Na mesa, o autor esteve acompanhado pelo Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira e Luís Diamantino, respetivamente, e pela Irmã Adelaide Lopes, sua antiga professora em África. Veja a fotogaleria.

O Presidente da Câmara foi o primeiro a reconhecer que Miguel Sousa Neves era uma pessoa sempre “presente e disponível”, desde há 25 anos quando chegou à nossa cidade, “mobilizado para fazer o que seja necessário”, definindo-o como “um homem sem tempo”, mas que “nunca deixa de ter tempo para os outros”.

Para além de realçar sua entrega às causas sociais, o edil referiu-se à sua “grande participação política” e dedicação ao Varzim Sport Club. Neste sentido, Aires Pereira considera que a Póvoa de Varzim tem um tributo a prestar-lhe e anunciou que, no próximo ano, iria propor a atribuição da Medalha de Reconhecimento Poveiro a Miguel Sousa Neves.

Tanto a Irmã Adelaide como um amigo de infância de Miguel Sousa Neves destacaram a sua “determinação”, “personalidade fortíssima” e “sentido de justiça”.

Luís Diamantino, autor do prefácio da obra, confessou que tinha lido Pedaços de MIM “de uma assentada. Não consegui parar de ler”. O Vice-Presidente e Vereador da Cultura elogiou a forma “clara e concisa” como Miguel Sousa Neves escreve: “escreve muito bem”, enfatizou, “de uma forma exímia e com muito sentimento”.

Referiu ainda o facto do autor, nas suas crónicas, regressar constantemente a África, e o facto de fazer inúmeras referências à família, sua “pedra basilar”, destacando a mãe, que “lhe ensinou tudo”.

Miguel Sousa Neves revelou que Pedaços de MIM “começou por ser um agradecimento à Póvoa de Varzim e aos poveiros porque em agosto fez 25 anos que cheguei à Póvoa de Varzim”. O médico oftalmologista transmitiu que nunca tinha estado tanto tempo numa terra, e considera que foi adotado pelos poveiros. Daí, confessou: “sinto esta como a minha terra, depois de ter passado por vários países e outros continentes”. Neste sentido, “ao fazer este livro pensei em agradecer à comunidade e ajudar os mais desfavorecidos, neste caso as crianças. Então, lancei este projeto ao Movimento Lions, que acolheu de braços abertos, e vamos poder ajudar instituições da Póvoa de Varzim, de outras cidades do Norte do País, e também de África”.

Em relação ao conteúdo do livro, o autor explicou que “é constituído por alguns artigos que fui escrevendo ao longo do tempo, sobre o Varzim, política, a minha maneira de estar na política, sou eu ali, sem deambulações, tem a ver com os meus filhos, com a educação, o ensino, as escolas, pelos cargos que passei, reflexões que faço da vida e também me serviu para eu fazer o meu caminho, caminhando. São muitos pedaços de mim…”.

Em relação ao futuro, Miguel Sousa Neves transmitiu que “não tenho quaisquer planos. Gosto muito de ser oftalmologista, tenho de trabalhar para viver”. No entanto, revelou que “no próximo ano, pretendo editar um novo livro, também de reflexões. Esta vida é uma passagem. Por isso, é necessário criar valor à nossa vida enquanto cá estamos e poder olhar para trás e sentir que valeu a pena”.