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Chegou oficialmente ao fim, na passada segunda-feira, a 25.ª edição do Correntes d’Escritas. Uma edição comemorativa deste que é o maior evento literário da Península Ibérica - na qual já foram lançados mais de 500 livros e por onde passaram, ao longo dos anos, mais de 200 mil pessoas - e que culminou, como é habitual, numa iniciativa descentralizada que decorreu em Lisboa, no Instituto Cervantes.

A Mesa 10 do Correntes d'Escritas reuniu os escritores Francisca Camelo, Luís Osório, Rosa Alice Branco e Telma Tvon à volta do verso A liberdade está a passar por aqui, da canção Maré Alta, de Fausto Bordalo Dias, José Mário Branco e Sérgio Godinho.

Corria o ano de 2020, precisamente nesta mesma altura, quando o escritor Luís Sepúlveda honrou a Póvoa de Varzim com a sua participação no festival Correntes d'Escritas, que haveria de se tornar marcante para todos nós. Infelizmente, o mundo perdeu, para a pandemia, este grande escritor. Mas a Póvoa de Varzim ganhou, para sempre, uma ligação a um dos mais notáveis da literatura.

O verso Deu-nos Abril o gesto e a palavra, do poema Mulheres do meu País, de Maria Teresa Horta, alargou a discussão a Anabela Mota Ribeiro, António Mota, Joaquim Arena, Pilar Adón, Rui Zink e Vera dos Reis Valente na primeira Mesa deste sábado, no Correntes d'Escritas.

Foi em torno deste verso do poema Livre, de Carlos de Oliveira, que se centrou a discussão da última Mesa de hoje, no Cine-Teatro Garrett. A conversa contou com a participação de Maria do Rosário Pedreira, André Neves, Amélia Muge, Pedro Abrunhosa e Sérgio Godinho.

Além das Mesas, esta 25.ª edição do Correntes d'Escritas tem tido várias iniciativas paralelas. É o caso das Oficinas, que voltam a ter plano de destaque nesta edição do Encontro Ibérico de Escritores, diariamente, às 16h45, na Biblioteca Municipal, Arquivo Municipal e Diana Bar. A sessão de encerramento terá lugar no sábado, a partir das 16h30.

O verso Minha Pátria À flor das águas, para onde vais?, do poema Trova do vento que passa, de Manuel Alegre, deu o mote para a primeira conversa de hoje, no Cine-Teatro Garrett. Com moderação de Raquel Patriarca, a Mesa 6 contou com o contributo de João Paulo Borges Coelho, Gonçalo M. Tavares, Álvaro Laborinho Lúcio e Fernando Cabrita.

E como nem só de debates se faz esta 25.ª edição do Correntes d'Escritas... O nosso festival esteve, hoje, repleto de atividades, proporcionando à comunidade a oportunidade de viver e sentir o melhor da cultura literária ibérica.

Nesta quarta-feira do nosso Correntes d'Escritas, ouviu-se - mais do que nunca! - ecoar o som da liberdade na sala do Cine-Teatro Garrett. As Mesas 3 e 4, intituladas respetivamente Ontem apenas fomos a voz sufocada e Há que fazer-nos ao mar ou ficaremos cercados, suscitaram reflexões muito interessantes.

O Correntes d'Escritas trouxe, este ano, uma grande novidade que não deixa ninguém indiferente, mesmo à entrada no Cine-Teatro Garrett, e que tem brindado todos aqueles que por lá têm passado nos últimos dias.

No âmbito da 25.ª edição do Correntes d'Escritas, o Cine-Teatro Garrett irá ser palco central para a emissão em direto de dois grandes programas da SIC: "Isto é Gozar com quem Trabalha" e "Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer".

Deixa-me soltar estas palavras amarradas, verso do poema Amor Combate, de Joaquim Pessoa, juntou Gabriela Ruivo, João Tordo, Mafalda Veiga e Margarida Vale de Gato na Mesa 2 do Correntes d'Escritas, uma conversa moderada por Carlos Vaz Marques.