O livro de uma filha de Aver-o-Mar e de Lanheses é um testemunho de uma experiência de vida e de um drama vivido em Angola. Dora Fonte nasceu em 1953, no Porto, viveu toda a infância, adolescência e juventude entre o Minho e o Douro Litoral.

Pouco depois de se casar foi para Angola cooperar. Essa cooperação é a razão deste livro. Dora Fonte relata a história verídica do rapto em que se viu envolvida. “Este testemunho pretende transmitir toda essa vivência em sofrimento, em felicidade, em ódio, em paixão!”

Acabou por conseguir voltar e “Angola ficou lá. Escondida, desconhecida”.

Mas a autora não desistiu de voltar àquela terra “linda, espantosa, esplendorosa, jorrando força”! E, tal como refere no livro, “teve de esperar mais vinte anos, vinte longos anos de desespero profundo, para poder namorar o seu povo, fazê-lo apaixonar-se perdidamente por ela”.

O Vereador da Cultura, Luís Diamantino, fez questão de realçar a grande força que a obra nos transmite, aliada a uma enorme fé interior no ser humano, um impulso enorme que torna as pessoas capazes de ultrapassarem obstáculos que parecem incontornáveis e inultrapassáveis.