Desta vez, a peça é apresentada no próximo sábado, dia 23, às 22h00, no Auditório Municipal da Póvoa de Varzim.

Representado pela primeira vez em 1517, esta obra, paradigmática do pai do Teatro em Portugal, retrata através de um desfile de personagens-tipo, a sociedade do século XVI, com questões que ainda são de grande pertinência nos dias de hoje.

As personagens apresentam-se diante de duas figuras alegóricas o Anjo e o Diabo, cada um comandando a sua barca, a da Glória e a do Inferno. A corrupção, a mentira, a arrogância, a prepotência, a ganância e a avareza, por exemplo, são postas à prova na frente do espetador, que também exerce o papel de juiz.

Mantendo a estrutura e linguagem original desta obra emblemática do pai do teatro português, Gil Vicente, o Varazim Teatro propõe um espetáculo em que o jogo dramático é realizado a partir da interação com o público.

Exaltando virtudes como a simplicidade, a honestidade e a fé, a obra de Gil Vicente foi encenada através dos tempos e tem valor universal. Uma oportunidade para os alunos das escolas da Póvoa de Varzim e concelhos limítrofes de assistirem a este espetáculo com condições especiais para os grupos escolares. Não deixa de ser ainda uma porta aberta ao público em geral para entrar em contacto com esta divertida adaptação da obra, que permanece atual através dos séculos.

O Varazim Teatro iniciou com este espetáculo, em janeiro, um novo projeto que visa “a colocação em cena de obras que fazem parte dos currículos escolares, complementando assim a aprendizagem dos alunos, e também favorecendo a perceção de que a Arte e o Ensino podem e devem estar de mãos dadas no que toca a formação de cidadãos”, referem os responsáveis pelo Varazim Teatro.

Mais informações sobre o espetáculo e o grupo Varazim Teatro podem ser encontradas aqui.

 

Ficha Técnica do Espetáculo:

Produção: Varazim Teatro;

Encenação e interpretação: Eduardo Faria e Joana Soares;

Música original: Paulo Lemos;

Cenário e figurinos: Joana Soares;

Vozes: Joana de Sousa e Lídia Almeida;

Coro dos cavaleiros: António Rebelo, Estêvão Calado, José Luís Sepúlveda, José Maria Carneiro e Maurício Carvalho;

Desenho de luz: Eduardo Faria.