Sinopse:

A mais recente criação da Companhia do Chapitô é uma comédia visual baseada na peça de William Shakespeare, “A Tempestade”. É uma história de magia, monstros e espíritos numa ilha encantada num mar distante. Conta o que aconteceu nesse mundo de sonho, quando a inocência, o amor, o medo, a malvadez e a vingança entram em choque sob o poder de um grande mágico.

A acção da peça é em si poética e mesmo as cenas cómicas são fortemente independentes da linguagem. Os hábeis jogos de palavras usados por Shakespeare, foram sempre marcantes na construção dos seus personagens cómicos, mas em “A Tempestade” são sobretudo os imemoriais e silenciosos padrões de pantomina que ressaltam. Provavelmente, mais do que em qualquer outra obra, os actores poderiam transmitir muito da natureza essencial deste drama em silêncio.

“A Tempestade” terá eventualmente sido a última peça completa que Shakespeare escreveu. Foi apresentada à família real no dia de todos os Santos em 1611, e novamente no Inverno seguinte. Toda a especulação em torno do silêncio do autor, nos seus últimos anos, foi sempre inconclusiva, no entanto poder-se-ia dizer que “A Tempestade” terá sido a sua última peça, porque Shakespeare terá atingido aí um ponto para além do qual não poderia haver mais nenhuma evolução dramática. A peça mais visual de William Shakespeare.

 

Ficha Técnica

 Autoria: Criação Colectiva /Companhia do Chapitô | Encenação: John Mowat, Assistente de Encenação. José Garcia | Interpretação: Jorge Cruz, Marta Cerqueira, Tiago Viegas | Sonoplastia: Tiago Cerqueira |

Produção Tânia Melo Rodrigues | Consultora de Texto: Carole Garton | Textos programa Patrícia Maio | Assessoria de Imprensa Sofia Lourenço | Design Gráfico Pedro Bacelar, Sílvia Rosado | Fotografia

Filipe Saraiva, Sílvia Rosado, Simão Anahory | Desenho de Luz Jochen Pastermacki, Luís Moreira e Paulo Cunha


Companhia Chapitô

A Companhia do Chapitô nasce em 1996, desenvolvendo desde logo uma linguagem artística própria. Desde a sua fundação, sob direcção de José Carlos Garcia, procura um

teatro que convida a experiência humana e amplie a participação, um trabalho colectivo em movimento e em relação, onde os elementos vocais, instrumentais, gestuais, rítmicos e plásticos estão ao mesmo nível da linguagem verbal. Valorizamos as formas que revelam a criatividade e o optimismo humano, daí a nossa vocação para a comédia, que responde quanto a nós à capacidade do homem perceber os aspectos mais insólitos da sua realidade física e social.