Carlos Quiroga, Luís Caetano e Sérgio Godinho recordaram Ana Luísa Amaral e a forte relação de amizade que construíram com a poetisa graças às Correntes d’Escritas. “Ana Luísa Amaral ajudou-me a entender melhor o mundo. Se isto não é bom o que é? Temos que reconhecer os momentos bons porque, tal como as pessoas, também existem no meio do caos. Não deixemos esquecer a Ana Luísa”, pediu Luís Caetano.

Sérgio Godinho relembrou como, em apenas duas horas, se tornou amigo de Ana Luísa Amaral. “Tornámo-nos íntimos tão rapidamente, falámos sobre tantas coisas”. A poesia da Ana Luísa é de nós todos e mantê-la-á viva, disse o cantor. E, nesse sentido, leu o poema “A norma renascida”, do qual foi retirado o verso que deu mote a esta Mesa. No final, o agradecimento emocionado: “obrigado, Ana Luísa Amaral”.

Filipa Martins deixou à plateia questões relacionadas com a violência doméstica e o feminicídio: “senhores juízes, o que fazer com estas mulheres que, antes eram helénicas e, agora, queixinhas? O que fazer com estas mulheres que usam batom vermelho, que não descem a saia para subir a nota? O que fazer com estas mulheres que ouviram em tribunal que os agressores tinham atenuantes?” Talvez a pergunta seja “o que fazer por estas mulheres, senhores juízes?”.

Maria do Rosário Pedreira confessou que, quando soube que o tema desta Mesa era uma frase de um poema de Ana Luísa Amaral, ficou “sem dormir várias noites e, consequentemente, fiquei a pensar que este cansaço às oito da manhã não é normal”. A poetisa e editora afirmou que “não queria vir para aqui chorar e falhar com um verso de uma amiga tão querida não era aceitável”. Assim, Maria do Rosário Pedreira escolheu falar de um dos seus notívagos favoritos, o seu pai.

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