No seu discurso, o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim fez alusão à crise da palavra, destacando a importância da cultura para travar a “ameaça militante à liberdade, pelo mau uso da palavra”.

Aires Pereira advertiu para o facto de vivermos “na «era das múltiplas crises» ou, se preferirmos, na era da crise generalizada. E em todos os seus contextos está a crise da palavra, cuja honra, através do bom uso, temos de resgatar”, desejando, por isso, “longa vida à Palavra e àqueles que honradamente a cultivam”.

O Ministro da Cultura manifestou o seu reconhecimento ao Município da Póvoa de Varzim pela realização deste acontecimento que inaugura o ano literário com a presença visível de tantos escritores, editores e artistas de língua de expressão ibérica.

Para Pedro Adão e Silva, a cultura foi e será sempre um instrumento de transformação dos territórios constatando que a identidade da Póvoa de Varzim mudou graças ao seu desenvolvimento cultural e consequente valorização do território.

Um dos momentos mais importantes desta cerimónia foi a homenagem prestada a Luis Sepúlveda. À projeção de um vídeo da autoria de Daniel Mordzinski, seguiu-se a assinatura do protocolo entre Carmen Yáñez e o Município da Póvoa de Varzim, com vista à doação e aquisição do espólio de Luis Sepúlveda à nossa cidade que, em breve, estará disponível num Espaço Memória dedicado ao escritor.

Em relação ao Prémio Luis Sepúlveda, resultante da parceria entre o Correntes d’Escritas e a Porto Editora, foram distinguidos os autores dos seguintes trabalhos: “Baloiço” do 4º B da Escola Básica José Manuel Durão Barroso, de Armamar, em primeiro lugar; “O Tigre que fez a diferença” do 4º ano da Escola Básica de Rates, Póvoa de Varzim, em segundo; e, por fim, “As Árvores da Escola” do 4º C da Escola Básica Padre Manuel de Castro, de S. Mamede de lnfesta, alcançou o terceiro lugar.

Maria da Conceição Esteves da Silva, de Braga, que concorreu com o pseudónimo de Álvaro Maia, foi a vencedora do Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d’Escritas 2023, no valor de 2000 euros, com o trabalho “Brisas”.

O poema Lençóis de José Pedro Robalo Alves, que concorreu com o pseudónimo de Oliver Lossagir, foi o escolhido para o Prémio Literário Correntes d’Escritas Papelaria Locus. As atas das reuniões do júri para seleção dos trabalhos a premiar estão disponíveis aqui.

Nesta sessão foi, ainda, apresentado o número 22 da Revista Correntes d’Escritas, dedicada a Manuel Rui.

Consulte o programa completo e acompanhe o 24.º Corrente d´Escritas no portal ou nas redes sociais da Câmara Municipal.