Terminou, a 16 de Agosto, a edição de 2006 da Feira do Livro da Póvoa de Varzim. Um evento de sucesso, para o qual contribuíram ingredientes muitos especiais: a proximidade com o mar, as férias, os turistas e as boas ofertas literárias aliadas a um programa de animação cultural recheado de boas ofertas.

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Foram muitas as pessoas que acorreram ao Largo do Passeio Alegre, até porque a Póvoa é destino reconhecido para aqueles que procuram bons dias de sol e praia, e visitaram os 45 stands presentes, onde centenas de livros estavam expostos, muitos deles a preço de saldo. Num dos stands estava representada a editora Ausência, de Vila Nova de Gaia. “Vendeu-se bem”, diz a representante, “com alguns dias melhores do que os outros”. Neste stand, os visitantes puderam encontrar uma panóplia de produtos diferentes, como os pequenos livros de pensamentos ou poemas, convidativos à compra por impulso, como a própria editora explica. “As pessoas não procuram títulos, compram por impulso, também porque os livros estão acessíveis”.

Já Alfredo Costa, a representar a Papelaria Locus (presente em sete stands, viu o seu negócio baixar: “A Feira do Livro sofre com a recessão económica, há mais pessoas, mas as vendas diminuem”. Continua, dizendo que este ano as vendas caíram 20%, em comparação com o ano passado.

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A Câmara Municipal estava também representada, com um stand onde se vendiam as edições municipais. A organização fala mesmo de “uma subida relativamente ao ano passado”, facto que pode espelhar o crescente interesse dos poveiros e não só por aquilo que é a história, tradições e autores da Póvoa. No entanto, parece unânime entre todos os livreiros que a Feira da Póvoa é uma das melhores do país.

O grande número de visitantes, largos milhares este ano, ajudam ao sucesso, tornando a Feira da Póvoa numa das melhores e mais concorridas a nível nacional. Para o seu sucesso em muito contribuiu a sua localização, a paredes-meias com a praia, e o aumento da população na Póvoa de Varzim durante o Verão. Alfredo Costa assinala ainda a animação que afirma ser “muito importante para aproximar as pessoas da Feira”, uma característica única da Feira do Livro da Póvoa, já que em outros eventos do género a animação do recinto tem um carácter muito pontual e não diário, como foi o caso.

Música, teatro, poesia, moda, todos estiveram presentes na Feira, aos quais se juntou a apresentação de livros e sessões de autógrafos.

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A chuva resolveu, também ela, visitar a Feira no último dia do certame, roubando o protagonismo ao grupo Rapunzel, que se viu obrigado a cancelar o concerto devido à “prenda” de S. Pedro. Quem não pareceu muito incomodado foram os livros, que lá continuaram, emparelhados nas montras, mostrando que, faça chuva ou faça sol, eles são sempre boa companhia. E que para o ano estão de volta, para mais uma Feira do Livro, na Póvoa de Varzim.