A sessão teve início com o ato simbólico da colocação da primeira pedra e descerramento de placa alusiva pelo Presidente da Câmara e pelo Presidente da Direção do MAPADI, António Ramalho. Seguiram-se os discursos.

O Presidente da Câmara começou por fazer alusão ao dia anterior (14 de fevereiro – Dia dos Namorados) para dizer que “nada melhor para testemunhar a nossa ligação ao MAPADI do que estarmos enamorados desta casa e desta causa e daquilo que temos vindo a fazer ao longo do tempo”. Para o edil, “o MAPADI não se resume às suas instalações, o importante são as suas pessoas, em primeiro lugar, os seus utentes. São, atualmente, quase 400 utentes, o que traz um encargo enorme para esta casa e a necessidade de criarmos sustentabilidade”, constatou.

O autarca transmitiu que “a casa e os utentes não existiriam se não houvesse um conjunto de profissionais dedicados que vai desde o operacional aos técnicos superiores que contribuem para o bem-estar de quem cá está”. Neste sentido, “o Município presta reconhecimento a agradecimento a todos os profissionais que aqui trabalham, bem como aos voluntários e aos profissionais que têm acedido ao apelo de integração dos cidadãos com deficiência nas suas diversas atividades. A este propósito, lembrou que o Município já integra quase 20 utentes nas mais variadas áreas”.

Aires Pereira revelou que enquanto Presidente de Câmara tem tido a felicidade de ajudar a concretizar alguns projetos: “começámos há 5 anos com a renovação da frente norte deste edifício e depois a criação do centro de lavagem. Ou seja, temos vindo a dar passos no sentido de criarmos autonomia”, reconhecendo ainda que “estes projetos têm que se inserir num objetivo mais vasto, a sustentabilidade, para que a instituição seja capaz de dar respostas adequadas sem ter que andar, diariamente, de mão estendida”.

Sobre a ampliação e reconversão do Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) Solidário e de Hidroterapia, o Presidente da Câmara transmitiu que foi “um projeto para o qual fomos criando condições para a sua realização”, relembrando que “o Município abdicou de meio milhão de euros em beneficio da instituição dotando-a de mais uma valência para, dessa forma, criarmos mais integração e mais sustentabilidade”. A este propósito, o edil assumiu reconhecer que o valor não chega, mas garantiu que “havemos de arranjar forma de equilibrar o custo da obra e não deixarei de propor à Câmara Municipal que cubra os 30% do investimento não financiado com verbas próprias, aliviando assim este encargo pesado à instituição”.

António Ramalho referiu-se ao trabalho desenvolvido por todos os dirigentes que, sem exceção, ao longo de 40 anos, “se empenharam e promoveram o desenvolvimento do MAPADI tornando-o numa instituição de referência a nível nacional e internacional no apoio à formação e inclusão dos cidadãos com deficiência”, destacando Aparício Quintas, primeiro Presidente da Direção.

O Presidente da Direção salientou ainda “o excelente trabalho que os nossos colaboradores têm desenvolvido ao longo destes anos, que tem permitido alcançar resultados espetaculares com sucesso reconhecido por toda a comunidade poveira. Só com uma equipa motivada e empenhada como a do MAPADI é possível concretizar sonhos e ambições. E é no âmbito desses sonhos e ambições que hoje aqui estamos a lançar a primeira pedra da ampliação e reconversão do CAO Solidário, que esperamos ver concretizado no próximo ano”.

António Ramalho revelou que “a obra ascenderá a cerca de 1 milhão e 300 mil euros. Conta com cofinanciamento FEDER de 425 mil euros, que a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim contemplou no âmbito do PEDU”. Às vertentes de bem-estar e ocupacional, esta nova estrutura dará ao MAPADI uma vertente socialmente útil e a ampliação prevista contempla 861,8 m2 adossada ao edifício existente. O novo edifício organiza-se em duas alas interligadas, ala terapêutica e ala ocupacional. O projeto de arquitetura é da autoria de Soares da Costa e André Chiote e a construção da empresa Corte Reto.