Renato Filipe Cardoso foi o curador deste trabalho, que inclui vários autores, que foram convidados a escrever sobre um pecado.

Na apresentação, além do curador, estiveram presentes também Uberto Stabile, que escreveu sobre a Inveja, Manuela Ribeiro, coordenadora das Correntes d’Escritas e uma das pessoas presentes na conversa em que surgiu esta ideia de “pecar”. Afinal, os pecados “fazem parte do nosso crescimento”, como sublinhou Stabile. Existe, portanto, no pecado esse lado de “virtude”.

A ideia original era convidar sete autores a escreverem sobre os “sete pecados capitais”, mas o pecado foi crescendo e o número de escritores também e depois, à boa maneira pecadora de cada escritor, houve alguns que escreveram sobre “mais do que um pecado”…

“Quem nunca pecou que atire a primeira sílaba”, afirmou o curador.

O projeto cresceu ao ponto de, incluindo pessoal do estúdio de gravação, músicos, dizedores, escritores e gráficos, totalizam cerca de 100 pessoas a trabalhar para este audiolivro.

O livro é, acima de tudo, “um objeto bonito”, referiu Manuela Ribeiro, satisfeita com o resultado final de mais uma aventura e desafio das Correntes d’Escritas, que “correu muito bem”.

Tudo começou com uma conversa à volta do “genuflexório que está no café-concerto do Teatro Garrett”. Foi de uma espécie de “brincadeira” que surgiu este trabalho dos “Pecados Correntes”, que deveria reunir sete escritores e sete poemas, mas “a certa altura já não eram só poemas, porque a prosa também peca, não é?”

Manuela Ribeiro salientou ainda a presença de uma escritora catalã neste livro, a Laia Malo, “uma nova porta que se abre e queremos continuar a abrir portas nas Correntes”, afirmou Manuela Ribeiro.

Para ler e ouvir, “Pecados Correntes” traz uma pen com os textos gravados e alguns deles musicados por Ana Deus e Luca Argel.

Antes desta apresentação, por volta das 22h30, mas no Teatro Garrett, já havia sido exibido o filme-documentário “O Homem Pykante – Diálogos com Pimenta”, de Edgar Pêra. Foi uma iniciativa em colaboração com o Cineclube Octopus.

Este documentário agrupa “performances” e leituras do portuense Alberto Pimenta, assim como imagens de arquivo e conversas do poeta com o realizador, desde 1994 até aos dias de hoje. É uma concentração de “cumplicidades” de 24 anos.

O realizador esteve presente e à conversa com os espetadores nesta sessão cinéfila Octopus/Correntes.

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