O Vice-Presidente e Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Luís Diamantino, inaugurou a abertura do espaço onde decorre também a Feira do Livro.

São cinco as exposições patentes. Desde logo, a performance Lum(p)en e Limbo, de Marta Bernardes que a define assim: “Pensamento-diálogo performado a partir de questões relacionadas com o valor da mão de obra do artista, o âmbito material da sua produção simbólica e estética, e do lugar dos objetos considerados arte”. No ano passado, as Correntes desafiaram a equipa das residências No Entulho a acrescentar às suas residências a Literatura. Daí resultou o trabalho conjunto entre a Maria Trabulo e a Marta Bernardes.

Na sala são selimão, ORAÇÃO – desenhos de sal Paulo Sérgio BEJu: “A instalação/desenhO de SAL, é desenvolvida na relação direta do CORpo (autoral) com o LUgAr, sendo executada sobre o chão com sal marinho. Trata-se de um desenho improvisado/ e a sua execução (quando feita publicamente), adquire um carácter performATIVO, num ritual de “silêncio, criando uma ligação ao INterior mais profundo da NATURezA”.

Na sala pente, Margem, Fotografias de Hélder Luís: ”nesta exposição apresento quatro imagens retiradas de um conjunto mais numeroso de imagens que fazem parte de um projeto mais ambicioso, e que pretendo organizar num livro. Mesmo assim estas quatro imagens formam um diálogo interessante entre si, estabelecendo relações entre a margem, o seu reflexo e o rio. São um fragmento, tal como uma secção de um rio o é, e simultaneamente parte de um todo”.

Na sala arpão, A Literatura Catalã, um miradouro para o Mundo, Instituto Ramon LLull: “Moderna e cosmopolita, aberta e dinâmica, conectada com as grandes literaturas através de uma indústria editorial potente, de traduções, adaptações e leituras, a literatura catalã é uma exceção na cultura europeia e mundial”.

Na sala sarilho, Imagens Povoadas – Fotografia de Pedro Mesquita e texto de Manuela Costa Ribeiro. Pedro Mesquita propôs-se fotografar a Póvoa de Varzim e as suas marcas identitárias. E deixou-se levar no apelo das ruas à descoberta do que as raízes nos trazem e por onde nos levam. Começou em terra e acabou no mar, num barco de pesca, a sentir o pulsar dos mareantes em noite de pescaria. Nas freguesias da Póvoa achou os traços da terra Este é um projeto a que Pedro Mesquita pretende dar sequência. Tem a cabeça povoada de identidades que quer capturar e fixar. Em livro. Convidou Manuela Costa Ribeiro a escrever o sentir das imagens. Aqui se apresenta o resultado da parceria.

Ao final da tarde, já na Galeria Ortopóvoa, foi também inaugurada a exposição A Figura em Movimento – Juarez Machado/ Serigrafias (em colaboração com o Instituto Internacional Juarez Machado, Joinville, Brasil).

O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, marcou presença no evento.

Juarez Machado costuma dizer, em tom de brincadeira, que é “um contador de histórias que sabe pintar”. Pintor, escultor, desenhador, escritor, actor e mimo, Juarez é um artista multifacetado, cidadão do mundo. A sua arte traduz uma personalidade irrequieta de um criador compulsivo, com imagens que transcendem a cor, o gesto e a mensagem.

Para a exposição “A Figura em Movimento  –  Juarez Machado / Serigrafias “  a convite da organização do Correntes D’Escritas, optou o autor por uma incursão às artes gráficas. Quinze gravuras de diferentes fases retratam períodos emblemáticos da sua profícua carreira, construída com uma mão de cada lado do atlântico.

Desde cenas que retratam a sensualidade dos corpos em movimento, da série “Tango”, passando por uma revisitação dos castelos e vinhas franceses, de obras produzidas especificamente para as celebrações do Jubileu do ano 2000, até ao alegre e colorido carnaval do Rio de Janeiro.

Nesta exposição, a primeira do Instituto Internacional Juarez Machado além fronteiras, ficaremos a conhecer em todo o esplendor o traço inconfundível de um homem que, doseia com mestria ímpar nas suas obras a leveza, o romantismo e a sensualidade.

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