Na sua intervenção, o Presidente da Câmara referiu que a palavra está “capturada e empobrecida” e não serve as pessoas e o encontro de culturas e de povos. “Condicionada por grupos de vigilantes do pensamento, instrumento de manipulação de massas e ameaça real à liberdade, e, portanto, à democracia”, cabe-nos “despertar da letargia”. Num “novo mundo que não consente o debate, dúvida, dificuldade e contrariedade” e onde “aprendemos com a História que não aprendemos com a História”, Aires Pereira sublinhou que “urge que despertemos da letargia, continuando a promover “o amor aos livros”, que “acompanha a formação dos jovens e que através deles chega às suas famílias”.

Impossibilitado de marcar presença nesta sessão, o Presidente da República fez questão de deixar uma mensagem de vídeo e lamentou-se por não poder estar presente nesta data tão especial, “de 25 anos das Correntes e de comemoração dos 50 anos de Abril e da elevação da Póvoa de Varzim à categoria de cidade”. Para Marcelo Rebelo de Sousa, o Correntes “nasceu na Póvoa, tem o espírito da Póvoa, mas é português, dos países que falam português e línguas ibéricas, é africano, asiático, universal e um marco anual de “celebração do livro”.

Em relação ao Prémio Luis Sepúlveda, resultante da parceria entre o Correntes d’Escritas e a Porto Editora, foram distinguidos os autores dos seguintes trabalhos: “Vitória, Vitória” do 4º A da Escola Básica José Manuel Durão Barroso, de Armamar, em primeiro lugar; “O segredo do Leão” do 4º ano da Escola Básica de Rates, Póvoa de Varzim, em segundo; e, por fim, “O Vizinho da Horta” do 4º CVP da Escola Básica do 1.º Ciclo, de Venda do Pinheiro, alcançou o terceiro lugar. Foram, igualmente, atribuídas menções honrosas aos textos “Uma Amizade Intergaláctica”, do 4º A do Colégio Paulo VI, de Gondomar, e “A Sardinha: uma história de vida” do 4º C da EB Padre Manuel de Castro, de S. Mamede de Infesta, e à ilustração “Um País chamado Igualândia” do 4º B do Colégio Paulo VI, de Gondomar.

Gisela Cristina Ribeiro da Silva, que concorreu com o pseudónimo de Virgínia do Mar, foi a vencedora do Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d’Escritas 2024, no valor de 2000 euros, com o trabalho Porque da Neblina não Caem Lágrimas. O conto O Piano de Carlos Cortez Fonseca Matos, que concorreu com o pseudónimo de Abélio Carimbo, foi o escolhido para o Prémio Literário Correntes d’Escritas Papelaria Locus.

Nesta sessão foi, ainda, apresentado o número 23 da Revista Correntes d’Escritas. Acompanhe todas as notícias relativas ao Correntes d’Escritas aqui e consulte o programa completo aqui. A entrada é livre.