André Neves, José Mário Silva, Mafalda Milhões, Capicua e Rui Zink, sob moderação de Minês Castanheira, foram os convidados da Mesa 3 da 24ª edição do Correntes d’Escritas com o tema Sei somente de mim aquilo que me sonharam, do poema “O Promontório”, de Ana Luísa Amaral.
André Neves confessou optar “sempre pelo caminho mais difícil porque o fácil não serve, mas mantenho a leveza dos pés. Que soprem sempre os ventos da mudança e que nunca nos permita a estagnação”. Já José Mário Silva leu um poema, partilhando com a plateia os sonhos das últimas noites e que inspiraram a sua intervenção nesta tarde do Correntes d’Escritas.
Coube a Mafalda Milhões homenagear a profissão de livreira, “Estou na vida que escolhi, na indefinição da vida de artista. Quem imaginou o mundo não se poupou nos detalhes. Inventou a loucura, a imensidão, a alegria. Quem veio habitar o mundo é que o estragou, com normas e preconceitos. O mundo precisa ser imaginado todos os dias. Por isso, o mundo precisa de livrarias. Onde há uma livraria há esperança”.
Segundo Capicua, a forma como nos lemos passa pelo sonho e pela projeção que os outros criaram para nós. “No caso das mulheres, esse sonho é, muitas vezes, uma sombra, um diapasão exigente, através do qual vamos afinando a nossa ambição, o nosso corpo, o nosso comportamento”.
Por fim, e para Rui Zink, o tema da mesa apresenta-se como “uma ponte para os outros, neste tempo voraz em que parece ser tudo selfies, narcisismo e idolatrias”. Mais do que dizer “eu contruo-me, eu invento-me, o verso tira ao indivíduo o peso de saber sobre si mesmo mais do que os outros”.
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