As palavras da Ministra da Cultura, na Sessão de Encerramento, que decorreu hoje no Cine-Teatro Garrett, constaram isso mesmo – “O Correntes d’Escritas merece todos os elogios. Um trabalho de equipa que soube crescer e, a cada ano, renovar-se e reinventar-se. Vivemos um momento desafiante e perigoso e estar aqui é reconfortante”. Para Graça Fonseca, não é coincidência geográfica a Póvoa de Varzim ser berço de grandes escritores e cidade adotiva de tantos outros; mas sim o resultado da constância do debate literário e do respeito pela tradição local.

Segundo a Ministra da Cultura, o nosso concelho que não vive descansado pelas suas memórias, uma vez que “na Póvoa de Varzim há espaço para ouvir os outros, existe acesso democrático à arte e à literatura”.

Durante a Sessão de Encerramento, houve ainda oportunidade de assistir à entrega de Prémios aos vencedores, anunciados na Sessão de Abertura: Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha – Fábio André Sobral Casanova, “Um gato sentado à janela”; Prémio Literário Luís Sepúlveda – 1.° lugar: alunos da turma 3º e 4º B da Escola Básica José Manuel Durão Barroso (Armamar), “As Histórias do Jardim”, 2.° lugar: alunos da turma 4º A da Escola Básica José Manuel Durão Barroso (Armamar), “O Canto dos Pássaros”, e 3.° lugar: aluno da turma 4º C da Escola Básica Padre Manuel de Castro (S. Mamede de lnfesta), “Pan, a flauta perdida”; Prémio Literário Correntes d’ Escritas Papelaria Locus – Maria de Faria Alpalhão Ribeiro de Almeida, “Quem nasce para cinco nunca chegará a dez”; Prémio Literário Casino da Póvoa – Luísa Costa Gomes, Afastar-se.

Durante quatro dias, a Póvoa de Varzim viveu intensamente o 23.° Correntes d’Escritas, com mais de 60 oradores, 8 Mesas embaladas por títulos de músicas, 3 exposições, 17 autores que fizeram parte das sessões escolares em todo o concelho, 4 freguesias receberam as “Correntes Itinerantes” e 30 lançamentos de livros inéditos.

 

As Correntes d’Escritas voltaram a acorrentar a Póvoa de Varzim aos livros e aos seus leitores para – no que depender da Câmara Municipal – nunca mais quebrar este elo. Vemo-nos, por isso, em 2023.