a sessão de homenagem prestada à agente literária no primeiro dia do Correntes d’Escritas.
Uma mulher que passou pela Póvoa de Varzim e “deixou a sua marca”. É recordada pela sua boa disposição e a sua imagem de bem-estar é lembrada na exposição de Daniel Mordzinski, patente na Biblioteca Municipal.
A escritora Lídia Jorge confessou que ainda sente Ray “no meio de nós” e afirmou que a agente literária “tomou a peito divulgar-nos, traduzir-nos, fazer a mediação entre nós e as outras culturas, estreitando os laços da literatura”. “Ray era alemã e converteu-se, por puro amor, à literatura lusófona, tornando-se na sua defensora mais ardente e promotora mais eficaz”, foi com estas palavras que José Manuel Fajardo lembrou Ray-Güte Mertin.
Também os editores Zeferino Coelho e Carlos da Veiga Ferreira homenagearam a mulher que acarretava na bagagem muita literatura e inúmeras obras de arte popular, sempre com uma energia admirável.
A proprietária da Agência Literária Ray-Güde Mertin em Bad Homburg foi ainda lembrada pela amabilidade com que hospedava na sua casa, em Frankfurt, os escritores e amigos.
Ray-Güde Mertin, a grande agente literária dos autores de língua portuguesa e espanhola, faleceu no dia 14 de Janeiro de 2007. Foi responsável pela internacionalização de grande parte dos escritores portugueses, lusófonos e de língua espanhola.
