Celso Muianga apresentou “Os ângulos da casa” da poeta moçambicana Hirondina Joshua. Uma publicação da Fundação Fernando Leite Couto.

Acima de tudo, Muianga falou da Fundação moçambicana que está a dar continuidade ao trabalho que Fernando Leite Couto fez durante a sua juventude, incluindo nesta região Norte e na Póvoa de Varzim.

Hirondina Juliana Francisco Joshua nasceu em Maputo em 1987. Mais conhecida por Hirondina Joshua é uma poeta de destaque na nova geração de autores moçambicanos e membro da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO).

“Os ângulos da casa” é a sua terceira obra individual, embora já acumule várias participações em antologias e colaborações em jornais e revistas.

A autora referiu que esta casa que é abordada no livro representa um espaço metafísico e não objetivamente o significado quando pensamos na palavra “casa”. Para a escritora, esta “casa” é o encontro connosco “do modo mais puro”, ou seja, antes da socialização a que fomos sujeitos pela família e restante ambiente.

Já o livro “Pedra de Toque” de Lélia Pereira Nunes, da Letras Lavadas, foi apresentado por Carlos Quiroga. O galego referiu que para seu espanto “todo o mundo é bom neste livro”.

Neste livro, diz Quiroga, a autora “mostra o melhor perfil das pessoas”. E virando-se para Lélia, avisou, “o que vende é o mau e o sangue”…

Mas Lélia não tem razão de queixa da procura pelo seu livro, pois “A Pedra de Toque” tem vendido muito bem na Feira do Livro e ainda estamos no dia de arranque das Correntes d’Escritas.

Lélia Nunes vem de Florianópolis (ilha de Santa Catarina) e tem vindo a estabelecer a ponte com a ilha de S. Miguel (Açores). Foi desta ligação que surgiram as 31 crónicas, que espelham as suas vivências. Naturalmente, “são positivas, pois são o reflexo das minhas experiências”, referiu Lélia Nunes.

A coletânea de crónicas de Lélia Nunes foram publicadas inicialmente no jornal “Açoriano Oriental”, em que a autora aborda temas relacionados com a literatura e a cultura, dando especial ênfase às influências culturais e às vivências entre estes dois pontos de travessia do Atlântico, Santa Catarina e S. Miguel.

As crónicas foram reunidas em livro neste “Pedra de Toque” pela editora Letras Lavadas.

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