A Feirinha da Nova pretendeu, além disso, angariar fundos para patrocinar eventos ao longo do ano letivo, tal como idas ao teatro, viagens de estudo, a participação no Acampamento Juvenil (ACAJUV) ou outros convívios na escola. Mais de 170 crianças estudam na Nova entre as quais 16 com necessidades educativas especiais. Estas crianças têm, atualmente, aulas de apoio e acompanhamento psicológico no vão das escadas por falta de um espaço condigno. Ora, a partir de setembro esse problema não irá mais existir. Durante a Feirinha da Nova o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, anunciou que o edifício irá beneficiar de um melhoramento e, mais importante, de um aumento. Ou seja, nas férias escolares de Verão será construída uma sala polivalente que servirá tanto para estudar como para brincar em dias de chuva.

O autarca afirmou não ser apologista de centros escolares e que a construção de um (retirando as funções à Escola Nova, do Século, do Desterro e dos Sininhos) iria criar a desertificação das zonas onde as escolas estão inseridas e diminuir a sua identidade. Por isso, a autarquia tomou a decisão de “não construir centros escolares mas sim fazer a recuperação das nossas escolas. Esta é uma escola velhinha – não me posso esquecer que foi aqui que fiz a 4ª classe – e que precisa de oferecer mais e melhores condições de trabalho a quem cá estuda e trabalha”.

Aires Pereira teceu rasgados elogios à Associação de Pais, aos docentes e aos funcionários por terem transformado a Escola Nova num exemplo de inclusão de todas as comunidades poveiras. “Há uns anos atrás a Escola Nova tinha má fama. Fica situada junto a um Bairro Social e isso deu-lhe esse estigma. É preciso criar condições para que toda a gente se sinta aqui bem. Na Póvoa temos esta mania de querer integrar as pessoas e não desistir delas. Se tivéssemos desistido provavelmente teríamos aqui um gueto. Como não desistimos hoje temos uma escola onde há respeito por todos e onde todas as culturas são bem-vindas”.