Edição: uma paixão, dois caminhos foi o tema que deu o mote para uma animada conversa, que rapidamente prendeu a atenção de escritores amigos e do sempre presente público do nosso Correntes d’Escritas.

Duas formas de trabalhar o livro, publisher e editor, foram apresentadas como a melhor definição da edição para Manuel Alberto Valente, que considera que é a língua inglesa quem “define na perfeição uma distinção que, erradamente, não é feita em Portugal”.

Manuel Alberto Valente descreve-se como publisher, ou seja, responsável por compreender e catalogar o livro; no fundo, “a pessoa que escolhe que livros vão ou não ser publicados e que gere todo o processo que leva à existência do mesmo”. Por outro lado, Maria do Rosário Pedreira define-se como editor, “leitora profissional, a primeira leitora, a que faz o levantamento dos erros e do que pode ser melhorado na obra”.

“Essa é a diferença de base entre mim e o Manuel. Ele é um bibliófilo, gosta do livro, do objeto, da diferença entre as várias edições, do pormenor da dedicatória. Eu sou desapegada do objeto e apaixonada pelo texto e quero que este seja sempre melhor”, sublinhou a poeta de referência, que não esqueceu a importância de orientar os escritores na defesa do livro, sempre respeitando o princípio máximo de não “escrever por cima da sua obra”.

Consulte o programa completo e acompanhe o 23.º Corrente d´Escritas no portal ou nas redes sociais da Câmara Municipal, onde poderá assistir à emissão em direto da edição deste ano, através do Facebook ou do Youtube